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sexta-feira, 21 de março de 2014

A Guerra do Yom Kippur


Guerra do Yom Kippur  também conhecida como Guerra Árabe-Israelense de 1973Guerra de OutubroGuerra do Ramadão (Ramadã, na forma brasileira) ou ainda Quarta guerra Árabe-Israelense, foi um conflito militar ocorrido de 6 de Outubro a 26 de Outubro de 1973, entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel.

O motivo principal da Guerra do Yom Kippur foi a anexação de territórios sírios e egípcios por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em julho de 1967. Esses territórios eram a Península do Sinai, uma parte do Canal de Suez, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã.

Quando a Guerra de Seis dias, que aconteceu com os países do Oriente Médio, chegou ao fim, o governo de Israel teve uma nova preocupação pela frente: Proteger as terras que haviam conquistado durante o conflito, e principalmente, manter o controle conquistado sob o canal de Suez.  Para manter esse controle eles construíram a Linha Bar-Lev, que era uma linha de fortificações ligadas por estradas. Porém, enquanto Israel se sentia vitorioso pelas conquistas da guerra, as nações árabes, que haviam sido derrotadas nesse conflito, possuíam um sentimento de inferioridade e desrespeito, e assim começaram a organizar uma resposta contra o governo israelense. O presidente Gamal Abdel Nasser, do Egito, havia falecido em Setembro, no ano de 1970, e coube a seu sucessor Anuar Sadat, conhecido por exercer uma política mais pragmática, tentar recuperar aqueles territórios perdidos na guerra anterior.

O plano do Egito para o ataque de surpresa a Israel, em conjunto com a Síria recebeu o nome de código Operação Badr (palavra árabe que significa "lua cheia"), sugerindo usar a maré (fenômeno da atração gravitacional exercido entre a lua e a terra) para transpor os obstáculos bélicos instalados por israelenses ao longo do canal de Suez.

O Dia do Perdão – Yom Kippur

O Yom Kippur é um grande feriado judaico que também é conhecido como “dia do perdão”.

No dia 6 de outubro de 1973 a maioria da população estava cuidando dos preparativos da festividade, e por uma infeliz coincidência, ou por uma elaborada estratégia, o Egito e a Síria iniciaram um ataque militar surpresa, atingindo os postos israelenses responsáveis por proteger a região de Suez. Foram centenas de granadas lançadas sobre os postos em questão de minutos. Um dia que deveria ser de comemoração viera a se tornar de guerra, o “dia do perdão” de Israel se tornou o “dia da vingança” para os árabes.

O ataque decorreu em duas frentes, a península de Sinai e os Montes Golan.

Os Árabes iniciaram a guerra com uma grande vantagem, afinal, haviam pegado os israelenses de forma inesperada. Utilizando de potentes mangueiras e pontes de assalto, eles conseguiram atravessar o Canal de Suez de maneira mais fácil, o que permitiu a invasão do canal com um número insignificante de baixas entre seus oficiais. Simultaneamente com essa ofensiva, os sírios se organizavam para invadir o território judeu por meio das Colinas de Golã, eles queriam atacar de todas as formas, por todos os lados, de maneira rápida para que o adversário não tivesse tempo de ter uma reação.

O exército do Egito chegou a adentrar 15 quilômetros em território controlado por Israel, na Península do Sinai. Os israelenses sofreram importantes baixas nos confrontos que ocorreram ao longo do Canal de Suez. Entretanto, a contraofensiva israelense deteve os egípcios e adentrou em território sírio, atingindo a capital do país, Damasco.

As forças egípcias atravessaram o canal do Suez destruindo as fortificações israelitas recuperando assim a península de Sinai que Israel havia conquistado no conflito anterior em 1967.
Forças sírias atacaram os Montes Golan avançando 35 quilômetros até serem forçadas a recuar.
google images
Demonstrando ser superior do ponto de vista de guerrilha, Israel tomou rapidamente uma atitude contra as ações dos países em questão e abafou os dois lados da invasão orquestrada pelos sírios e egípcios. Mesmo pego de surpresa, e estando sozinho contra os dois países, isso não foi suficiente para que Israel saísse derrotada, e a ofensiva fez com que outra vez os árabes saíssem derrotados de mais uma guerra. Com esse acontecimento, a Guerra do Yom Kippur serviu apenas para aumentar ainda mais o ódio existente entre os países árabes e o povo judaico no Oriente Médio.

A guerra teve implicações profundas para muitas nações. O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final. Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a política de infitah do Egito. 

Infitah foi um programa de abertura econômica implantado no Egito a partir de 1973 pelo então presidente Anwar Sadat




Os Acordos de Camp David (onde Israel devolveu o Sinai ao Egito), que vieram logo depois, levaram a relações normalizadas entre Egito e Israel - a primeira vez que um país árabe reconheceu o Estado israelense.


O Egito, que já vinha se afastando da União Soviética, então deixou a esfera de influência soviética completamente.




Os dois Acordos de Paz de Camp David, negociados na casa de campo do Presidente dos Estados Unidos em Maryland (chamada Camp David) e assinados na Casa Branca pelo Presidente Anwar Sadat, do Egito, e pelo Primeiro-Ministro Menachem Begin, de Israel, em 17 de setembro de 1978, formam um pactum de contrahendo pelo qual Egito e Israel se comprometiam a negociar em boa fé e a assinar um tratado de paz, conforme os princípios delineados nos Acordos de Paz. O Presidente Jimmy Carter, dos Estados Unidos, foi o patrocinador e anfitrião do encontro, e participou ativamente das negociações.


Sob a interferência dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU, foram feitos acordos de cessar-fogo em 1973, 1974 e 1975. 


O conflito durou 20 dias mas foi só em 26 de Março de 1979 (em Washington.DC) que foi assinado um acordo de paz e as forças israelitas se retiraram da Península de Sinai.


Uma das consequências desta guerra foi a crise do petróleo, já que os estados árabes, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) boicotaram os Estados Unidos e os países europeus que apoiavam a sobrevivência de Israel. Se a curto prazo a medida agravou a crise econômica mundial, a longo prazo a comunidade internacional aprendeu a usar fontes alternativas de energia, e inclusive algumas áreas do planeta começaram a descobrir que também possuíam petróleo, como foi o caso da região do Mar do Norte, na Europa, do Alasca, nos Estados Unidos, da Venezuela, do México, da África do Sul, da União Soviética e, também no Brasil.

Por outro lado, a guerra deu visibilidade internacional à Questão Palestina, levando ao mundo informações sobre as centenas de milhares de palestinos expulsos de suas terras. Tal situação fortaleceu ainda o papel político de Yasser Arafat e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que foi reconhecida como membro observador na ONU.


Aqui eu Aprendi!
Em 13 de Setembro de 1983 - assinado Acordo de Oslo
Os acordos de Oslo foram uma série de acordos na cidade de Oslo na Noruega entre o governo de Israel e o Presidente da OLPYasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados UnidosBill Clinton. Assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.

OSLO 2
Foi um acordo chave e complexo sobre o futuro da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Primeiramente foi assinado em Taba (na península do SinaiEgipto) por Israel e OLP em 24 de setembro de 1995 e então quatro dias mais tarde em 28 de setembro de 1995 pelo ministro principal Yitzhak Rabin de Israel e pelo presidente Yasser Arafat da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) testemunhado pelo presidente Bill Clinton dos Estados Unidos.

Fonte: historiadomundo.com.br; estudopratico.com.br; wikipedia; Brasilescola
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