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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Israel no Plano da Redenção

Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” Rm 11.36


Paulo discorreu a respeito da Doutrina da Salvação nos capítulos 1 a 8 da Epístola aos Romanos. Veremos nesta lição que nos capítulos 9, 10 e 11, ele abre um parêntese para tratar a respeito da “sorte de Israel” no plano da salvação. Aprendemos com estes capítulos que Deus tem um plano especial para com Israel e que a rejeição deles é apenas temporária até se cumprir a plenitude dos gentios, quando todo o Israel será salvo.

“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11.17,18). Infelizmente, não são poucos dentro da igreja evangélica que esquecem essa advertência e reverberam a ideia equivocada da Teologia da Substituição. Penso ser importante usar este espaço para falar um pouco da origem dessa teologia, pois pode haver alguém da sua classe que desconhece esse tema e lhe faça algumas perguntas.

A questão do papel do povo judeu hoje no plano de Deus tem despertado sentimentos variados nos cristãos do mundo atual em relação ao Israel contemporâneo. Tais sentimentos atrelam-se ao método adotado na interpretação bíblica ao longo da história eclesiástica. Assim, o método alegórico foi importantíssimo para o surgimento da Teologia da Substituição.

A destruição de Jerusalém, a Cidade de Deus, no ano 70 d.C, foi um acontecimento crucial para a eficácia desse método. No século IV, o clero cristão era constituído por bispos ocidentais e orientais influenciados pelo método alegórico — ele uniu-se ao império romano, mediante Constantino, o imperador de Roma. Esses clérigos consideraram a destruição de Jerusalém um sinal de que Deus havia rejeitado o povo judeu.

Neste contexto, a Teologia da Substituição ganhou força dentro do Cristianismo. A igreja romana advogou para si o título de o “Novo Israel de Deus”. E, a exemplo de outras tradições cristãs, passou a julgar os judeus como “O povo rebelde que matou Jesus” e para sempre fora rejeitado por Deus. Por isso, o estudioso Arnold Fruchtenkbaum conceitua a Teologia da Substituição como corrente que rejeita o moderno Estado de Israel como cumprimento da profecia bíblica. Neste caso, todas as profecias sobre o povo judeu já foram cumpridas e, por isso, não se deve esperar nenhuma restauração futura de Israel (cf. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD, 2008, p.372). Ora, algumas respostas sobre a profecia bíblica deveriam responder a estas questões: Qual o público alvo da profecia bíblica? Cumpriu-se toda? A quem Deus prometeu uma terra localizada no Oriente Médio? À Igreja ou a Israel? Tal promessa se cumpriu plenamente? Então, o estudioso sério das Escrituras pensará muito antes de afirmar que a Igreja substituiu Israel. (Revista Ensinador Cristão nº66_pg.40)

A eleição da graça é formada no presente por gentios e judeus nascidos de novo, bem como, no futuro, pela conversão da nação de Israel.


Romanos 9.1-3 "A Tristeza de Paulo
Nestes versículos o apóstolo Paulo declara seu amor por sua gente, os judeus. Ele começa declarando: 'Em Cristo digo a verdade, não minto'. Visto que era conhecido como judeu zeloso, sua conversão a Cristo o torna antipático para os judeus, que o viam como 'um traidor de sua gente'. Entretanto, Paulo garante que seus sentimentos são sinceros e que sua consciência tinha o testemunho do Espírito Santo (v.1). Esse texto mostra que sua consciência agia sob a orientação iluminada do Espírito Santo.
No versículo 2, Paulo ainda declara dizendo: 'Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração'. É uma expressão de profundo sentimento de amor e respeito pela sua gente, e não de traição. A despeito da hostilidade dos judeus contra a pregação do Evangelho e contra a sua pessoa, Paulo diz que, se fosse possível ele mesmo ser separado de Cristo, para salvar 'seus parentes segundo a carne', ele o faria por amor a eles. Essa linguagem é bem típica de quem ama profundamente e é capaz de dar a sua vida para salvar outras.

Por que essa tristeza de Paulo para com seus irmãos de sangue? A resposta é simples e objetiva: o repúdio do povo judeu para com Jesus Cristo. Sua tristeza tem duas razões específicas: Primeira, Paulo declara que os judeus são seus 'parentes' segundo a carne, mas não querem ser seus irmãos segundo o espírito. Segunda, pelo fato de que os judeus, possuindo privilégios especiais como nação, rejeitaram o 'privilégio maior', que é a salvação em Cristo" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.104).

Romanos 9.1-5
Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!

O Amor tudo Sofre...
“Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne” (9.3). A fama que o apóstolo tinha de ser alguém que pregava contra as tradições judaicas chegou aos lugares mais remotos. Paulo teve que esclarecer algumas das suas posições com respeito à lei de Moisés para não transparecer que ele era contra a mesma. Ele explicou que o problema não estava na lei, que era de origem divina, mas naqueles que buscavam justificação por meio dela.

Outra coisa precisa ser ainda esclarecida: Paulo não era um antissemita. Ele não renegou seu antigo povo. Aqui ele mostra que não só amava seu povo como também sofria pela situação espiritual na qual se encontravam seus compatriotas. Não era um mal ser judeu; pelo contrário, constituía-se um grande privilégio já que foi a eles que Deus confiou seus oráculos. O que doía no coração do apóstolo era a dureza de coração que havia cegado seus irmãos, impedindo-os de enxergar o Messias que lhes fora prometido.

Romanos 9.6-13
Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú.

Duas Crianças, Dois Povos
Essa seção de Romanos apresenta um dos temas mais profundos das Escrituras: a soberania de Deus e a liberdade humana. No entanto, “é importante perceber logo de início”, destaca Joseph A. Fitzmeyer, “nesta parte de Romanos, que a perspectiva de Paulo é coletiva. Ele não está expondo a responsabilidade de indivíduos. Além disso, ele não está discutindo o problema moderno da responsabilidade dos judeus pela morte de Jesus. Nenhuma dessas questões deveria ser importada para a interpretação destes capítulos”.
Com esse entendimento em mente, devemos perceber que os versículos 6 a 13 apresentam o argumento de que a escolha de Deus por Israel não se baseou nas obras, mas na fé. O primeiro exemplo dado é o dos patriarcas. Nos versículos 6 a 9, temos o caso de Ismael e Isaque, ambos filhos de Abraão. Deus, na sua soberania e graça, escolheu Isaque e seus descendentes para a realização de seus propósitos. Prevendo que alguém pudesse objetar que a rejeição de Ismael seria totalmente justificável por não ser ele filho de Abraão e Sara, o apóstolo apresenta outro exemplo — Esaú e Jacó. Ambos eram filhos de Isaque, todavia Deus, na sua soberania, escolhera Jacó e rejeitara a Esaú. Essa escolha, que não foi uma escolha para a salvação, foi feita quando eles ainda eram crianças para que prevalecesse a eleição pela graça e não pelas obras.

Eleição Corporativa
No versículo 11 do capítulo 9 de Romanos, como foi mostrado no capítulo 7 deste livro, o apóstolo usa pela primeira vez a palavra eleição. Essa palavra, como foi mostrado anteriormente, é eklogé. Esse termo aparece sete vezes no Novo Testamento grego, sendo quatro delas na seção que vai do capítulo 9 ao 11 de Romanos. É, portanto, apropriado tratar do seu uso aqui. Nesse contexto, ela é definida como sendo o propósito de Deus, em Cristo, para salvar a humanidade. As outras referências são Atos 9.15, 1 Tessalonicenses 1.4 e 2 Pedro 2.10. À luz do contexto dessas passagens, que nas epístolas são usadas em referência à igreja, fica bastante evidente que essa palavra possui um sentido corporativo. Como foi demonstrado, esse sentido coletivo é claramente percebido quando observamos que Paulo interpreta as figuras de Jacó e Esaú em Romanos 9 à luz de Malaquias 1.2-4. Nessa última passagem, Edom, outro nome de Esaú, é usado como referência a um povo, os edomitas, e não ao indivíduo Esaú. Dale Moody destaca que “em Malaquias, Jacó e Esaú não são indivíduos, mas grupos, como claramente indica a identificação de Esaú com Edom (Ml 1.4). Jacó e Esaú há muito tempo estavam mortos como indivíduos, de forma que isto é o que Dodd chamou de ‘um todo corporativo’. Da mesma forma Jacó é tomado no seu sentido coletivo, o povo de Israel, e não a pessoa de Jacó”. Argumento semelhante é apresentado pelo expositor bíblico Harold L. Willmington. Willmington destaca que esse exemplo “não se refere aos dois meninos, mas às nações que eles fundaram, a saber, Israel e Edom! Essa citação não se encontra em Gênesis, mas em Malaquias 1.2-5. O profeta Obadias nos diz, claramente, por que Deus odiou a Edom”.

A crença no determinismo tem levado alguns a acreditarem que Romanos 9 afirma a soberania divina e nega o livre-arbítrio. Para esses intérpretes, essa passagem ensina que Deus escolhe arbitrariamente algumas pessoas e da mesma forma pretere outras. Como já foi demonstrado, esse entendimento não reflete uma boa exegese do texto. O escritor Roger Olson, conceituado teólogo e historiador da igreja, destaca que essa interpretação equivocada sobre o capítulo 9 de Romanos “jamais foi ouvida antes de Agostinho, e isso no século V. Toda a patrística grega interpretava Romanos 9 de maneira diferente”. Olson ainda observa com muita propriedade que “uma interpretação alternativa perfeitamente sensata diz que a passagem de Romanos 9 não está se referindo a indivíduos ou à salvação pessoal, mas a grupos e ao serviço. Deus é soberano em escolher Israel e então a igreja gentia para que cumpram seus respectivos papéis em seu plano de redenção”.

A meu ver, há ainda outro efeito colateral produzido pela crença na eleição incondicional. Ela afirma que uma vez que uma pessoa foi salva continuará salva para sempre. Para se manter de pé, esse ensino precisa atribuir um novo sentido a determinados ensinos das Escrituras. É o caso, por exemplo, do ensino bíblico sobre a “apostasia”, que nessa concepção teológica passa da esfera real para a hipotética. Esse é, por exemplo, o sentido atribuído à passagem de Hebreus 6.4-6. De acordo com esse entendimento, o texto não se refere a um acontecimento real, mas apenas hipotético ou que expressa apenas uma possibilidade. Essa é, por exemplo, a posição defendida pelo expositor bíblico Donald Guthrie, que acredita que Hebreus 6.4-6 trata de um “caso hipotético”. Apesar de essa exegese ser a via mais usada na interpretação desse texto, não é a mais contextualizada. Essa posição de Guthrie é negada, por exemplo, pelo batista de convicção calvinista Millard J. Erickson. Erickson procura um meio termo reconhecendo que Hebreus 6.4-6 realmente admite a possibilidade da queda na fé. Para o expositor William Lane, essas pessoas [Hb 6.4-6] haviam testemunhado “o fato de que a salvação era a realidade inquestionável em suas vidas”. Um dos mais conceituados eruditos em Novo Testamento, I. Howard Marshall, conclui afirmando que: “Um estudo das descrições oferecidas aqui em uma série de quatro particípios (aoristo grego) sugere de modo conclusivo que uma experiência genuína está sendo descrita”.

Romanos 9.14-33
Que diremos, pois? Que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma! Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-te de quem quer e endurece a quem quer. Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que o formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Como também diz em Oseias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada. E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo. Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a. E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma e seríamos semelhantes a Gomorra. Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei. Tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido.


Coração de Pedra
Nos versículos 14 a 33, Paulo cita mais exemplos que ilustram como a graça de Deus se manifesta dentro do seu propósito soberano. Primeiramente temos o exemplo de Israel e o Faraó do Egito. A graça amoleceu a servidão de Israel ao mesmo tempo em que endureceu o coração de faraó. O sol que derrete o gelo é o mesmo que endurece o concreto. A lição trazida aqui por Paulo, observam os intérpretes da Bíblia, é que “da mesma forma como a palavra de Deus endureceu Faraó quando ele resistiu, ela endureceu os de Israel que não atenderam quando foram chamados (9.7; cf. SI 95.7,8; Hb 3.7,15; 4.7). A resposta à questão da justiça de Deus é que Deus é não apenas justo: Ele é misericordioso e justo”.

Dizer que Deus “endureceu” a Faraó, não permitindo que o governante egípcio não tivesse nenhuma escolha nesse processo, não reflete o argumento do texto. Esse texto não está falando no destino eterno das pessoas, mas da manifestação da soberania e graça de Deus na concretização de seu propósito. O comentarista Joseph A. Fitzmeyer comentando a expressão “endurece a quem quer” (Rm 9.18), destaca que: “No AT, o endurecimento do coração de faraó é, às vezes, atribuído a Deus (Êx 4.21; 7.3; 9.12) e, outras vezes ao próprio faraó (Ex 7.14; 8.11,15,28). O ‘endurecimento do coração’ por Deus é uma forma protológica de expressar a reação divina à obstinação humana persistente contra Ele — uma selagem de uma situação que Ele não criou. Não é, portanto, resultado de alguma decisão arbitrária ou mesmo planejada por parte de Deus, mas o modo como o A.T. expressa o reconhecimento divino de uma situação que emana de uma criatura que rejeita o convite de Deus”. Essa passagem, portanto, não serve como fundamento para que se afirme que Deus, no seu grande amor, escolheu alguns para o céu enquanto preteriu a outros para o inferno.

Norman Geisler, apologista norte-americano, comenta Romanos 9.17 quando responde à pergunta: Como poderia Faraó estar livre se Deus endureceu o coração dele? Geisler responde: Primeiro, em sua onisciência, Deus sabia de antemão exatamente como o Faraó iria agir, e usou isso para realizar os seus propósitos. Deus prescreveu os meios da ação livre, porém teimosa, de Faraó, bem como o fim da libertação de Israel. Em Êxodo 3.19, Deus disse a Moisés: “Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte”. Faraó rejeitou o pedido de Moisés e somente depois de dez pragas foi que finalmente deixou o povo ir.
Segundo, é importante notar que Faraó primeiramente endureceu o seu próprio coração. No início, quando Moisés aproximou-se de Faraó com vistas à libertação dos israelitas (Êx 5.1), Faraó respondeu: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel” (Êx 5.2). A passagem que Paulo cita (em Rm 9.17) é Êxodo 9.16, a qual, no contexto, refere-se à praga das úlceras, a sexta praga. Mas Faraó endurecera o seu coração antes de Deus afirmar o que afirmou. Somente porque Deus levantou Faraó, isso não quer dizer que Faraó não seja responsável por suas ações.
Terceiro, Deus usa a injustiça dos homens para mostrar a sua glória. Deus ainda considera Faraó responsável, mas no processo do endurecimento do seu coração o Senhor usou Faraó para manifestar a sua grandeza e glória. Deus às vezes faz uso de atos maus para obter bons resultados. A história de José é um bom exemplo disso. José foi vendido por seus irmãos, e mais tarde tornou-se o governante do Egito. Lá ele salvou muitas vidas durante o tempo de fome. Quando mais tarde ele se revelou aos seus irmãos e os perdoou, disse-lhes: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande” (Gn 50.20). Deus pode usar atos perversos para manifestar a sua glória (veja também o que é exposto sobre Êxodo 4.21).

Os Dois Vasos
A metáfora dos dois vasos em Romanos 9.19-24 parece ensinar um determinismo radical. Mas fica apenas na aparência, pois o texto está longe disso. A literatura evangélica registra que nos Estados Unidos um grupo que se autointitulava Batistas Presdestinarianos das Duas Sementes advogava que esse texto comprovava por A + B que Deus havia feito um grupo para a salvação e outro para a condenação. Eles fizeram seguidores. Algumas observações que refutam essa exegese devem ser levadas em conta:
1. No texto de 2 Timóteo 2.20,21, Paulo usa uma analogia semelhante quando se refere a alguns tipos de vasos. Ele até usa as mesmas palavras gregas de Romanos 9.21-23, traduzidas como honroso e desonroso. Na passagem de 2 Timóteo 2.20,21, fica claro que esses vasos, que representam pessoas, podem se consagrar ao verdadeiro culto a Deus. A metáfora, portanto, não exclui a livre-escolha.

2. O termo grego usado por “preparado” citado na expressão “preparados para a perdição” (Rm 9.22) é katertismena. A. T. Robertson, um dos mais conceituados gramáticos de grego bíblico de todos os tempos, observa que esse verbo “é o particípio perfeito passivo de katarizo, o verbo que significa “equipar” (veja Mt 4.21 e 2Co 13.11), estado de estar preparado. Paulo não diz aqui que Deus fez o que eles fizeram. Que eles são responsáveis pode-se ver em 1Ts 2.15ss”. Em outras palavras, Deus não foi a causa da condição na qual se encontravam esses vasos. O tempo perfeito grego, que significa uma ação feita no passado com consequências no presente, mostra que houve uma trajetória percorrida por esses “vasos” até chegar aonde chegaram. Dale Moody destaca que isso indica que “no caminho da perdição, certo estágio foi alcançado”. Isso significa também que Deus foi paciente e misericordioso com um povo rebelde e contumaz até que chegou o momento de executar a sua justiça. James Moffat, em sua clássica tradução do Novo Testamento, captou bem o sentido desse texto: “Que quer dizer, se Deus, embora desejoso de exibir sua ira e mostrar o seu poder, tolerou mui pacientemente os objetos da sua ira, maduros e prontos para serem destruídos?” O enfoque recai sobre a grande misericórdia e paciência divina.

3. O exegeta Joseph A. Fitzmeyer, ao comentar a palavra “querendo” em Romanos 9.22, destaca que “embora alguns comentaristas (Jerônimo, Tomás de Aquino, Barrett, Cranfield, Michel) entendam o particípio thelon de forma causal, ‘porque quis’, parece melhor, pelo contexto (especialmente em vista da expressão 'com muita paciência'), entendê-lo de forma concessiva, ‘embora tenha querido’, i.e., embora sua ira pudesse tê-lo levado a tornar conhecido o seu poder, sua bondade amorosa o conteve. Deus deu a faraó tempo para que se arrependesse [...] prontos para perdição: o particípio perfeito expressa o estado no qual esses “vasos” se encontram — ‘prontos’ para o monte de lixo. Este versículo expressa a incompatibilidade radical de Deus com os seres humanos rebeldes e pecaminosos. Ele contém, também, uma nuança da predestinação, e a formulação de Paulo é mais genérica do que o exemplo com o qual ele iniciou; é por isso que estas palavras foram utilizadas nas controvérsias posteriores sobre a predestinação. Entretanto, não se deveria perder de vista sua perspectiva coletiva”, (itálicos meus)

Romanos 10.1-21
Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas. Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo)? Ou: Quem descerá ao abismo (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)? Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Mas digo: Porventura, não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo. Mas digo: Porventura, Israel não o soube? Primeiramente, diz Moisés: Eu vos meterei em ciúmes com aqueles que não são povo, com gente insensata vos provocarei à ira. E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que me não buscavam, fui manifestado aos que por mim não perguntavam. Mas contra Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.

O Eco da Palavra de Deus
Essa seção que se estende por todo o capítulo 10 de Romanos tem duas divisões principais. Na primeira delas o apóstolo desenvolve o argumento de que a rejeição de Israel se deu por conta da busca da justificação pelas obras e não pela fé. O apóstolo mostra a impossibilidade da justificação pelos méritos da lei pela razão de que o fim da lei é Cristo (v. 4). O expositor Charles Cousar destaca o fato de o versículo 4 do capítulo 10 de Romanos estar traduzido na versão americana NRSV como o “fim” ou “término” da lei. “Paulo havia insistido que a lei é santa, justa e boa (Rm 7.12) e que testemunha acerca da justiça de Deus que é recebida pela fé (3.21). Ele tinha dito que Deus atuou na morte de Jesus Cristo para cumprir ‘o requisito da lei’ (8.4), sugerindo que a melhor tradução é ‘meta’ ou ‘propósito’. O que Paulo está afirmando nesta leitura é que a própria lei não tem outra coisa como fundamento senão Cristo como a base da justiça para todos os que creem (1 Tm 1.4)”.

Ao assim fazer, estavam buscando a sua própria justiça em vez de aceitarem a que lhes foi outorgada por Deus em Cristo Jesus. Eles tropeçaram na lei. O segundo argumento do apóstolo mostra que essa rejeição não se deu por falta de testemunho da parte de Deus (Rm 10.8-21). Pelo contrário, as Escrituras eram a prova documental das advertências que Deus lhes fizera no passado. Aqui os judeus tropeçaram na palavra de Deus quando se recusaram ou se fizeram de surdos para não ouvirem os ecos de sua voz.

Romanos 11.1-10
Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça. Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono; olhos para não verem e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje. E Davi diz: Tome-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, por sua retribuição; escureçam-se-lhes os olhos para não verem, e encurvem-se-lhes continuamente as costas.

Deus Tem suas Reservas
Recorrendo novamente ao método de diatribe, Paulo responde às possíveis objeções sobre a rejeição de Israel. Essa seção introduz a figura do remanescente que deu continuidade ao propósito eletivo de Deus. Se era um fato que Israel havia falhado como dissera Paulo, então como ficariam as promessas que Deus fizera no passado a seu povo? Elas se extinguiram? Não havia mais nada que Deus pudesse tratar com Israel? O apóstolo mostra que a grande maioria de Israel havia rejeitado a justiça que vem da fé em Cristo, mas que essa rejeição não era total nem definitiva. Em meio a esse processo de rejeição, Deus sempre contou com um remanescente fiel a quem escolheu. Como em Romanos 9.11, aqui a eleição (gr. eklogê) se deu inteiramente pela graça e não pelas obras (Rm 11.5,7). A graça sempre tem suas reservas. Paulo cita seu próprio exemplo e do profeta Elias como remanescente que foram fiéis a Deus.

Romanos 11.11-24
Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!


A Oliveira e seu Enxerto
O expositor bíblico Lawrence Richards destaca que “a rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé”.
A exortação de Paulo nessa porção das Escrituras é clara — os judeus, ilustrados pelo exemplo da oliveira verdadeira, em razão de quererem cumprir a justiça divina através das obras, foram rejeitados. A oliveira não foi arrancada, apenas teve seus galhos quebrados e no lugar destes enxertados os gentios. Nenhum gentio podia se gloriar desse fato porque, assim como os ramos naturais foram quebrados, o enxerto da mesma forma poderia ser arrancado. Era, portanto, motivo de temor e não de exaltação.

Romanos 11.25-36
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que haja a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E este será o meu concerto com eles, quando eu tirar os seus pecados. Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. Porque assim como vós também, antigamente, fostes desobedientes a Deus, mas, agora, alcançastes misericórdia pela desobediência deles, assim também estes, agora, foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada. Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia. O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, e ele eternamente. Amém!

A Graça Restauradora
Qualquer exegese que não contempla uma restauração em massa que acontecerá com Israel no futuro contradiz a argumentação de Paulo em Romanos 11.25-36. O escritor O. Palmer Robertson gastou 200 páginas de seu livro argumentando que “todo o Israel” citado por Paulo não significa “o todo Israel”. Explico. Palmer foi minucioso na sua exegese a fim de provar que o projeto de Deus não é com o Israel nação, mas com o Israel cristão. Em outras palavras, o projeto de Deus não é com o Israel étnico, mas somente com o Israel eleito. No seu entendimento, o “todo Israel” que Paulo citou não se refere à nação judaica, mas a “todos os judeus eleitos em Cristo”. A referência seria, portanto, aos judeus messiânicos que receberam a Cristo como Salvador. A exegese de Palmer entra em rota de colisão com outros intérpretes de renome, como por exemplo, Leon Morris. A meu ver, o argumento de Palmer se torna frágil quando o faz depender quase que inteiramente da tradução da conjunção grega kai e do pronome outos em Romanos 11.26. Segundo ele, a tradução correta dessa expressão é “dessa forma”, e não “e então” como traz a maioria das versões da Bíblia. Fundamentado nessa convicção, ele completa: “a conclusão a que se pode legitimamente chegar é a de que “todo Israel” refere-se a todos os judeus eleitos. Todos do verdadeiro Israel de Deus, o eleito do Pai, serão salvos”.

A teoria de O. Palmer Robertson é bem construída, mas não se enquadra naquilo que Paulo procurou mostrar entre os capítulos 9 e 11 de Romanos. A palavra “todos” é entendida pela grande maioria dos intérpretes como sendo uma referência clara ao Israel étnico. E desse Israel étnico que Paulo vem falando como sendo amados por causa dos patriarcas e não apenas a “todos” os israelitas eleitos (Rm 11.28). A exegese de Palmer ignora a expectativa escatológica claramente mostrada pelo apóstolo nesse capítulo. No entendimento do apóstolo, o Messias, que fora rejeitado, voltará novamente como Libertador, e quando ele voltar “apartará de Jacó as impiedade” (Rm 11.26). Esse versículo só tem sentido dentro de um contexto escatológico futuro. Esse fato é claramente demonstrado por Paulo quando ele afirma que a vinda do Messias Libertador acontecerá somente após haver se cumprido a plenitude dos gentios. “Até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Rm 11.25). Isso evidentemente ainda não aconteceu. Ao contrário da tese de Palmer, em que “todo Israel” se limita apenas aos judeus messiânicos, o “todo Israel” de Paulo é uma referência ao Israel étnico que se voltará em massa quando o Messias voltar.
A graça que alcançou os gentios, a graça que alcançou os judeus messiânicos, é a mesma graça que reservou um futuro glorioso para Israel. “Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam” (SI 122.6).

Deus não rejeitou Israel, e todos que creem na graça de Jesus Cristo serão restaurados.



SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Gentios e judeus (11.11-21)
A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé.

Todo o Israel será salvo (11.25,26)
Paulo lança seus olhos ao passado para as promessas feitas a Israel por Isaías (59.20; cf. Jr 31). A conversão em massa de gentios a Cristo não significa que Deus repudiara as palavras dos profetas do Antigo Testamento. Somente quando todos os gentios forem convertidos é que o foco da história voltará a se concentrar em Israel (11.29)" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.747).


CONCLUSÃO
Como vimos, os capítulos 9 a 11 de Romanos demonstram a soberania de Deus na história da redenção. Revela que o propósito de Deus concernente à eleição jamais poderá ser frustrado. Diante disso, a atitude deve ser de temor, não de jactância. A história de Israel, seu antigo povo, bem como a inclusão dos gentios no plano da salvação, mostra que Deus respeita as escolhas, mesmo que estas se revelem danosas para aquele que as fez. Em todo caso, o arrependimento e a fé são os caminhos que darão acesso ao portão da graça de Deus.


ESTUDANDO A LIÇÃO
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Os patriarcas e o Cristo descendiam de que povo?
Os patriarcas e o próprio Cristo descendiam dos judeus.
As promessas de Deus em relação a Israel falharam com a rejeição deles?
As promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado.
Segundo a lição, por que Israel foi endurecido?
Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.
Paulo se considerava um dos remanescentes?
Sim, ele se considerava um dos remanescentes.
Como os gentios passaram a fazer parte do plano da salvação?
Como os judeus tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus Cristo, os gentios entraram como um “enxerto” no plano da salvação.

Fonte:
Lições Bíblicas - Maravilhosa Graça - O Evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos - 2º.trim_2016 CPAD - Comentarista Jose Gonçalves
Livro de Apoio - Maravilhosa Graça - O Evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos - Comentarista José Gonçalves
Romanos. O Evangelho da Justiça de Deus - 5ª.ed.CPAD
Revista Ensinador Cristão-nº66
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia de Estudo Defesa da Fé
Dicionário Bíblico Wycliffe
Dicionário Teológico CPAD
Aqui eu Aprendi!

2 comentários:

  1. Irmãos e Amigos; na minha grande ignorância concordo com A teoria de O. Palmer Robertson que somente os escolhidos ou eleitos serão resgatados por Jesus Cristo Libertador.

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  2. Amados irmãos se tem dois povos que precisamos ter o cuidado de falar é: ISRAEL e a IGREJA o primeiro (menina dos olhos de Deus) o segundo (as portas do inferno não prevalecerá) fico aqui pensando, tenho o direito de dizer a Deus o quem vai ser salvo ou não?

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