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terça-feira, 10 de maio de 2016

O papel da Esposa na Família

A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos
Pv 12.4

Deus criou a mulher para ser adjutora (Gn 2.18), ou seja, ela deveria exercer função auxiliar junto ao marido. Essa regra foi determinada há milhares de anos. Os tempos passaram, e muita coisa mudou. Entretanto, a vontade de Deus no relacionamento conjugal continuou inalterada. Uma mulher, pode se realizar profissionalmente e tornar-se independente financeiramente, mas ainda não será autossuficiente... ainda faltaria algo nela. O que uma mulher realmente deseja é ser amada, cuidada e protegida por um homem.

Israel saiu do Egito e iniciou a caminhada no deserto, a qual duraria quarenta anos. Seria preciso construir um espaço desmontável para o povo cultuar a Deus. O Senhor, então, entregou o modelo arquitetônico do Tabernáculo e dos utensílios, bem como dos tipos das vestes e adereços sacerdotais a Moisés, no Monte Sinai, e, além disso, indicou quem deveria ter a responsabilidade pela realização da obra. Seriam duas pessoas cheias do Espírito: Bezalel e Aoliabe. O primeiro seria o chefe, o outro trabalharia como ajudante (Ex 35.30,31,34).

Bezalel era um homem talentoso. O Senhor o escolheu como líder. Entretanto, ele precisava de um companheiro fiel, alguém que soubesse trabalhar em equipe, sendo, porém, o segundo na hierarquia. O Altíssimo chamou para tal função Aoliabe, cujo nome significa “tenda do meu pai”. Ele era um consolo para sua família e também um ponto de apoio para todos. Foi por isso que o Criador o selecionou. As características dele poderiam ser identificadas, igualmente, pelo significado do nome de seu pai: “irmão de apoio”, denotando o tipo de formação que Aoliabe recebeu. Ele foi treinado para ser um sustentáculo para os outros. O nome Bezalel sempre é citado em primeiro lugar, e houve uma ocasião, na Bíblia, em que o nome de Aoliabe foi até esquecido (2 Cr 1.5)!

Aoliabe trabalhou arduamente, servindo como uma “tenda” e um “apoio” para seu líder Bezalel. O resultado, então, foi magnífico. Quando a obra foi concluída, diz a Bíblia: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo, de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo". (Êx 40.34,35).

Lamentavelmente, muitas pessoas, diferentemente de Aoliabe, fazem questão de ser o “número um”. Lutam por isso, estabelecendo tal meta como o seu ideal de vida. Só assumem determinados compromissos se estiverem sozinhas no topo. Essas pessoas buscam o reconhecimento, o aplauso, o elogio. Só isso. Vaidade de vaidades. Não querem servir, querem ser servidas. Não entenderam a Lei de Cristo. Entretanto, graças a Deus, há outras pessoas que, mesmo sendo coadjuvantes aos olhos dos homens, apresentam-se para servir com alegria. Entendem a bênção de ser o “número dois”.

Ora, o líder sempre fica com a maior responsabilidade. As expectativas, as cobranças pelos resultados, as críticas, geralmente recaem sobre ele, sufocando-o. O coadjuvante, por outro lado, tem menos estresse, as cobranças são brandas, as expectativas são menores, as críticas menos ácidas. Ele está mais livre para agir. E menos fiscalizado. Tal posição, portanto, é um presente do Altíssimo.

Na Bíblia, encontramos muitas pessoas que foram levantadas para servir em posições de menor destaque. Eles, porém, eram heróis da fé para Deus. Aparecem nesta lista: Josué, servo de Moisés; Eliseu, ajudante de Elias; Misael, Ananias e Azarias, subordinados de Daniel; Silas, cooperador de Paulo, dentre outros.

Por que fazer questão de ser o primeiro, se o segundo, utilizando menos energia, pode ter os mesmos resultados, ou até mais, que o primeiro? As pessoas podem realizar coisas impressionantes ao não se importarem com quem ficará o crédito. Exemplos dessas situações, no relato bíblico, são abundantes. Jacó era o "número dois”, e Esaú o “número um”; contudo, para o Eterno, era o contrário. A mesma coisa aconteceu entre Caim e Abel, Manassés e Efraim, Ismael e Isaque, Raquel e Léia, dentre outros.

Para pessoas vocacionadas por Deus, como Aoliabe, as glórias pessoais (títulos, honrarias, posições, elogios) não são fundamentais, porém apenas a Glória do Senhor. Ser o "número dois" constitui-se mero detalhe. O importante é fazer a obra do Altíssimo e ter a aprovação dos Céus.

O Eterno formou a esposa para ser a “número dois” no quesito liderança no seio familiar. Ela foi constituída adjutora, para fins de liderança, não de importância, ainda no Éden. É lindo o projeto do Criador. Porém, este projeto foi perversamente deturpado ao longo do tempo. A primeira deturpação, bastante antiga, diz respeito à desvalorização da mulher na sociedade. Em algumas culturas, inclusive até os dias atuais, a mulher é considerada pessoa de segunda classe, “coisa” (res, do latim), propriedade do homem. Isso é uma ideia irracional e abominável. O Criador fez homem e mulher iguais em direitos e deveres. No outro extremo, está o movimento feminista ortodoxo, o qual emergiu com força total em 1963, a partir da publicação do livro “A Mística Feminina”, da psicóloga americana Betty Friedan (1921-2006), alardeando que a mulher poderia ser feliz sem um marido, devendo, primeiramente, cuidar de sua vida profissional e, quando chegasse à meia idade, pensaria em ter filhos ou não. Ela procurava, em suma, demonstrar que a mulher não precisava ser a “número dois” na família.

A escritora americana Camille Paglia, atualmente com 68 anos (1947-), ex-professora da Universidade das Artes, na Filadélfia, EUA, e autora do livro “Personas Sexuais”, é uma dissidente do movimento feminista radical, por entender que é prejudicial à sociedade, às famílias e, também, às mulheres. Ela concedeu uma entrevista à revista "Veja” e, se manifestou fortemente, conforme se vê:
“Achar que as mulheres profissionalmente bem-sucedidas são o ponto máximo da raça humana é ridículo. Vejo tantas delas sem filhos porque acreditaram que podiam ter tudo: ser bem-sucedidas e mães aos 40 anos. Minha geração inteira deu de cara com a parede. Quando chegarmos aos 70, 80 anos, acredito que a felicidade não estará com as ricas e poderosas, mas com as mulheres de classe média que conseguiram produzir grandes famílias".

É interessante como a professora Camille Paglia reconheceu a felicidade, que não é condicionada à realização profissional e patrimonial feminina, e sim em que a mulher cumpra o papel estabelecido pelo Senhor, para, porventura, construir uma grande família. É impressionante como a maturidade traz consigo reflexões e análises, alçando, muitas vezes, os valores mais caros da vida, outrora desprezados, à categoria de imprescindíveis. Aliás, a própria Betty Friedan, a “mola propulsora” do feminismo radical na década de 1960, antes de morrer aos 85 anos, desanimou-se de seu ímpeto original, tanto é que foi acusada por militantes do movimento de ter abandonado seus ideais feministas.

Deus colocou a mulher, honrosa e amorosamente, em papel secundário de liderança no lar, para exercer com toda a força as funções que lhe são afetas, as quais fazem bem ao seu coração e servem para a construção de famílias fortes e felizes. Diz a Bíblia que está na mão da mulher edificar ou destruir sua casa.

Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos. Provérbios 14:1

O Senhor honrou a mulher da mesma forma como dignificou a Aoliabe: deu-lhe um espaço de honra para poder desenvolver todo o seu potencial (sem a pressão de ser a “número um” na liderança) e estabilizar o maior projeto social de Deus para a humanidade. Ela, com a intuição e percepção mais acuradas, além da sua moralidade superior em relação ao homem, tem tudo para preparar para o Eterno um lindo lugar para habitar: a família. A mãe de Lemuel teve uma visão bastante ampla do glorioso papel da esposa e a transmitiu ao seu filho (Pv 31). Glória ao Senhor!

A nobre função da esposa como adjutora reflete o cuidado de um Deus amoroso, que viu não ser bom o homem estar só.

I. PRECEDENTES HISTÓRICOS

1. Amizade perigosa
As más conversações corrompem os bons costumes, diz a Bíblia (1Co 15.33). Uma amizade perigosa sempre começa com um diálogo ingênuo, despretensioso, porém termina com uma grande tristeza. Homens e mulheres, frequentemente, se envolvem com pessoas inapropriadas. Está escrito que quem anda com os sábios será sábio, “mas o companheiro dos tolos será afligido” (Pv 13.20). Assim, tendo em vista a estrutura psíquica feminina, marcada pelas emoções, faz-se necessário que as mulheres, principalmente, tenham muito cuidado para evitar amizades com pessoas sagazes, maliciosas, parecidas com “serpentes” (gentis, empáticas, porém cheias de veneno mortal). Não é sem causa, portanto, que a mulher é tentada, sobretudo, pelo que ouve, e o homem pelo que vê. Uma boa conversa, como aquela que a “serpente” teve com Eva, foi suficiente para, num momento, demover o desejo de ser fiel a Deus. A “serpente” apresentou os benefícios emocionais daquela ímpia empreitada: experimentar coisas extraordinárias, as quais só Deus conhece. A mulher, curiosa para “adquirir” o novo produto, foi iludida e caiu, levando seu amado marido para a ruína. E como o convenceu tão facilmente? É que, como dizia o grande pregador Spurgeon: “o afeto possui mais potência do que a eloquência”. Talvez, esse tenha sido o motivo de Adão ter cedido tão rapidamente, sem sequer, ao que tudo indica, questionar a conduta de sua esposa.

2. Insubmissão
Deus criou uma auxiliadora, adjutora, para Adão. Assim, Eva já nasceu submissa! Posteriormente, Deus disse: “E o teu desejo será para teu marido, e ele te governará” (Gn 3.16). Observe que, no gênero humano (homem e mulher) não há relação de subordinação, porém apenas entre a esposa e seu marido. Por isso, Sara chamava Abraão de senhor (1 Pe 3.6); contudo, não tratava assim os escravos de sua casa, ou os amigos. Esse assunto é abundante na Bíblia (Ef 5.22,25; Tt 2.4,6; 1 Pe3.1).
Deus, realmente, é muito sábio. E tudo o que faz é bom. Eva, porém, agiu com independência, não com submissão, como devia, em face de sua função como adjutora, e ela sabia disso (Gn 2.18). Ela sequer conversou previamente com Adão antes de decidir sobre algo tão importante — o que demonstrou o engano da autossuficiência. Na verdade, ela se achava sábia aos seus próprios olhos (Pv 26.12), por isso não sentiu a necessidade de aconselhamento. A insubmissão, no aspecto mais amplo do termo, foi a mola motriz da sua decisão equivocada.

3. Decisão emocional
Como mencionado anteriormente, a mulher é, em regra, bastante emocional, e isso pode ser comprovado cientificamente. Analisando o cérebro feminino, os estudiosos descobriram que ele possui 11% mais de neurônios que o cérebro masculino na área de linguagem e audição, e que “o principal centro da memória, que armazena inclusive a memória emocional, o hipocampo, também é maior nas mulheres”, fazendo com que elas tenham facilidade em se tornarem mais empáticas e observar as emoções contidas no tom de voz e nos gestos das outras pessoas, bem como expressarem suas próprias emoções de forma física ou verbal e “lembrar detalhes de eventos carregados de emoções”.

Identificado isso, e sabendo que é no ponto fraco de cada pessoa que a tentação normalmente chega, dá para entender o porquê de o Diabo ter travado um diálogo com Eva, no qual ele não procurou apresentar elementos racionais, todavia somente emocionais, e foi exatamente esse o aspecto final da Queda. Amizade indevida, insubmissão à liderança do marido e decisão baseada em motivo eminentemente emocional fizeram o arquétipo da derrota humana.

Esse padrão de tentação se reproduz constantemente ao longo dos séculos, e é curioso como homens e mulheres repetem os mesmos erros cometidos por Eva, milhares de vezes, todos os dias, em todo o mundo, mesmo sabendo quão dramáticas consequências daí sucederão!
A grande questão é que a expectativa de prazer gerada pela iminência do pecado entorpece a consciência. Em primeiro lugar, pelas circunstâncias. No caso de Eva, o ambiente do Eden era propício.

O pecado entorpece a consciência, seja pelas circunstâncias, pelas vantagens oferecidas ou simplesmente pela emoção, mas depois ele cobra um alto preço.

II. A BRILHANTE ADJUTORA

1. Em relação a Deus
Como mencionado no início deste capítulo, ser o “número dois” é uma bênção. Aoliabe foi o subcoordenador dos trabalhos no Tabernáculo pela orientação do Senhor, conseguindo um resultado extraordinário. Na família, também, a esposa assume essa honrosa função coadjuvante, a qual não lhe foi tirada como consequência do pecado. Tanto é assim que Deus disse, no ambiente da Queda, perante Satanás, que a Semente da mulher (e somente dela) esmagaria sua cabeça (Gn 3.15). Deus, com isso, declarou guerra no Éden entre a raça humana e Satanás (Ef 6.12), e colocou a frágil mulher (1 Pe 3.7) no centro do conflito cósmico (Gn 3.15; Ap 12.13).
A mulher teve a responsabilidade de trazer ao mundo a Semente que esmagou a cabeça da “serpente”, recebendo, ademais, a função de conduzir sua casa à presença de Deus.

2. Em relação ao marido
O marido é o líder da mulher na família, entretanto ele não é mais importante do que ela. Esse foi um dos equívocos de Abraão (Gn 21.9-12), o qual acreditava, ao que tudo indica, na existência de um compromisso unilateral entre Deus e ele, excluindo sua esposa. Achava, talvez, que Ismael fosse mais relevante que Sara. Ledo engano.

O Eterno desvendou esse segredo ao seu amigo, demonstrando que, sem Sara, não haveria cumprimento de promessa. Ela deveria ser honrada por Abraão porque era sua mulher! Ademais, também lhe era submissa (1Pe 3.6 — a submissão é a base da autoridade e da exaltação) e, por último, porque o projeto divino passava inexoravelmente pelas entranhas dela — Isaque. Aliás, sempre, o projeto de Deus para a família não possui um plano alternativo. Será necessariamente entre o esposo, a esposa e os descendentes. Qualquer terceiro que intervier nessa rota poderá atrapalhar.

3. Em relação aos filhos
Quando o Criador não permitiu a liderança do lar com a esposa, visava-a não sobrecarregada de atribuições. Em Pv 31, vê-se um corolário de atividades próprias das mulheres, não apenas para os tempos passados, mas também para os nossos dias, devendo atualizar, obviamente, apenas o ambiente civilizatório. O papel de cuidar dos filhos, por exemplo, deve ser compartilhado entre marido e esposa, entretanto — até fisiologicamente — a mulher tem vantagem, principalmente durante os primeiros meses de vida dos filhos, pois recebeu de Deus não apenas o dom de alimentá-los, mas, sobretudo, de amá-los. Aliás, a função maternal da amamentação é observada em todos os mamíferos.

A função materna, porém, não se resume ao papel da criação de filhos para a vida, em parceria com o marido, mas também de conduzidos ao conhecimento de Deus, como aconteceu com a avó e a mãe de Timóteo (2 Tm 1.4,5). Outro exemplo notável é o da mãe do teólogo John Wesley, Susanna Wesley, a qual teve muitos filhos e levou todos a servirem a Cristo. O eminente pregador, em certa ocasião, afirmou que sua mãe tinha sido a fonte de onde emanaram todos os princípios cristãos norteadores de sua vida, tendo aprendido mais com ela do que com todos os teólogos da Inglaterra.

Na Bíblia, são abundantes os casos de mulheres que transformaram seus filhos em grandes homens e mulheres de Deus. Dois casos dignos de nota são os de Joquebede, mãe de Moisés, e Ana, mãe de Samuel. Ambas conduziram seus filhos à presença do Senhor. Certamente, os pais dos meninos, respectivamente Anrão e Elcana, tiveram sua cota de participação. Entretanto, o Espírito Santo, ao narrar a infância de ambos os heróis da fé, dá destaque especial às condutas das mães.
Essas mulheres amaram profundamente seus filhos e sofreram muito por eles. Talvez, por isso, Deus as destaque em sua palavra.

A responsabilidade de ser geradora da vida. O dom especial da maternidade.

III. CRIADA PARA SER GERADORA

1. Semente da vida
A responsabilidade de ser geradora da vida não ficou para qualquer pessoa! O Soberano deu às mulheres esse dom especial da maternidade. Trata-se de uma característica inaudita. Observe que, quando as mulheres vão trazer vida ao mundo, por ocasião da gravidez, elas perdem sua forma e adquirem um padrão "estranho”. Esse fenômeno é denominado, como afirmava certo poeta, a “divina deformação”. O novo ser a deforma, para fazê-la mais bela ainda.

Pedro revela que o homem deve tratar sua esposa com todo o respeito, reconhecendo-a como o vaso mais frágil (1 Pe 3.7 NTLH).

Interessante que, no fim da gravidez, por ocasião das dores de parto, quando o vaso se torna mais frágil, a coragem e a força femininas aparecem com mais vigor. O Altíssimo, assim, através das mulheres, fala ao mundo sobre como da "fraqueza se tira força”, uma obra paradoxalmente maravilhosa. O Senhor as dotou de muita dignidade, ao lhes outorgar uma capacidade superior, extrema, de expressar, em dor, o amor pela família — trazendo vida ao mundo.

2. Semente da salvação
A mulher, assim, coopera com Deus, ou seja, “atua juntamente” com Ele, para gerar a vida, mas também foi destacada para fazer algo mais especial: cooperou com Deus para trazer a Salvação. Está escrito: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). A mulher deveria ser virgem e descendente de Abraão, e Maria foi a escolhida.

O Pai da Eternidade (Is 9.6) nasceu de um vaso frágil (Gn 3.15), para que toda a glória fosse do Todo-Poderoso, pela sua boa vontade para com os homens (Lc 2.13,14). Ninguém poderá tirar a magnificência desse milagre das mulheres.

O apóstolo Paulo arremata: "mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). Bendito seja o Altíssimo pelo dom inefável da vida eterna!

3. Sonhos
A capacidade de enxergar o futuro com fé é de bem poucos. Isso aconteceu, por exemplo, com Raquel e com Ana, que não desistiram do sonho de ter filhos, ainda que estéreis (Gn 29.31; 30.22,23; 1 Sm 1.5,6), bem como com Acsa, que, mesmo sem direito à herança, conseguiu uma possessão bem melhor para sua família (Jz 1.12-15). História igualmente cheia de sonhos é a de Rute. Ela abandonou seu povo e foi morar com uma anciã pobre, sua sogra Noemi, em uma terra que era de inimigos do seu país. O etnocentrismo naquela época já era bastante forte. Contudo, mesmo assim, ela creu que o impossível podia acontecer e não desanimou — talvez a maioria das pessoas tivesse seguido o exemplo de sua concunhada Orfa, que voltou à terra de Moabe (Rt 2.1 1,12). Que mulher excepcional! Ela pôde sonhar, confiou no Todo-Poderoso, e Ele atendeu ao desejo de seu coração. A moabita Rute é ascendente do Senhor Jesus, constando na sua genealogia, porque decidiu crer que o Eterno era poderoso para realizar aquilo que o seu coração desejava (Ef 3.20). Se você quiser ter algo que nunca teve, faça algo que nunca fez!

Muitas mulheres também se destacaram pela fé no Novo Testamento. Várias delas deixaram suas casas e seguiram a comitiva de Jesus, servindo com suas posses e seus serviços. O Senhor tem seus nomes escritos no céu, pois o Altíssimo não fica devendo nada a ninguém.

Veja a postagem: Mulheres que ajudaram Jesus

Observe, entretanto, a grande fé de duas mulheres desprezadas que, mesmo assim, conseguiam ver esperança onde os outros só viam dor. Uma era samaritana, e a outra era siro-fenícia. Elas eram tão “descartáveis” que os escritores do Novo Testamento não descobriram quais eram seus nomes. Mas isso não importa. O que vale a pena registrar é que elas se dispuseram a crer naquilo que Jesus estava dizendo. Simples assim. E o milagre aconteceu para elas. Seus anelos mais caros foram realizados. Afinal, a Bíblia diz que Deus atende aos desejos daqueles que se deleitam nEle (SI 37.4).

Somente os que estiverem dispostos a crer em Deus, assim como uma criança, experimentarão visitações surpreendentes do Senhor, além de serem, sempre, renovados na fé. Eles mudarão o foco das perspectivas, influenciarão decisivamente o mundo em que vivem, serão capacitados a seguirem, sem abalos, até o fim da jornada da Vida.


Raquel, Ana, Acsa, Rute, bem como as estrangeiras aqui mencionadas (a samaritana e a sírio-fenícia), todas submissas, representam muito bem todas as mulheres. Elas tinham anelos em seus corações e, quando olharam para o Altíssimo, logo tiveram os olhos do seu entendimento iluminados. Tudo isso porque o Senhor deu às mulheres submissas uma capacidade geradora notável, não de apenas trazer filhos à existência, mas também sonhos, isto é, projetos para a vida. Esses planos femininos serão chamados, aqui, de sonhos, haja vista que, não poucas vezes, eles não são razoáveis, pois foram gerados pelo Espírito Santo.

O Espírito outorga, em regra, às mulheres submissas a capacidade de sonharem as coisas que estão no coração de Deus. Essa sensibilidade, fé e obediência femininas agradam a Deus, que não lhes priva dos desejos do coração (SI 51.17; 37.3) concebidos na confiança do caráter de Deus, que é gracioso.

Você, que é serva do Eterno, não se assuste com os sonhos que o Todo-Poderoso colocar em seu coração. Claro que você não deve ser orgulhosa, nem correr "atrás das coisas grandes e extraordinárias”, que estão fora do seu alcance. Apenas sossegue sua alma como uma criança que, alimentada, está nos braços de sua mãe (SI 131.1-3). Entretanto, não despreze também os desejos profundos de seu ser, gerados na presença do Altíssimo. Pode ser que sejam uma revelação do Espírito Santo.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Hoje em dia, os papéis e as responsabilidades são encarados como separados à identidade essencial de alguém, o núcleo central de alguém, e até mesmo contraditórios a isso. O ser pode aceitar ou rejeitar estas responsabilidades no processo de autonegação.
Isto pode parecer abstrato, mas tem consequências práticas intensas. Um dos temas do movimento feminista radical tem sido o de que as mulheres são sufocadas pelos papéis de esposa e mãe e precisam descobrir o seu verdadeiro ser independentemente destes relacionamentos. Como resultado, as últimas décadas viram uma grande migração de mulheres para o mercado de trabalho, quando a realização pessoal se torna mais importante do que o casamento e a família para algumas mulheres. O agudo crescimento do aborto pode ser visto como um forte indicador de uma diminuição do interesse em ter filhos. De maneira similar, o crescente uso de creches reflete, em parte, um menor comprometimento em ser quem cuida dos próprios filhos. O Dr. Stanley Greenspan [...] observa que esta é a primeira vez na história em que existe uma tendência crescente nas famílias de classe média ‘de terceirizar o cuidado dos seus bebês’” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.77).




Fonte:
Lições Bíblicas CPAD - 2ºtrim.2016 Eu e minha casa - Orientações da Palavra de Deus para a Família do Século XXI - Comentarista Reynaldo Odilo
Livro de Apoio - Eu e minha casa - Orientações da Palavra de Deus para a Família do Século XXI - Comentarista Reynaldo Odilo
Deis, Stephen - Seja o Lider que sua Família precisa - CPAD
JAYNES, Sharon. Grandes Mães criam filhos felizes. 1ª.Ed.RJ.CPAD,2013
RAMOS, Sônia Pires. Entre nós Mulheres. 1ª Ed.CPAD,2012
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé.
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