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domingo, 31 de dezembro de 2017

está chegando 2018 ...Feliz Ano Novo!

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;" Efésios 1:3


Aos Amigos, Apoiadores, Intercessores, Seguidores, Irmãos em Cristo o nosso muito obrigado por mais este ANO que passamos juntos. Que Deus nosso SENHOR vos auxilie em tudo!

Que este ANO NOVO 2018 seja Repleto de Bençãos e muita SAÚDE.

Que possamos nos encontrar em mais este ano de 2018 aqui no Blog, e que cada uma das participações continuem enriquecendo cada uma das postagens aqui publicadas.

Muito Obrigado!

Deus abençoe cada Família!

FELIZ 2018!

... Não desista dos seus sonhos!

Cantemos com Alegria o Hino 175 da Harpa Cristã

Irmãos amados - E resgatados,
Segui avante - E triunfantes,
Combateremos - E venceremos,
No nome santo de Jesus!

No nome santo - alegre canto:
Eu fui lavado - Santificado;
Vivi perdido - Mas sou remido.
No nome santo de Jesus!

Irmãos amados - Santificados,
Vivei unidos - Pois sois remidos,
Não mais temendo - O bem fazendo,
No nome santo de Jesus!

Irmãos amados - Purificados,
Sede valentes - E mui prudentes,
Estais lavados - E libertados,
No nome santo de Jesus!

"E cantavam juntos por grupo, louvando e rendendo graças ao Senhor, dizendo: porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao Senhor, pela fundação da casa do Senhor." Esdras 3:11


do amigo em Cristo
Pastor Ismael
adm.Blog
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sábado, 30 de dezembro de 2017

Vivendo com a mente de Cristo

“Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” 1Co 2.16


Vivendo com a Mente de Cristo

A fim de vivermos sabiamente neste mundo é preciso compreender algumas verdades bíblicas fundamentais: (1) Como discípulos de Cristo, somos peregrinos nesta Terra (Tg 4.14); (2) conscientes de nossa provisoriedade terrena, precisamos ter a mente de Cristo (1Co 2.16). Essas duas verdades bíblicas nos farão compreender melhor o mundo onde que vivemos.

A marca do mundo hodierno é a prática de uma vida sem moderação, bom senso equilíbrio e ordem. No contexto desse mundo que os discípulos de Cristo são chamados por Deus para “salgar” e “iluminar” a Terra (Mt 5.13,14) —, apresentando as virtudes do Reino de Deus em cada relacionamento que estabelecemos na sociedade.

Saber quem somos e discernir que tipo de mundo está diante de nós, só é um exercício possível tendo a mente de Cristo, isto é, uma vida norteada pelos valores que o nosso Senhor ensinou nos Evangelhos. Quando temos a mente de Cristo, mesmo diante da provisoriedade da vida, da decadência do mundo e das crises humanas, mantemos a esperança, pois focados em Cristo, podemos ter um olhar muito além das circunstâncias (Hb 11.1) Revista Ensinador Cristão nº72

Diante de um mundo marcado pelos dias maus, não podemos viver sem ter a mente de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 2.12-16

Prezado(a) professor(a), chegamos ao final da nossa série de estudos a respeito da salvação. Com certeza, a sua fé e a de seus alunos foram fortalecidas mediante o estudo de cada lição. Aprendemos a respeito da maior e melhor dádiva divina que alguém pode receber: a salvação pela fé em Jesus Cristo. Não somos merecedores de tão grande dom, mas Ele, pela sua graça, nos salvou e fez de nós novas criaturas. Que venhamos louvar a Deus pela nossa salvação e partilhar deste presente com aqueles que ainda não receberam a Cristo como Salvador.

INTRODUÇÃO

A doutrina da glorificação dos salvos, estudada na lição anterior, traz esperança à nossa vida. Ela nos lembra que somos peregrinos e forasteiros neste mundo e, por isso, devemos sempre ter a consciência da fugacidade da vida. A melhor maneira de viver com essa consciência é ter a mente de Cristo.

I. PEREGRINOS NESTA TERRA

1. Peregrinos na terra.
O peregrino está de passagem por uma terra que não lhe pertence, ele caminha em direção a um país cujo coração almeja. Para isso, o peregrino se torna nômade, não se apega ao local de estadia porque sabe que ele é provisório. Por onde caminha não experimenta conforto, pois carrega o mínimo de bagagem possível a fim de tornar o trajeto mais leve.

O patriarca Abraão é o modelo bíblico dessa imagem peregrina. O nosso pai da fé saiu da sua terra, deixou sua parentela, foi ao encontro da Terra Prometida e fez da peregrinação um estilo de vida (Hb 11.9). Da mesma forma, nós os cristãos somos peregrinos neste mundo. Por isso, não podemos nos embaraçar com as coisas desta vida nem permitir que ocupem o lugar que pertence ao Senhor em nosso coração (1Tm 2.4). Isso não significa irresponsabilidades com o trabalho, os estudos e a família, mas uma motivação correta do coração para priorizar “as coisas que são de cima” (Cl 3.1).

2. Cidadãos celestiais.
A Bíblia se refere ao fato de que os crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua pátria celestial (Fp 3.20). Dessa forma, não podemos nos conformar com este mundo, pois o nosso estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos: uma vida marcada pela prática da justiça, do acolhimento aos sofredores, da libertação dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática de amar o próximo, uma virtude eterna (1Co 13.13). Nesse sentido, podemos viver um pouco do Reino de Deus nesta Terra (Mt 6.33), embora haja uma tensão entre o tempo presente e a esperança da glória futura a ser manifestada brevemente (Rm 8.18,19,25).

Estamos neste mundo de passagem, o nosso destino é o céu.

SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
Parepidemos, adjetivo que significa ‘peregrinar num lugar estranho, longe do próprio povo’ (formado de para, ‘de’, expressando uma condição contrária, e epidemeõ, ‘peregrinar’; cognato de demos, ‘povo’), é usado acerca dos santos do Antigo Testamento (Hb 11.13, ‘peregrinos’, tanto com o termo xenos, ‘estrangeiro’); dos cristãos (1Pe 1.1, ‘estrangeiros [dispersos]’; 1Pe 2.11, ‘peregrinos’, junto com o termo paroikos, ‘estrangeiro, forasteiro, hóspede’); a palavra é usada metaforicamente acerca daqueles a quem o céu é a sua pátria, e que são peregrinos na terra” (Dicionário Vine. 14ª Edição. RJ: CPAD, 2011, p.869).



II. VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO

1. Passando pelas provações com a mente de Cristo.
Enquanto vivermos neste mundo, seremos afetados pelas fraquezas e circunstâncias difíceis. Por isso devemos aprender a viver com a sabedoria do alto (Tg 3.17; Fp 4.8). Nesse aspecto, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos a ter o mesmo sentimento de humildade de Cristo, esvaziando-se da prepotência, do orgulho, do apego aos títulos e posições, para cumprir o celestial propósito de servir (Fp 2.5-8). Ora, se temos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo dos gentios, logo, sabemos discernir bem as coisas espirituais das materiais; por isso, escolhemos priorizar o Reino de Deus e a sua justiça na esperança de que Deus cuidará de nossas vidas (Mt 6.33).

2. Um olhar para além das circunstâncias.
Neste tempo presente, com os olhos focados em Cristo, podemos viver em esperança (Hb 11.1). Quando o nosso pensamento está de acordo com os ensinos do nosso mestre, podemos voltar os nossos olhos para além das circunstâncias difíceis. Isso não significa escapismo ou fantasia, mas uma alegre motivação e encorajamento para enfrentarmos as batalhas com a convicção de que Deus nos fortalecerá. Quando temos esperança em Cristo, e por intermédio dEle aprendemos a viver melhor, buscamos uma vida mais simples parecida com Jesus (Mt 6.19-21) e nos lançamos aos seus pés na certeza de que Ele tem cuidado de nós (1Pe 5.7). Assim, a vida fica mais leve (Mt 11.28-30).

Para manter a nossa esperança viva precisamos ter a mente de Cristo.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Como ovelhas para o matadouro (Rm 8.36)
As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 35,36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1714).

CONCLUSÃO

Somos peregrinos em terra estranha. Sentimos saudades de uma terra que ainda não conhecemos, como canta o poeta: “Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó Sião” (Harpa Cristã, nº 2). Portanto, vivamos sabiamente com a mente de Cristo até o nosso Salvador voltar para nos buscar. Maranata!

Fonte:
Lições Bíblicas Adultos 4º trimestre/17 - A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida – Comentarista: Claiton Ivan Pommerening


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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Suicídio e Pastorado - Atenção 'sinal amarelo'

A situação exige um maior acompanhamento e atenção no que se refere ao 'dia a dia' da vida de um líder espiritual.


Sinal Amarelo! ...e os acontecimentos continuam a nos causar um choque. 

Certeza é que há diversos casos não divulgados, relatos que não são comentados e muitos nem conhecidos, mas a situação é de extrema relevância e necessita de muita atenção. Já é o quarto caso entre líderes religiosos este mês... “Atenção Igreja!!”

Pastora Lucimari Alves Barro
Mais um caso de suicídio entre líderes religiosos que abala o meio evangélico no Brasil. Desta vez, trata-se da pastora Lucimari Alves Barro, da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Criciúma, Santa Catarina.

A pastora foi encontrada sem vida pendurada por uma corda nesta quarta-feira (27), e o seu enterro aconteceu nesta quinta-feira (28), no Cemitério Municipal de Morro da Fumaça em Criciúma.



Este é o quarto caso de suicídio entre religiosos neste mês de dezembro.
 
pastor Ricardo Moisés, da Igreja Assembleia de Deus e o
pastor Júlio César Silva, ex-presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Araruama (RJ).
Um dos casos aconteceu em Cornélio Procópio (PR). O pastor Ricardo Moisés, da Igreja Assembleia de Deus, se enforcou em sua casa que fica nos fundos da igreja.  Ele tinha 28 anos de idade.

No último dia 12, o pastor Júlio César Silva, ex-presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Araruama (RJ) tirou a própria vida por enforcamento. O corpo do pastor foi encontrado na varanda de sua casa, localizada em um condomínio na região nobre do Estado do Rio de Janeiro.

Presbítero João Luiz Tavares
foto divulgação internet
O terceiro suicídio entre líderes religiosos, aconteceu no último domingo (17) o presbítero João Luiz Tavares, da Igreja Assembleia de Deus em Iguaba Grande, na Região dos Lagos (RJ), foi encontrado morto, pendurado em uma árvore do quintal de sua casa.

O corpo do presbítero foi velado na capela de Iguaba Grande, e o sepultamento ocorreu na segunda (18).

Depressão de pastores é preocupante

Ainda que o motivo dessas mortes não tenha sido revelado por suas famílias, os números cada vez maiores de pastores que cometem suicídio têm preocupado instituições em todo o mundo.

O Instituto Schaeffer, dos Estados Unidos, chegou a pesquisar sobre a saúde mental de líderes religiosos e revelou que 70% dos pastores lutam constantemente com a depressão, e 71% estão “esgotados” física e mentalmente.

Ainda de acordo com esta pesquisa, 80% dos pastores acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo.

Não se pode falar em uma causa, mas múltiplas causas para que alguém deseje não mais viver, e não necessariamente, morrer.

Segue matéria postada por Roseli Kühnrich
'Os casos antes mais esporádicos ou não noticiados, agora são frequentemente colocados na mídia e tem abalado a Igreja no Brasil, gerando desde sinceras manifestações de pesar até falas desrespeitosas e insensíveis.

O suicídio está entre as três maiores causa de morte entre pessoas com idade entre 15-35 anos. [1]

Segundo o historiador israelense Yuval Noah Harari, se antes a humanidade sofria baixas consideráveis que dizimavam a população, a vida moderna consegue dar lugar a obesidade e diabetes, que tem matado mais que as pestes, fome e guerras de antigamente. Nunca se produziram tantos programas de culinária, que são assistidos por milhares de pessoas.

O instinto do prazer é exercido em todas as formas de consumo, e vive-se cada vez mais de forma utilitária e narcisista.

Lembro de uma vez quando estava ministrando palestras sobre o Cuidado aos Cuidadores e o Cuidado de Si numa grande denominação evangélica. Perguntei para quem os pastores ali presentes poderiam ligar tarde da noite, se estivessem precisando de ajuda. O pastor presidente depois me confidenciou: “acho que eu não tenho realmente para quem ligar”.

Um homem invejado por sua posição, poder e bens materiais mas que não tem amigos que se importam e apenas esperam seu resvalo, uma pena!

A Bíblia relata casos de suicídio, sem julgar os envolvidos. Saul, Aitofel (conselheiro de Davi) e Judas são exemplos, além de Sansão, que curiosamente, aparece como um dos heróis da fé (Hebreus 11:32).

Não se pode falar em uma causa, mas múltiplas causas para que alguém deseje não mais viver, e não necessariamente morrer.

Dentre algumas causas possíveis estão o adoecimento psíquico. O suicídio pode se mostrar desde a exposição a situações de perigo deliberadas até como adições. Pastores e pastoras viciados em drogas, álcool, jogos, pornografia ou ativismo religioso, entre outras coisas, mostram o adoecimento e fuga da realidade. Longe de execrar, é necessário cuidar.
A depressão, mais do que palavra da moda, é um adoecimento que rouba as energias, podendo variar da melancolia e da distimia, aos casos onde é preciso intervenção, medicação e ou internação psiquiátrica[2]. Sabemos, contudo, que nem toda depressão leva ao suicídio, felizmente, e há muitos recursos e tratamentos disponíveis.

O esgotamento ou exaustão (burnout) [3] é mais uma das causas de desistência da vida, e aparece mais nas profissões de Relação de Ajuda. Dados oficiais dos EUA,[4] onde foram feitas pesquisas, dão conta que o pastorado está numa faixa das profissões mais perigosas. Paul Tripp, pastor e professor de Aconselhamento escreveu seu livro “Vocações Perigosas” e tem trabalhado com pastores ao redor do mundo, numa perspectiva mais teológica.

No Brasil temos algumas pesquisas mais especificas (Lotufo, [5] Becker,[6] Kühnrich de Oliveira, [7] entre outros), que aliam além de aspectos espirituais as causas sociais, culturais, físicas e emocionais.

Além das questões mais pessoais, ligadas ao emocional, físico, ou espiritual do pastor ou pastora, estão as causas sociais, econômicas, culturais e eclesiais que geram sofrimento e desistência. Peter Scazzero em seus livros tem mostrado bastante desta realidade, que se esconde sob o iceberg cruel que transformou igrejas em empreendimentos de poderio econômico e status social. Não é de admirar portanto, que muitos adoeçam física, emocional e espiritualmente.

Quando a vida é um peso imenso, a opção de deixar de sofrer acena como uma sedutora possibilidade de escape.

Intrigas eclesiais somadas a uma forte idealização da vida pastoral e conflitos (conjugais, familiares, relacionais) acabam gerando questionamentos existenciais, filosóficos e espirituais que se não compartilhados e acolhidos, podem armar “arapucas mentais” que reduzem as possibilidades de olhar além.

A agonia parece superar em muito qualquer possibilidade de vida. Importante conversar sobre o tédio, a náusea e o vazio que os cercam muitos que estão passando por este tipo de provação.

Muitas denominações já estáo trabalhando ou implantando mentorias ou esquemas de suporte, visando trabalhar estas questões.

Muitas vezes intercedi em oração por pastores e pastoras, para que tivessem forças para encontrar uma razão para viver. Se tiver amigos e amigas nestas condições, ore, converse. Importe-se. São nossos irmãos e irmãs.

[1] PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: UM MANUAL PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL Por: Organização  Mundial da Saúde, Genebra, 2000
[2] O Dr. Francisco Lotufo Neto, em sua tese de doutorado “Psiquiatria e religião: a prevalência de transtornos mentais entre ministros religiosos”, observou que a depressão é o transtorno mental mais freqüentemente diagnosticado entre ministros (pastores) religiosos. Sinopse da pesquisa disponível AQUI 
[3] Oliveira, Roseli M. Kühnrich de. Cuidando de quem Cuida, um olhar de cuidados aos que ministram a Palavra de Deus. Grafar, 2014, 4a. Edição.
[4] Segundo o relatório da Clergy Health Initiative (CHI), os pastores com depressão chegaram a 8,7%, e os casos de ansiedade a 11,1%. A média das demais profissões para ambos os casos (nos Estados Unidos) é de 5,5%.
[5]  LOTUFO NETO, F. Psiquiatria e religião. A prevalência de transtornos mentais entre ministros protestantes.  Tese. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1977.
[6] Maria Candida Becker, Aconselhamento pastoral na depressão : uma analise psico-teologica do aconselhamento pastoral diante da depressão.
[7] Oliveira, Roseli M. Kühnrich de. Cuidando de quem Cuida, um olhar de cuidados aos que ministram a Palavra de Deus. Grafar, 2014, 4a. edição.

Fonte:
GOSPELPRIME - https://artigos.gospelprime.com.br/suicidio-e-pastorado-dores-e-sofrimentos-a-beira-do-precipicio/ 
- https://noticias.gospelprime.com.br/por-que-os-pastores-estao-cometendo-suicidio/ 
Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A importância do ensino cristão no mundo atual

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mt 28.19

“Pesquisas como estas nos dão a falsa impressão de que a universidade não é lugar para aqueles que professam a fé cristã. A priori, os números indicam que ao ingressar na universidade o jovem cristão fatalmente será levado a esmorecer na fé e a abandonar a igreja e as suas doutrinas primordiais. E se tais conclusões estiverem realmente corretas, não há motivos para defender e muito menos incentivar a ida dos cristãos para um lugar que os fará, mais cedo ou mais tarde, desacreditar na veracidade das Escrituras e nas doutrinas do Cristianismo. Para alguns, isso seria o mesmo que mandá-los para o campo de batalha, tendo a morte espiritual como consequência inescapável. Diante desse panorama, muitos líderes cristãos não encaram a instituição universitária com bons olhos. Além do ambiente intelectual hostil, a possibilidade do desvirtuamento moral é outro argumento invocado para apontar o risco de o cristão frequentar um curso superior. Outros, ainda, recorrem a passagens bíblicas analisadas fora do seu contexto para suscitar uma espécie de anti-intelectualismo evangélico, afastando os seguidores de Cristo da ciência, da filosofia e do conhecimento secular” (NASCIMENTO, Valmir. O Cristão e a Universidade. 1ª Edição. RJ, CPAD).

O ensino bíblico cristocêntrico nos ajuda a viver como “sal” e “luz” no mundo.

Caro(a) professor(a), chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as aulas tenham sido valiosas para o crescimento intelectual e espiritual seu e de seus alunos. Nesta derradeira aula, falaremos a respeito da importância do ensino cristão no mundo atual. Veremos que somente por meio do conhecimento da Palavra de Deus temos condições de sermos “sal e luz” em meio a uma sociedade em ruínas.

Nesta lição, reflita com seus alunos a respeito dos principais pontos que foram estudados no decorrer do trimestre. Ao final, ore com eles, pedindo que o Consolador os inspire e os dirija para que sejam sal e luz diante dos homens!

TEXTO BÍBLICO - Deuteronômio 6.6-9

INTRODUÇÃO

Com a graça de Deus, chegamos à última lição do trimestre. Esperamos que as lições bíblicas estudadas no decorrer deste período tenham sido de grande proveito para a sua vida, e que os temas e as reflexões em sala de aula tenham despertado em você o desejo ardente de dar mostras da relevância cristã em um mundo caído.

I. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NAS ESCRITURAS

1. Israel e o ensino hereditário e permanente (Lv 10.11).
No Antigo Testamento, toda tradição e história de Israel era pautada pela necessidade do ensino da Lei de Deus para as gerações seguintes (Dt 6.6-9). Como o plano de Deus para Israel envolvia as gerações futuras (Gn 12.2), era imprescindível que os pais transmitissem aos seus filhos a Lei do Senhor de forma efetiva (Pv 22.6).

2. Educação contracultural.
O ensino, por isso, tinha prioridade entre os judeus. Não é sem razão que a palavra hebraica Torah, que se refere aos primeiros cinco livros da Bíblia, significa instrução, doutrina ou lei. O objetivo da educação judaica, diz César Moisés, “era preservar o povo de Deus das más influências dos povos idólatras e corrompidos que havia ao redor da Terra Prometida, em outros termos era uma contracultura” (Uma Pedagogia para a Educação Cristã, CPAD). Em outras palavras, os descendentes de Abraão eram educados para servir ao Senhor e ao mesmo tempo refutar a influência dos falsos ensinamentos externos.

3. Destruído por falta de conhecimento (Jr 32.33; 2Cr 15.3).
Obviamente, sempre que o povo israelita abandonava o ensino e a prática da lei, toda a nação era afetada. Eis o motivo pelo qual Deus declarou por intermédio do profeta Oseias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 4.6).

II. O CRISTÃO, A ESCOLA E A UNIVERSIDADE

1. Intelecto a serviço do Reino.
A Bíblia não aprova o anti-intelectualismo e a aversão ao estudo sistematizado. Embora desabone o orgulho de filósofos humanistas (1Co 1.20; 2.5,6), a Palavra de Deus aprecia o conhecimento, pois as Escrituras partem do pressuposto de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), e por isso é um ser inteligente, comunicativo, com capacidade de aprender e ensinar. Jesus foi enfático ao dizer que precisamos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento (Mt 22.37).

Logo, valorizar a vida da mente é algo tão espiritual quanto pregar, ensinar ou louvar. É uma atividade que deve ser feita em sintonia com a Palavra e para a glorificação do nome do Senhor. A Bíblia possui várias passagens exaltando o conhecimento e a sabedoria (Pv 18.15; 2Pe 3.18) e alerta para os perigos da sua falta (Os 4.6).

2. A necessidade de preparo bíblico e apologético.
Ainda que nas escolas e universidades contemporâneas exista muito ensino hostil ao cristianismo bíblico, o cristão deve primar por sua formação cultural e profissional. Afinal, as instituições de ensino, em si, não desviam o crente. Se o cristão tiver o necessário preparo bíblico e apologético, não há razão alguma para temer o ingresso no ambiente educacional. Certamente, tal preparo envolve uma educação cristã abrangente, capaz de habilitar o crente a defender de forma consistente suas convicções no ambiente escolar, de modo a refutar as ideias e opiniões que se levantam contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo (2Co 10.5).

Pense!
“Valorizar a vida da mente é algo tão espiritual quanto pregar, ensinar ou louvar. É uma atividade que deve ser feita em sintonia com a Palavra e para a glorificação do nome do Senhor”.

Ponto Importante
Se o cristão tiver o necessário preparo bíblico e apologético, não há razão alguma para temer o ingresso no ambiente educacional.

CONCLUSÃO

Para vivermos neste mundo caído de forma que agrade a Deus não podemos negligenciar o ensino e o conhecimento das verdades bíblicas, pois somente assim vamos confrontar o pecado e testemunhar o amor de Deus até a volta a vinda de Jesus.

Fonte: Lições Bíblicas CPAD - Jovens - 4º Trimestre de 2017
Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas - Comentarista: Valmir Nascimento

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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Não desista dos seus sonhos


Edmund Hillary foi um grande esportista da Nova Zelândia. Ele tinha um sonho ousado: escalar a montanha mais alta da terra, o monte Everest, com mais de 8.800 metros. Preparou-se, treinou e partiu para a sua inusitada empreitada em 1952. Contudo, não logrou êxito em sua tentativa. Seu sonho não se realizou. Tempos depois, foi convidado para fazer uma palestra para um grupo de pessoas na Inglaterra. Chegando ao grande auditório, percebeu que propositadamente, haviam colocado uma grande gravura do monte Everest na parede. Ao ver a imponência majestosa do quadro, abaixou a cabeça e dirigiu-se silencioso para a plataforma. Ao levantar-se para proferir o seu discurso, Hillary deixou por um momento os seletos ouvintes, dirigiu-se ao painel, olhou firmemente para a gravura do Monte Everest e disse: "Everest, tu me derrotaste da primeira vez, mas tu já cresceste tudo quanto podias crescer. Eu ainda estou crescendo. Da próxima vez, eu te vencerei." Em 29 de maio de 1953, às 11h, apenas um ano depois, Edmund Hillary era o primeiro homem da história a chegar ao topo do Monte Everest. Em função disso, ele recebeu a mais alta condecoração oferecida pela Rainha da Inglaterra. Ele não desistiu do seu sonho. Ele não sepultou o seu sonho na cova da impossibilidade. Ele não lavrou um epitáfio para o seu sonho, quando enfrentou o primeiro fracasso, dizendo: "Aqui jaz o meu sonho".

Você também tem sonhos. Muitos sonhos alimentaram o seu coração e o mantiveram vivo em tempos de crise. Talvez alguns dos seus sonhos se tenham perdido ao longo do caminho. Talvez, outros sonhos se tenham transformado em pesadelos. Ou, quem sabe, você já sepultou na cova do esquecimento alguns dos seus melhores sonhos. Até mesmo já desistiu de alguns que durante muitos anos o mantiveram cheio de esperança. Quero desafiar você a resgatar aqueles sonhos que já estão no arquivo morto da sua história. Encorajo você a abrir os arquivos da sua memória e trazer à lume sonhos há muito esquecidos. Creio que muitos deles poderão ressurgir das cinzas. Creio que o Deus dos impossíveis pode ressuscitar seus sonhos. Ele chama à existência as coisas que não existem. Para ele não há coisa demasiadamente difícil. Tudo é possível ao que crê. Não se conforme com a decretação do fracasso em sua vida. Você foi predestinado para ser um vencedor. Não desanime, espere em Deus, ainda que contra todas as expectativas. O SENHOR pode realizar um MILAGRE em sua vida. ELE não abdicou do seu poder. ELE está assentado na sala de comando do universo, dirigindo a história. ELE conhece a sua vida e pode mudar hoje a sua sorte. NÃO DESISTA DE SONHAR!

(parte integrante Livro Não desista dos seus sonhos - Hernandes Dias Lopes)



Obrigado a todos os Amigos(as) que, dia a dia, participam e nos ajudam em Orações para a continuação deste sonho.


Que DEUS nosso SENHOR lhe abençoe e que a Verdade (Jesus, O Filho de Deus) esteja presente em cada instante deste novo ano que se aproxima...



FELIZ 2018!


abraço fraterno

Pastor Ismael
adm.Blog "Aqui eu Aprendi!"
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sábado, 23 de dezembro de 2017

Glorificados em Cristo

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” Fp 3.20

Glorificados em Cristo

Uma das características da soteriologia pentecostal é a devoção à espera do porvir. Por causa dessa devoção, os pentecostais são acusados injustamente de escapistas, pessoas despreocupadas com as grandes questões do nosso tempo e não engajadas em determinadas agendas políticas. É verdade que os pentecostais, somos “pessimistas” em relação à natureza humana e à sua capacidade de fazer o caminho ético necessário à vida. Esse pessimismo, em parte, reluz mediante a doutrina do pecado original, bem como a certeza escatológica de que só quando Cristo Jesus retornar gloriosamente é que o mundo experimentará uma paz perfeita — Apocalipse 21.4. Para nós, a salvação em Cristo será plenamente realizada quando estivermos para sempre com Cristo — Filipenses 3.20,21. Ora, como diz a Palavra 1 Coríntios 15.19. Para nós, os pentecostais, essa espera é inegociável; tal esperança move a nossa fé. Revista Ensinador Cristão nº 72

A plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

Texto bíblico - 1 Coríntios 15.13-23

A glorificação dos salvos é o clímax e o ato final do processo de salvação. Além de ser o evento mais sublime para os salvos, é também o lugar em que a doutrina da salvação e a escatologia encontrar-se-ão. Trata-se de um evento tão glorioso que afetará a própria criação, que será renovada e redimensionada (Ap 21.5) para receber a Jerusalém Celestial, a futura habitação dos salvos remidos. Isso acontecerá na segunda vinda de Cristo, e salvos experimentarão a transformação completa da corruptibilidade humana e serão revestidos da glória de Deus.

PEREGRINOS NA TERRA

O anseio verdadeiro de todo crente é poder chegar ao seu destino final, que é o céu. Esse anseio é totalmente possível através da plenitude da salvação que se dará nesse momento quando a essência do ser humano atingirá seu clímax de potencialidades positivas e santas e quando cessarão as coisas próprias da humanidade decaída. Todavia, enquanto espera esse dia glorioso, o crente é conduzido a peregrinar (Sl 119.19; Hb 11.13) na terra da mesma forma como tantos heróis da fé já o fizeram, como escreve o autor aos Hebreus: “Todos estes [Abraão, Sara, Isaque, Jacó, Moisés, etc.] morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria” (Hb 11.13.14).

O peregrinar é cheio de vida e alegrias no Senhor, mas também é permeado por circunstâncias difíceis, as quais nos desafiam a respostas, soluções, resignações, processos de cura, resiliência e fé. É o olhar fito no além que dá as condições necessárias para suportar as dificuldades, assim como fez Abraão, que, “pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hb 11.9). O crente Abraão é o modelo bíblico ideal dessa realidade, pois fez da peregrinação o seu estilo de vida (Hb 11.9). Da mesma forma, nós, cristãos, somos peregrinos aqui e precisamos adquirir esse estilo de vida. Por esse motivo, não podemos ficar embaraçados com as coisas do mundo, nem permitir que elas ocupem o lugar que pertence ao Senhor em nossos corações (Mt 6.21). Isso não significa relaxamento quanto ao trabalho, estudos e família, mas, sim, um direcionamento correto do coração, buscando, em primeiro lugar, as coisas que são de cima (Cl 3.1).

A Bíblia refere-se ao fato de que os crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua pátria celestial, como disse Paulo: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Dessa forma, nossos valores não podem conformar-se com este mundo, e nosso estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus presente nos evangelhos, marcado pela prática da justiça, do acolhimento aos que sofrem, de libertação dos oprimidos do Diabo e, especialmente, em praticar em todos os atos o amor de Deus, que será uma das poucas coisas da terra presentes no céu (1 Co 13.13). Assim, antecipa-se o Reino de Deus na terra na tensão entre o que vivemos agora e o que há de vir (Mt 6.33), pois sabemos que tudo aqui na terra é transitório e passageiro.

A certeza da transitoriedade de todas as coisas é o que alimenta a fé cristã. Todas as igrejas que são vivas em sua liturgia e aplicam o evangelho ao seu cotidiano, como no caso dos pentecostais, são as que mais intensamente aguardam o desenrolar escatológico, exatamente como escreve Moltmann:

O cristianismo é total e visceralmente escatologia, e não só como apêndice; ele é perspectiva e tendência para frente, e, por isso mesmo, renovação, e transformação do presente. O escatológico não é algo que se adiciona ao cristianismo, mas é simplesmente o meio em que se move a fé cristã, aquilo que dá o tom a tudo o que há nele.

O peregrino é aquele que está de passagem por uma terra que não lhe pertence. Ele caminha em direção a um país que seu coração almeja e, então, sacrifica-se para isso, não tendo lugar permanente por onde caminha, não experimentando conforto e ainda carregando o mínimo de bagagem para tornar o trajeto mais fácil. “Amados, peço-vos [exorto-vos], como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, que combatem contra a alma” (1 Pe 2.11).

Paulo exorta-nos a termos o mesmo sentimento que houve em Cristo, o de esvaziar-se (Fp 2.5) para poder cumprir o propósito de Deus, que é servir. Isso significa que devemos abandonar toda prepotência, orgulho e apego a títulos, cargos e posições para servir às pessoas necessitadas à nossa volta em obediência completa a Jesus (Jo 13.1ss; Fp 2.7-8); o que passar disso assume a prepotência de querer ser igual a Deus (Fp 2.6).

Aqui, somos constantemente levados à ganância, ao consumismo, ao poder e às riquezas, as quais estão traindo a esperança futura de muitos crentes na vinda de Cristo e também nas bem-aventuranças eternas, fazendo com que queiram desfrutar (embora seja lícito dentro de limites) inadvertida e completamente focados nas coisas da terra, esquecendo-se das celestiais, que, de fato, tem valor eterno. Jesus disse para buscarmos “primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas [nos] serão acrescentadas” (ver Mt 6.33).

Essa mudança de foco por parte daqueles que deveriam estar esperando e ansiando pelo Reino vindouro torna-se num secularismo religioso,184 o qual afasta as esperanças do Reino, fazendo-os focar em ídolos criados pelos homens. Nesse sentido, os ídolos podem ser qualquer coisa que tome o lugar do Senhor como prioridade última na vida. O ídolo sempre é opaco, ou seja, ele ofusca aquilo que se quer buscar, passando a apontar para si mesmo. O ídolo serve como um substituto muito fútil para Deus. A religiosidade e as denominações religiosas podem, inclusive, tornar-se um ídolo quando passam a manipular o povo para obter vantagens próprias e adquirir poder (não do Espírito Santo, mas de forças humanas), ou, quando elas tornam-se um fim em si mesmas.185

Algumas religiões atuais que crescem vertiginosamente — em especial as neopentecostais — secularizaram Deus a um mero atendedor de desejos humanos e instrumentalizaram-no para fins de interesses duvidosos, extirpando qualquer possibilidade de esperança futura, pois a religião nem sempre está em busca de Deus e nem sempre cumpre seu propósito de religare186 com Deus. Isso faz com que um falso reino de Deus seja implantado aqui e agora. O deus-ídolo que a religião criou para atender esses desejos humanos, alguns até legítimos, porém obtusos, não coincide com o Deus bíblico187 e escatológico.

Há, portanto, uma imensa crise de esperança futura do Reino de Deus, fazendo muitos acharem que esse Reino não é mais necessário. O neopentecostalismo já criou seus anticristos, que proclamam que o reino já chegou materialmente. Trata-se de um reino que está esplendidamente cheio de promessas de riqueza e que já está na concretude da espoliação religiosa, da exploração de mentes e corações idólatras. Houve uma aliança perfeita entre a ganância do mundo capitalista expressa nos desejos do povo e na ganância por poder de líderes religiosos inescrupulosos que constroem grandes impérios de um reino idolátrico. Trata-se de uma sutil combinação malévola entre esses líderes e o povo idólatra num imenso e falso conto de fadas religioso, praticando-se, assim, um ateísmo prático onde se fala de Deus, mas Ele é totalmente desnecessário.

É lógico que o fenômeno de buscar refúgio188 em igrejas para obter favores de Deus (sejam eles financeiros ou de sanidade física) também reflete a falta de políticas públicas que deem conta dos milhares de pobres e desamparados que não têm acesso à medicina de forma digna e têm de submeter-se às promessas de curandeirismo evangélico. É óbvio que não somos contra a cura como um milagre legítimo através dos vários dons e ministérios conferidos por Cristo à sua igreja, mas também não podemos concordar com ilusões e curas midiáticas que apenas atraem mais povo para a igreja e, assim, extorquem-no de alguma forma.

Aqueles que professam a fé cristã não escapam ao feitiço da religião do mercado. [...] O sistema religioso, [muitas vezes o mesmo] que regula e controla o mercado exerce hoje uma influência muito significativa sobre o povo de Deus das diferentes igrejas e confissões cristãs. Isso equivale a dizer que, consciente ou inconscientemente, a espiritualidade dessa parte do povo de Deus vive em aliança com os ídolos do mercado.189

Cientes de que somos peregrinos na terra, aguardamos a pátria celestial, mantendo-nos fieis ao que a Palavra de Deus ensina para, então, ficarmos livres dessas formas de secularismo e ateísmo prático. A vida simples de Cristo, que nos serve de exemplo, tinha um único objetivo apenas: fazer a vontade do Pai (Jo 5.30). Ele fazia dessa vontade sua vida e, portanto, não tinha preocupações desnecessárias e nem as complicadas demandas que esvaziam a simplicidade cristã de desfrutar a vida de maneira despretensiosa e, ao mesmo tempo, de esperar a gloriosa morada celestial.

É preciso, entretanto, ter equilíbrio entre o que se espera no além e as demandas normais da vida. Não se pode viver apenas de forma etérea e esquecer as necessidades e obrigações que temos nesta vida — como outrora, em que até mesmo os estudos eram desmotivados —, mas também não podemos render-nos aos encantos do mundo como visto acima. Nesse sentido, Albano afirma que:

Outrora, para muitos pentecostais, a salvação era entendida como sinônimo de fuga do mundo. Assim, depreciava-se a criação e assumia-se uma postura de desconfiança frente à vida nesta terra. Essa espiritualidade podia ser resumida pela palavra não! Hoje, essa concepção vem mudando, tem havido uma espiritualidade marcada pelo sim à vida. Isso ocorre por obra do Espírito Santo, cuja atuação nas igrejas Assembleias de Deus, sobretudo, no âmbito da educação teológica tem favorecido a abertura à estética, artes e às questões públicas e políticas. Portanto, vivencia-se a salvação que conduz ao encontro do mundo, em liberdade, santidade e responsabilidade (cf. Jo 17.15-18; Rm 8).190

A postura de esperança faz-nos buscar uma vida simples como Jesus ensinou e viveu (Mt 6.19-21), confiando nos cuidados que Deus tem para com seus filhos. Somos também livres das fúteis tentações da Teologia da Prosperidade, que inverte (1 Co 15.19) a ordem certa de prioridades do Reino de Deus e faz-nos querer buscar as coisas que perecem (Mt 6.21), esquecendo-nos das que hão de vir (Ap 22.6).

A GLORIOSA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS SANTOS

Os salvos em Cristo têm uma esperança gloriosa de ressurreição para estarem para sempre com Ele (1 Ts 4.14; Is 26.19). Essa é uma das promessas futuras do crente possíveis por causa da ressurreição do próprio Jesus. Do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos. Ele “transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.21). Nosso corpo, hoje sujeito a enfermidades e fraquezas, será revestido de incorruptibilidade na ressurreição (1 Co 15.54) e nunca mais haverá fatos que levem à morte, pois a ressurreição será a vitória final sobre a morte (1 Co 15.55).

Aqueles que foram salvos pelo sacrifício de Cristo serão levados para o Reino de Deus, que será um eterno desfrutar de alegrias, delícias e bem-estar na presença de todos os salvos de todos os tempos, e o mais importante: estaremos para sempre com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, cuja presença encherá a terra com sua glória e majestade, conforme a visão de João: “E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23).

A ressurreição será o início de um estado de eterna satisfação em Deus, que suplantará incomparavelmente qualquer aflição deste tempo presente (Rm 8.18). O sofrimento será completamente extirpado como afirmou João: “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4). Diante da doce esperança do porvir, conta-se de um crente bem idoso que, na iminência de estar com o Senhor, foi perguntado se, durante a vida, ele não se sentiu tentado a deixar de servir a Deus. Ele respondeu: “Se eu quisesse, eu não poderia; se eu pudesse, eu não quereria.” Ele tinha seus olhos inteiramente voltados para Cristo.

O anseio pela vida eterna concretizada na ressurreição dos mortos esteve subjetivamente presente nos heróis da fé do Antigo Testamento, quando as escrituras afirmam que:

Todos estes morreram na fé,  sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. (Hb 11.13-16)

A ressurreição de Jesus e a futura ressurreição dos salvos fazem com que tiremos os olhos das circunstâncias muitas vezes difíceis e voltemos nossos olhos para o além. Isso não pode significar a fuga de enfrentamentos que aqui temos de passar, mas significa uma alegre esperança de que tudo passará, encorajando-nos ainda mais para enfrentarmos as batalhas e tendo certeza da presença de Deus e seu fortalecimento (Rm 8.11). “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Co 15.19).

A PLENA SALVAÇÃO NOS CÉUS

Para compreender a glorificação dos salvos ou sua plenitude nos céus, é preciso antes compreender que a salvação desfrutada aqui na terra, embora potencialmente completa, é também precária na tensão entre a salvação já operada, o “aqui agora”, e a salvação plena no futuro, o “ainda não” escatológico. Dessa forma, todos os demais aspectos da salvação já experimentados até agora alcançarão sua plenitude no “ainda não” escatológico. Então, a justificação poderá ser comprovada, pois hoje é aceita por fé; o amor de Deus será experimentado com todas as suas satisfações e gozos; a regeneração, aqui relativa, será completa; a santificação, aqui vivida limitadamente e sujeita ao pecado, será perfeita; a reconciliação com o Pai, agora sujeita aos percalços da desconfiança e da incerteza, será uma doce realidade; a adoção, aqui vivida às vezes com afastamentos do Pai, lá será desfrutada em sua paternidade infinita. Paulo e Judas afirmam também a completa inculpabilidade e irrepreensibilidade (Ef 1.4; Fp 1.9-11; 1 Co 1.8; Jd 24) na glorificação futura. Isso acontecerá porque não haverá mais tentações pelo fato de o pecado e o mal terem sido vencidos definitivamente.

O cristão experimentará a sua plenitude em termos de sua espiritualidade, moralidade, conhecimento (1 Co 13.12) e de seus sentimentos e emoções, num completo estado de satisfação individual e relacional. As intrigas, inimizades, ciúmes, invejas, toda sorte de infortúnios causados por terceiros em nós — ou que nós mesmos causamos e provocamos em nós mesmos e nos outros — e as angústias próprias da vida não estarão mais presentes, pois a perfeição do amor de Deus invadirá todas as consciências e atitudes, de tal forma que, todas as contingências, dificuldades e limitações humanas serão superadas, pois a transformação atingirá todas as dimensões humanas como escreveu Paulo em 1 Coríntios 15.52-55.

Paul Tillich (1886–1965) enumera três tipos de angústias que serão superadas totalmente na entrada no Reino eterno: do destino e da morte; da vacuidade ou insignificação, no aspecto da busca por um lugar de sentido na vida; e da culpa e condenação, que, mesmo nos salvos, pode gerar dúvidas e ansiedades.191 Todos esses processos são subjetivos e presentes em todo ser humano, sendo apaziguados, porém não totalmente superados, pela certeza da salvação e, dessa forma, substancialmente presentes e vivenciados; por isso, gememos esperando ser revestidos da habitação divina nos céus (ver 1 Co 5.2).

A salvação plena nos céus foi efetuada pela obra de Cristo na cruz e é garantida pelo Espírito Santo que nos foi dado (2 Co 5.5). Ele é a garantia dessa herança eterna e da redenção eterna nos céus (Ef 1.13-14). Lá experimentaremos a completa transformação e também a ausência de pecados cometidos por nós, bem como a completa ausência de enfermidades, moléstias, catástrofes, decepções ou qualquer tristeza humana (Ap 21.4). Ali tudo será alegria eterna, paz, fé, esperança e amor (1 Co 13.13).

Aqui nesta vida, vivemos na tensão entre as possibilidades precárias do Reino de Deus na terra e a alegre esperança da vida eterna nos céus, onde estaremos para sempre com o Senhor, desfrutando das delícias preparadas para nós (Mt 25.10), porque aquilo que de melhor ou pior existe nesta vida não é comparável ao melhor da glória reservada para nós (Rm 8.18). Isso é definido por Gottfried Brakemeier da seguinte forma:

A perfeição que vai substituir o provisório (1 Co 13.11), a vinda da nova Jerusalém (Ap 21), o banquete da alegria com o Jesus ressurreto (Mc 14.25), isso está por vir, exigindo sejam superados o pecado, o mal e a morte. Ainda assim, a novidade futura se antecipa. A evangelização aos pobres, a libertação dos cativos, a restauração da vista aos cegos (Mt 11.2), em suma, a renovação de pessoas e mundo visibiliza já agora a salvação que está por vir.192

Pelo fato de a vida ser precária e não plena, há um anseio no coração humano que deseja ardentemente estar na casa do Pai porque, nessa casa, acontece a cura das dores, há segurança e conforto e a alma encontra um lar onde pode repousar. Esse anseio está presente até mesmo no ateu que busca preencher esse lugar de forma inadequada, encontrando felicidades temporárias, como também no mais piedoso crente, pois todo ser humano almeja estar neste lugar, a casa do Pai para onde desejar voltar e desfrutar da sua presença. “O lar é onde você realmente está seguro; é onde pode receber o que deseja. Você precisa [do Espírito Santo] para se manter nele, de modo que não vá embora novamente. Quando, entretanto, voltar para casa e ficar em casa, encontrará o amor que trará descanso ao seu coração.”193

Uma grande realidade e mistério que deve ser vivenciado com relação à peregrinação para a vida eterna é que, apesar de ansiarmos pela pátria celestial, ela é vivida onde Deus está. Assim, podemos viver como Jesus ensinou: “Estai em mim, e eu, em vós” (Jo 15.4). A oração da intimidade com o Pai é a possibilidade de antecipação de nossa volta a casa para estar com Ele. O lugar que a alma humana anseia profundamente estar, conforme afirma Nouwen:

[Essa presença de Jesus] é a presença ativa de Deus no centro do meu viver — o movimento do Espírito de Deus dentro de nós — que nos dá vida, a vida eterna. “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo,  a quem enviaste” (Jo 17.3). Seja como for, o que será a vida depois da morte? Quando vivemos em comunhão com Deus, pertencemos à própria casa de Deus, onde não há mais nenhum antes ou depois. A morte deixa de ser a linha divisória. A morte perde seu poder sobre aqueles que pertencem a Deus, porque Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos. [Mt 22.33]. Logo que tenhamos provado a alegria e a paz que vem do fato de sermos abraçados pelo amor de Deus, saberemos que tudo está bem e estará bem.194

A satisfação que o filho pródigo encontrou ao voltar para casa, a saudade da segurança paterna, o abraço fraterno, a sensação de bem-estar e o carinho do pai servem de exemplo, não apenas para os que se desviam da igreja, mas também para os que permanecem nela e precisam descansar suas almas em Deus em meio a um mundo caótico, com suas incertezas, insatisfações e frustrações.

Continuamos à espera de que um dia encontraremos o homem que traga paz à nossa vida insatisfeita, o emprego em que possamos fazer uso e demonstrar o nosso potencial, o livro que explicará tudo, e o lugar onde nos sintamos realmente em casa. Essas falsas esperanças levam-nos a fazer exigências esgotantes e preparam-nos para a hostilidade amarga e perigosa, quando começamos a perceber que nada nem ninguém é capaz de satisfazer inteiramente as nossas expectativas absolutistas.195

Embora a oração seja o meio pelo qual antecipamos o estar na casa do Pai, almejamos por estarmos definitivamente na casa dEle. A busca desejosa por esse lugar revela que nosso lugar não é aqui. A nostalgia do céu não permite que vis tentações tirem nosso foco do lugar de delícias, do país das maravilhas, do porto seguro, do outro lado da vida, do lugar onde as lutas cessarão. Em breve, voltaremos ao lar.

A esperança da plena salvação nos céus é que manteve e mantém a fé em Deus viva, dos que já partiram e da nossa, que ainda militamos, apesar das circunstâncias adversas e das circunstâncias mundanas e secularizadas, como citado anteriormente, que se tornam em ídolos que exigem nosso tempo e dedicação, e que nos servem de tentação para afastar-nos do propósito maior do tesouro no céu (Mt 6). “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20-21). Eu quero ir para casa. Venha comigo!

Pelo fato de a salvação que há em Cristo ser um evento passado, presente e futuro, e também completo, perfeito e integral, é que o autor bíblico chama-a de “tão grande salvação” (Hb 2.3); alguns de seus aspectos são imensuráveis e inexplicáveis e, por melhor que se tente fazê-lo (1 Tm 1.17), eles transcendem a compreensão humana e somente nos serão revelados em sua totalidade no Reino vindouro.
GLÓRIA DEUS!


Fonte:
Livro de Apoio - 4º Trim/17 – A Obra da Salvação - Claiton Ivan Pommerening
Lições Bíblicas Adultos 4º trimestre/17 - A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida – Comentarista: Claiton Ivan Pommerening

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