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segunda-feira, 31 de julho de 2017

A Inversão dos Valores

Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” 2 Pe 3.3


Os princípios, leis ou normas que regem a vida cristã encontram-se nos inúmeros mandamentos morais, sociais e religiosos descritos nas Sagradas Escrituras. Podemos afirmar que a base da ética bíblica e dos valores cristãos é o santíssimo caráter de Deus. As Escrituras, nossa única fonte legítima da vontade de Deus, expressam a vontade de Deus para o seu povo. Os inúmeros mandamentos éticos e morais da Bíblia revelam a natureza santa, ética e moral de Deus. Portanto, o estudo dos valores e da ética cristã tem como base o caráter santo de Deus. Como você já sabe: Deus é santo (Lv 11.44; 1 Sm 2.2), justo (2 Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33).

A palavra “valor” origina-se do latim e significa “ser digno”. “Valores”, no contexto desta lição, referem-se aos princípios éticos e sociais aceitos por uma pessoa ou grupo, isto é, ao comportamento humano; suas regras e padrões.

Atualmente, tem havido uma “inversão” desses valores: a ética e a moral cristãs, antes aprovadas pela sociedade, vêm sendo sistematicamente substituídas por princípios amorais mundanos (Is 5.18-25; Cl 2.8). Em 2 Pedro 1.3-10, a Palavra de Deus estabelece os princípios éticos, as virtudes e valores necessários à boa conduta dos filhos de Deus.


I. INVERSÃO DOS VALORES BÍBLICO-CRISTÃOS

1. Causas da inversão dos valores.
Ao folhearmos alguns jornais e revistas seculares, constatamos o quanto os valores éticos e morais cristãos têm sido desprezados pela sociedade pós-moderna. Vejamos as causas:

a) Ascensão do relativismo moral. Segundo esta teoria filosófica, não existe norma moral ou ética válida para todas as pessoas. As normas variam de cultura para cultura, de pessoa para pessoa. Cada um vive conforme as regras que estabeleceu para si mesmo. Assim, há uma ética para o cristão, outra para o ateu e uma terceira para os que não se enquadrem nas anteriores. Não existe, de acordo com esse pensamento mundano, normas, verdades ou valores que sirvam para todas as pessoas em todos os lugares.

b) Manifestação social do pluralismo. O pluralismo reconhece que há uma multiplicidade de culturas, religiões e posições éticas e morais conflitantes. Essa doutrina filosófica, todavia, diz que essas posições contraditórias podem coexistir, como se cada uma delas trouxesse uma parte da verdade e, nenhuma a verdade completa ou absoluta. Assim, a verdade encontra-se em cada sistema religioso, filosófico ou moral. Então, segundo esse pensamento, o cristianismo traz uma parte da verdade, o budismo outra e assim sucessivamente Segundo o pluralismo, assumir e respeitar diferentes valores em uma sociedade em constante mudança é uma manifestação de empatia e tolerância com o outro.

c) Crescente mundanismo. O mundanismo faz constante oposição à Igreja e aos valores cristãos (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). A sociedade organizada e rebelada contra Deus, tem estabelecido suas próprias leis, sem a menor consideração aos mandamentos divinos. O que temos visto, infelizmente, é o sagrado e o religioso curvarem-se ante o profano e o secular; até mesmo em certas denominações evangélicas.


2. Os valores cristãos invertidos.
Há uma lista considerável de princípios bíblicos que não apenas foram desvalorizados, mas ultrajados pela sociedade pós-moderna. Vejamos:

a) Quanto ao casamento: Atualmente, em algumas sociedades, já se aceita a abominável união entre pessoas do mesmo sexo. É um atentado contra a Palavra de Deus, a família e os valores cristãos. O Senhor instituiu e abençoou apenas a união entre homem e mulher (Gn 1.27,28; 2.22-24). Quanto aos que querem mudar a ordem natural da criação, (Lv 19.22; Rm 1.26-32) serão amaldiçoados. A Bíblia é implacável neste caso: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos... herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.9,10 - NVI).

b) Quanto à família: As virtudes cristãs concernentes à família estão sendo substituídas por valores anticristãos: filhos que não respeitam os pais; pais permissivos quanto à moralidade; e a substituição do culto doméstico por entretenimentos perniciosos etc.

c) Quanto à igreja: Nesses “tempos trabalhosos”, muitas comunidades cristãs valorizam mais o “ministério” bem-sucedido do pregador que a santidade e o testemunho mantido por ele; mais o marketing ministerial do que os verdadeiros sinais do poder de Deus. Pregadores santos e tementes a Deus são preteridos por aqueles que buscam o louvor próprio em vez da glória de Cristo.

A ascensão do relativismo moral, a manifestação social do pluralismo e os valores cristãos invertidos são algumas causas da inversão de valores na pós-modernidade.

II. FUNDAMENTOS DOS VALORES CRISTÃOS

1. Os valores cristãos.
Os valores cristãos estão pautados nas Sagradas Escrituras e são opostos aos do mundo. Enquanto cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontades, a cultura mundana nega a existência do Altíssimo, e seus adeptos vivem como se o Senhor realmente não existisse (Sl 14; 53).

2. Os três fundamentos.
Os princípios cristãos possuem, pelo menos, três fundamentos básicos: são universais, absolutos e imutáveis.

a) Universais. Os valores cristãos são universais por estarem fundamentados na moral divina. Nosso Deus é um ser moral. Seus atributos atestam que Ele é santo (Lv 11.44; 1 Sm 2.2), justo (2 Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33). Portanto, o Senhor é o padrão moral daquilo que é santo - oposto ao pecado -, daquilo que é justo - oposto a injustiça -, daquilo que é bom - oposto ao que é mau, e daquilo que é verdadeiro - oposto à mentira. Tudo o que é puro, justo, bom e verdadeiro têm sua origem no caráter moral de Deus. Por conseguinte, os valores morais são universais porque procedem de um Legislador Moral universal.

b) Absolutos.
Absoluto é aquilo que não depende de outra coisa, mas existe por si mesmo. Os valores cristãos são absolutos porque procedem de um Deus pessoal que não depende de qualquer outro ser para existir, Ele é eterno (Dt 33.27; Sl 10.16); existe por si mesmo (Êx 3.14), e tem a vida em si mesmo (Jo 5.26). Deus também é absoluto porque não está sujeito às épocas (1 Tm 1.17; 2 Pe 3.8; Jd v.25). Ele governa eternamente o Universo (Sl 45.6; 145.13), e seu reinado é de justiça (Hb 1.8).

c) Imutáveis.
Imutável é a qualidade daquilo que não muda. Os valores cristãos são imutáveis porque o Senhor Deus é imutável. Ele não muda (1 Cr 29.10; Sl 90.2), é o mesmo em todas as épocas (Hb 13.8; Tg 1.17). Suas leis se conformam ao seu caráter moral, pois Ele é fiel (2 Tm 2.13). Portanto, devemos viver conforme a orientação de sua Palavra.

Os valores cristãos são universais, absolutos e imutáveis, pois se fundamentam no caráter de Deus e nos princípios das Escrituras.

III. COMO REAGIR À INVERSÃO DE VALORES

1. Denunciar o pecado e os valores mundanos.
Devemos confrontar com a Palavra de Deus, os princípios amorais e antiéticos difundidos através de filmes, peças teatrais, novelas, músicas e revistas (Hb 4.12; Ez 44.23). Certo diretor afirmou que “o cinema e a televisão suplantaram a igreja como grandes comunicadores de valores e crenças”. Mas, quais são a estes valores e crenças? Geralmente, são padrões e crenças anticristãs. A Igreja, “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), tem como missão, não apenas anunciar o evangelho, mas denunciar os pecados e os valores mundanos dos homens (1 Tm 1.18-20).

2. Ensinar e viver os valores do Reino de Deus.
Como Igreja do Senhor, temos a obrigação de viver e ensinar os mais elevados princípios éticos e morais do Reino de Deus (Lv 20.7; 1 Pe 1.16). A verdadeira mensagem do evangelho não se conforma aos discursos politicamente corretos, mas aos elevados padrões da santidade divina (Mt 5.20, 48; 1 Tm 3.15; 6.11).

O crente além de ensinar e viver os valores cristãos deve denunciar a inversão dos valores, o pecado e os valores mundanos.

CONCLUSÃO

Os elevados preceitos exarados na Palavra de Deus são imutáveis e servem de regra para orientar os homens em todas as gerações (Is 30.21; Mt 24.35; 2 Tm 3.16). Esses valores são insubstituíveis, e devem ser coerentes com o testemunho cristão - a igreja deve viver o que prega e pregar o que vive.


SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
Aceitando o Desafio
[...] A Igreja permanece verdadeira ao seu caráter preservando sua distinguibilidade. Ela não faz nenhum favor à sociedade adaptando-se à cultura popular prevalecente, porque falha em sua tarefa justamente no ponto em que deixa de ser ela mesma. A Igreja não tem uma ética social, mas é uma ética social, [...] na medida em que é uma comunidade que pode ser claramente distinta do mundo. Pois o mundo não é uma comunidade e não tem tal história, visto que está baseado na pressuposição de que os seres humanos, e não Deus, governam a história. Quando a Igreja adota uma ética moral formada pela cultura popular prevalecente, está negando sua natureza. Antes, a Igreja tem de expressar a ética social que já encarna; tem de transmitir a história de Cristo, uma história que continuamente causa impacto nas relações sociais dos seres humanos [...]”. (PALMER, M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001, p. 314.)

Vocabulário
Amoral: Diz-se da conduta humana que, suscetível de qualificação moral, não se pauta pelas regras morais vigentes em um dado tempo e lugar, seja por ignorância do indivíduo ou do grupo considerado, seja pela indiferença, expressa e fundamentada nos valores morais.

Fonte:
Lições Bíblicas CPAD - 3ºtrim.2008 - As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece - Comentarista: Wagner dos Santos Gaby

Aqui eu Aprendi!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A identidade do Espírito Santo

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1Co 3.16

A identidade do Espírito Santo

A concepção milagrosa de Jesus de Nazaré é uma demonstração maravilhosa da divindade do Espírito Santo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Conforme afirma o Credo Niceno-Constantinopolitano, o “Espírito Santo é Senhor, doador da vida, procedente do Pai. O qual com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado, o qual falou pelos profetas”. Logo, não se trata de uma energia, ou emanação de alguma força ativa, mas de uma pessoa divina que age de maneira maravilhosa na vida do ser humano: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11). O Espírito Santo é uma pessoa que confronta o ser humano a fim de convencê-lo a crer em Jesus; que atua no sentido de gerar nele uma disposição para a retidão, integridade e santidade; e traz a consciência de que todas as pessoas prestarão contas a Deus de todos os atos que praticaram no mundo.

O Espírito promove santidade
Não por acaso a expressão “Espírito Santo” consta nas Escrituras. Ora, a palavra “santo” significa “puro”, “limpo”. Tudo o que é santo significa que foi separado por Deus para fazer a Sua vontade, pois se torna propriedade exclusiva de Deus. Nesse sentido, o Espírito é chamado “Santo” porque Ele é mencionado também nas Escrituras como o Espírito de Deus, o Espírito do Senhor, o Espírito de santificação (Rm 1.4) para direcionar e guiar a nossa vida. Assim, pelo Espírito Santo, somos conduzidos a vivermos uma vida de santidade e pureza. Nele não há mentira, pois revela a verdade sobre Jesus (Jo 16.14) e sobre nós mesmos (Sl 51.16). Não podemos mentir ao Santo Espírito, Ele conhece tudo em nossa vida e discerne o desejo do nosso coração (At 5.1-6). Ele é Santo e Verdadeiro!

Atuação do Espírito em nossa consciência
Quão imensuráveis são as maldades humanas?! Sem o auxílio divino, é impossível que a pessoa retroceda em suas maldades. Mas o Espírito Santo não descansa em trabalhar em nossa consciência, procurando que ela não se cauterize, isto é, fique indiferente aos seus apelos (1Tm 4.1-3). O Santo Espírito age para nos purificar e, assim, experimentarmos o maravilhoso perdão de Deus, fruto do seu amor por nós. Revista Ensinador Cristão nº71

Cremos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Senhor e Vivificador, que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, regenera o pecador, e que falou por meio dos profetas.

Leitura Bíblica: João 14.15 - 18,26

As Escrituras Sagradas revelam a identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade, sua consubstancialidade com o Pai e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas obras no contexto histórico-salvífico. Todos esses dados da revelação só foram definidos depois do Concílio de Niceia. A formulação da doutrina pneumatológica aconteceu tardiamente na história da Igreja, na segunda metade do século IV. A presente lição pretende explicar e mostrar como tudo isso aconteceu a partir da Bíblia.

Cremos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

“O Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer” (Gregório de Nazianzo). Embora o Credo Niceno termine com as seguintes palavras: “Cremos também em um só Espírito Santo”, não há informações sobre a identidade do Espírito Santo. Segundo Gregório de Nazianzo, a revelação das três Pessoas da Trindade foi gradual. Uma vez definida a cristologia em Niceia, faltava agora definir a doutrina da terceira Pessoa da Trindade. Esse tema só foi concluído depois da segunda metade do século IV.

Segundo Stanley M. Horton, a doutrina do Espírito Santo nunca havia recebido um tratamento justo nos tratados de teologia antes do Avivamento da Rua Azusa: “Os antigos compêndios de teologia sistemática, em sua maioria, não possuem nenhum capítulo sobre pneumatologia” (HORTON, 2001, p. 9). Eruditos, durante e depois do Avivamento da Rua Azusa, empreenderam vários estudos sobre o Espírito Santo, sobre o batismo no Espírito Santo, sobre a glossolalia e sobre os dons do Espírito Santo. Obtiveram avanços significativos. A erudição não anula o fervor espiritual da fé cristã pentecostal.

É o Senhor Jesus o centro da mensagem pregada pelas Assembleias de Deus. Ainda há entre os evangélicos quem diga que a ênfase é o Espírito Santo acima de Jesus. O Pr. George Wood, presidente da Convenção Americana das Assembleias de Deus, numa entrevista à revista Christianity Today, edição de 29 de junho de 2015, fala em quatro grandes erros a respeito das Assembleias de Deus: 1) a crença no Cânon aberto, 2) a ênfase do Espírito Santo acima de Jesus, 3) a prática espiritual elitista e 4) a teologia da prosperidade. Ele rebate cada ponto explicando a fé assembleiana.

O ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS SAGRADAS

Sua divindade
O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 – ARA). Os nomes Deus e Espírito Santo aparecem alternadamente na Bíblia: “Porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? ... Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3, 4). Veja que Deus e o Espírito Santo aqui são uma mesma divindade. Primeiro o apóstolo Pedro diz que Ananias mentiu ao Espírito Santo, e depois o mesmo Espírito é chamado de Deus. O apóstolo Paulo também emprega esse tipo de linguagem: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: “O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou” (2 Sm 23.2, 3). Da mesma forma o Espírito Santo é chamado de “Javé” ou “SENHOR” nas nossas versões de Almeida. Compare ainda Juízes 15.14; 16.20 e Números 12.6; 2 Pedro 1.21.

Jesus prometeu dar aos seus discípulos “outro Consolador” (Jo 14.16). A palavra “outro” aqui corresponde ao original grego allos, que significa “outro”, mas da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade.

Segundo A. T. Robertson, “outro da mesma classe (allon, não héteron)” (ROBERTSON, vol. 5, 1990, p. 279). O termo grego para “Consolador” é paráklētos, que significa “ajudador”, “alguém chamado para auxiliar”, um “advogado”. Essa mesma palavra aparece em 1 João 2.1 com este significado: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis: e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. Em outras palavras, Jesus dizia aos seus discípulos que estava voltando para o Pai, mas que continuaria cuidando da Igreja, pelo seu Espírito Santo, seu Paraklētos, um como ele, que teria o mesmo poder para preservar o seu povo.

São inúmeras as obras de Deus efetuadas pelo Espírito Santo. Ele gerou a Jesus Cristo (Lc 1.35), dá a vida eterna (Gl 6.8) e guia o seu povo (Is 63.14; Rm 8.14; Gl 5.18), pois é o Senhor da igreja (At 20.28) e o santificador dos fiéis (1 Pe 1.2). O Espírito habita nos crentes (Jo 14.17), é autor do novo nascimento (Jo 3.5, 6), dá a vida (Ez 37.14; Rm 8.11), regenera (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1 Co 12.7-11).

A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia, por meio de seus atributos divinos, como acontece com o Senhor Jesus Cristo. Ele é onipotente (Rm 15.19) e fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1 Co 12.9-11). A onipresença é outro atributo incomunicável de Deus presente na terceira Pessoa da Trindade, o que mostra ser ele onipresente (Sl 139.7-10). Por ser onisciente, Ele conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus (1 Co 2.10, 11), o coração do homem (Ez 11.5; Rm 8.26, 27; 1 Co 12.10; At 5.3-9) e o futuro (Lc 2.26; Jo 16.13; At 20.23; 1 Tm 4.1; 1 Pe 1.11). Possui também o atributo da eternidade, pois é chamado de “Espírito eterno” (Hb 9.14). A palavra asseidade advém do latim aseitatis, que vem de dois termos – a se significa “por si” ou “autocausado”, ou seja, diz respeito à existência por si mesmo e serve para designar o atributo divino segundo o qual Deus existe por si próprio. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente, ou seja, não depende de nada fora de si para existir. Ele sempre existiu. É o Criador do homem e do mundo (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30) e, também, o Salvador (Ef 1.13; 4.30; Tt 3.4, 5).

A Palavra de Deus apresenta, de igual modo, seus atributos comunicáveis, como a santidade, pois o Espírito Santo é santo (Rm 15.16; 1 Jo 2.20). Essa santidade do Espírito é única e real, absoluta e perfeita; não se trata, pois, de uma santidade cerimonial, mas de algo inerente à sua natureza. Ele é a verdade (1 Jo 5.6), é sábio (Is 11.2; Jo 14.26; Ef 1.17), bom (Ne 9.20; Sl 143.10) e verdadeiro (Jo 14.17; 15.26; 16.13; 1 Jo 5.6).

Sua personalidade
A personalidade do Espírito Santo está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. Há nele elementos constitutivos da personalidade, como o intelecto; ele penetra todas as coisas (1 Co 2.10, 11) e é inteligente (Rm 8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1 Co 12.11). As três faculdades – intelecto, emoção e vontade – caracterizam a personalidade.

Os substantivos gregos apresentam três gêneros: masculino, feminino e neutro. O termo grego pneuma, usado amplamente no Novo Testamento para “espírito”, é substantivo neutro. O pronome demonstrativo na frase: “aquele Espírito da verdade” (Jo 15.26; 16.13) e o pessoal, em “Ele me glorificará” (Jo 16.14) estão no masculino. Isso revela a personalidade do Espírito Santo.

Outra prova da personalidade do Espírito Santo é que ele reage a certos atos praticados pelo homem. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19, 21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em seu nome (Mt 28.19).

A Bíblia revela os atributos pessoais do Espírito Santo.
Ele ensina (Jo 14.26), fala (Ap 2.7, 11, 17), guia (Rm 8.14; Gl 5.18), clama (Gl 4.6), convence (Jo 16.7, 8), testifica (Jo 15.26; Rm 8.16), escolhe obreiros (At 13.2; 20.28), julga (At 15.28), advoga (Jo 14.16; At 5.32), envia missionários (At 13.2-4), convida (Ap 22.17), intercede (Rm 8.26), impede (At 16.6, 7), se entristece (Ef 4.30) e contende (Gn 6.3).

O Espírito é do Pai (1 Co 2.12; 3.16) e do Filho (At 16.7; Gl 4.6).

Filioque é um termo latino que significa literalmente “e do filho”, usado em teologia para indicar a dupla processão do Espírito Santo, do Pai e do Filho (Jo 15.26; 20.22). A divindade possui uma só essência ou substância indivisível, e Pai, Filho e Espírito Santo são três hipóstases, ou seja, “forma de existir”. Usa-se comumente na teologia o termo “Pessoa” por falta de uma palavra mais precisa na linguagem humana para descrever cada uma dessas identidades conscientes. Quando se fala a respeito do Espírito Santo como terceira Pessoa da Trindade, isso não significa terceiro numa hierarquia, mas porque aparece em terceiro lugar na fórmula batismal: “batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). As três hipóstases ou Pessoas são iguais em poder, glória e majestade, e não há entre elas primeiro e último.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.
Em 1 Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por ‘demonstração do Espírito Santo’, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujo efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1Co 2.4,5)” (GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.175).

HISTÓRIA DA DOUTRINA PNEUMATOLÓGICA

Período Pré-niceno
O capítulo 3, sobre a Santíssima Trindade, explica por que o tema pneumatológico foi deixado de lado antes do Concílio de Niceia. A discussão era centrada em Jesus e a sua identidade, e a doutrina sobre o Espírito Santo raramente entrava nos debates. São escassas as informações a respeito da identidade e das obras do Espírito Santo nos primeiros pais da Igreja.

As discussões no final do segundo século e no século seguinte giravam em torno da identidade do Logos, e isso envolvia o Espírito Santo como a terceira Pessoa da Trindade. O tema dos grupos adocionistas e modalistas era sobre Deus e o monoteísmo, e nesses debates o Espírito Santo estava presente, mas sem aprofundamento acerca de sua natureza. A cristologia ocupou praticamente os debates dos séculos 3 e 4 e quase não sobrou espaço para a pneumatologia. Não houve discussão a respeito do Espírito Santo em Niceia.

Orígenes, como visto no capítulo anterior, defendia uma Trindade influenciada pelo neoplatonismo: “O Filho é coeterno com o Pai, mas seu poder de ser é pouco inferior ao do Pai. É a mais alta das realidades geradas, mas menor do que o Pai. O mesmo se diz do Espírito Santo que age nas almas dos santos” (TILLICH, 2004, pp. 76, 77). No seu comentário sobre o evangelho de João 1.3, ele afirma que o Espírito Santo é criatura do Logos. Não há muita coisa sobre o Espírito Santo nos séculos 2 e 3, e de tudo o que existe, há problemas e, em Orígenes em especial, mais erros do que acertos.

Depois de Niceia
As controvérsias arianas continuaram. Ário negava a eternidade do Logos, defendia sua existência antes da encarnação, como as atuais testemunhas de Jeová, mas negava que ele fosse eterno com o Pai, insistia na tese de que o Verbo havia sido criado como primeira criatura de Deus. A palavra de ordem dos arianistas era: “Houve tempo em que o Filho não existia”. Ário considerava também o Espírito Santo como criatura, embora esse tema estivesse fora das discussões na época e o os debates se concentrassem no Filho. Alexandre, bispo de Alexandria, se limitava a manter a antiga afirmação de que o Espírito Santo inspirou os profetas e apóstolos. Eusébio de Cesareia emprega a exegese de Orígenes, colocando o Espírito Santo em terceira categoria, como “um terceiro poder” e como uma das coisas que vieram à existência por meio do Verbo, na interpretação origeneana sobre João 1.3 (Preparatio Evangelica, 11.21).

Não existia consenso sobre o Espírito Santo no Oriente nas primeiras décadas depois do Concílio de Niceia. Havia diversas interpretações. Uns diziam que as Escrituras Sagradas eram vagas sobre o assunto e por isso preferiam não se pronunciar; outros achavam que Ele era criatura; outros diziam que era um anjo; e outros, que era um espírito intercessor entre o Senhor Jesus e os anjos. Havia até triteístas entre eles.

Cirilo de Jerusalém apresenta alguns lampejos em favor da ortodoxia. Ele escreveu no ano 348 o seguinte: “O Espírito Santo é um e o mesmo; vivente e subsistente e que sempre está presente com o Pai e o Filho” (Catequese XVII.5). Cirilo diz ainda que o “Espírito Santo que é honrado com o Pai e o Filho e que no momento do santo batismo é simultaneamente incluído na Trindade Santa” (Catequese XVI.4).

Na carta enviada a Serapião, bispo de Tmuis, cidade do Baixo Egito, Atanásio expõe o seu pensamento a respeito do Espírito Santo, afirmando que Ele partilha da mesma substância do Pai e do Filho: “O Espírito Santo é um, as criaturas são muitas e os anjos muitos. Que semelhança há entre o Espírito e as criaturas? Está claro, portanto, que o Espírito não é uma das muitas criaturas, nem tão pouco é um anjo. Mas porque ele é um, e ainda mais por que ele pertence ao Verbo que é um, ele pertence a Deus que é um, e um consubstancial com ele [homooúsion]” (Carta a Serapião I.27.3).

Aqui Atanásio está dando uma resposta aos tropicianos. Ele refuta os arianos, os tropicianos e os pneumatomacianos. É claro e direto ao afirmar que o Espírito Santo é consubstancial com o Pai e com o Filho. “Em 362, entretanto, por ocasião do Concílio de Alexandria, Atanásio conseguiu aceitação para a proposição de que o Espírito não é uma criatura, mas pertence à substância do Pai e do Filho, sendo inseparável dela” (KELLY, 2009, p. 195).

Os pais capadócios
Basílio de Cesareia, nos primeiros anos de sua pesquisa, era amigo e aliado de Eustáquio de Sebaste, líder dos pneumatomacianos. Contudo, depois de um exame mais preciso sobre o assunto, ele se encontrou com Eustáquio em Sebaste no ano de 372 e depois voltou a se encontrar com ele no ano seguinte, mas Eustáquio não concordou com a ideia de Basílio. Essa ruptura aconteceu em 373. Basílio a essa altura defendia a ortodoxia nicena e passou a combater os pneumatomacianos. Ele emprega cerca de 460 passagens bíblicas, sem contar as repetições, em seus escritos. O seu epistolário conta com 366 epístolas. Quem examinou todos os seus escritos afirma que “em lugar algum o Espírito Santo é chamado Deus, nem Sua consubstancialidade é afirmada explicitamente” (KELLY, 2009, pp. 196, 197). Mas, segundo Timothy P. McConnell, em sua obra Illumination in Basil of Caesarea’s Doctrines of the Holy Spirit (2004), Basílio dispensa a filosofia e evita termos filosóficos na teologia, preferindo a linguagem próxima da Bíblia. Basílio defende a divindade do Espírito Santo sem o uso desses termos: “Glorificamos o Espírito com o Pai e o Filho porque cremos que Ele não é estranho à natureza divina” (Epístola 159.2); “Quanto às criaturas, recebem de outrem a santificação, mas para o Espírito a santidade é integrante de sua natureza. Por conseguinte, ele não é santificado, mas santificador... são comuns os nomes dados ao Pai, e ao Filho e ao Espírito, que recebe tais denominações em vista da intimidade entre eles, por natureza” (Tratado sobre o Espírito Santo, 19.48).

O pensamento de Basílio se resume em três pontos: “a) o testemunho das Escrituras acerca da grandeza e da dignidade do Espírito, e do poder e da imensidão de Sua operação; b) sua associação com o Pai e com o Filho em tudo o que Eles realizam, especialmente na obra de santificação e glorificação; c) seu relacionamento pessoal tanto com o Pai quanto com o Filho” (KELLY, 2009, p. 197). A obra Tratado sobre o Espírito Santo foi o último dos seus escritos e apresenta os desenvolvimentos doutrinários mais avançados que abriram o caminho para as definições do Concílio de Constantinopla em 381.

Gregório de Nissa escreveu Sobre a Trindade, continuação da obra Contra Eunômio, da autoria de seu irmão, e Sobre não três Deuses, refutação ao heresiarca Ablábio, que defendia o triteísmo considerando o Pai, o Filho e o Espírito Santo como três Deuses. Ele defendia a unicidade de natureza partilhada pelas três Pessoas da Trindade e usava Salmos 33.6 com um dos fundamentos bíblicos: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca”.

Gregório de Nazianzo combateu os mesmos opositores de seus companheiros Basílio de Cesareia e Gregório de Nissa: Eunômio e os pneumatomacianos. Ele escreveu com elegância e clareza sobre a Trindade e, especialmente, sobre o Espírito Santo por meio de epístolas, poemas e sermões, sendo as Orações ou Discursos Teológicos cincos sermões, numerados de 27 a 31. Ele foi o mais ousado dos três capadócios. Diz abertamente em alto e bom som que o Espírito Santo é Deus e consubstancial: “Então o quê? O Espírito é Deus? Sim, de fato é Deus. Então ele é consubstancial? Sim, é verdade, pois ele é Deus” (Discurso 31.10). Ele afirma no quinto Discurso Teológico: “Se houve tempo em que Deus não existia, então houve um tempo em que o Filho não existia. Se houve um tempo no qual o Filho não existia, então houve um tempo no qual o Espírito não existia. Se um existiu desde o começo, logo os três também existiram” (Discurso 31.4).

Foram os pais capadócios que definiram de uma vez para sempre a doutrina da Trindade aceita e ensinada pelos principais ramos do cristianismo. Eles completaram a tarefa de Atanásio. A partir deles, ficou esclarecida a verdadeira identidade do Espírito Santo; no entanto, a processão ainda está em aberto. Em Gregório de Nazianzo encontra-se sua extraordinária contribuição para a vitória final da fé nicena. Ele organizou os dados da revelação divina, registrados nas Escrituras, e afirmou categoricamente que o Espírito Santo é Deus. O Concílio de Constantinopla, 381, descreveu o Espírito como Deus e como “o Senhor e provedor da vida, que procede do Pai e é adorado e glorificado com o Pai e com o Filho”.

Está claro nas Escrituras que ele é o Senhor e provedor da vida: “O Senhor é o Espírito” (2 Co 3.17); “Porque a lei do Espírito de vida” (Rm 8.2); “O Espírito é o que vivifica” (Jo 6.63); “e o Espírito vivifica” (2 Co 3.6); que ele procede do Pai (Jo 15.26); “o Espírito que provém de Deus” (1 Co 2.12); e que falou pelos profetas (2 Pe 1.21).

O que parece crucial nessa declaração é o fato de o Espírito Santo ser adorado com o Pai e com o Filho. A frase “adorado e glorificado com o Pai e com o Filho” vem de Atanásio ao afirmar que o Espírito Santo: “está unido ao Filho, como está unido ao Pai, ele que é glorificado com o Pai e o Filho é chamado Deus com o Verbo, e realizando o que o Pai faz mediante o Filho” (Carta a Serapião I.25.2). E Basílio de Cesareia diz: “... e constrói as igrejas que confessam a sã doutrina em que o Filho é reconhecido ser da mesma substância do Pai, e o Espírito Santo é considerado e adorado com a mesma igualdade de honra” (Epístola, 90.2). Há uma única passagem nas Escrituras que fala diretamente sobre a adoração do Espírito Santo: “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne” (Fp 3.3). O verbo “servir” aqui é latreuo, e em o sentido de prestar, culto, adorar, serviço sagrado. A construção grega aqui ficou ambígua e Agostinho de Hipona afirma que as gerações de cristãos antes dele adoravam o Espírito Santo com base nessa passagem paulina:

O Espírito Santo não é criatura. Ele, ao qual todos os santos prestam culto, no dizer do apóstolo: Os verdadeiros circuncidados somos nós, que servimos ao Espírito de Deus (Fl 3,3). E em grego estão designados pelo termolatreuontes. Em muitos exemplares de mesmo nos latinos assim se lê: Que servimos ao Espírito de Deus; assim se encontra também na maioria ou quase em todos os códices gregos. Em algumas cópias latinas, porém, o texto não é: Servimos ao Espírito de Deus, mas: Servimos a Deus, no Espírito (A Trindade, Livro I, 13).

A cláusula grega para “somos nós, que servimos a Deus no Espírito”, em grego, hoi pneumati theou latreuontes, é ambígua porque a terminação –ti, no substantivo pneuma, “espírito”, significa tanto “no Espírito” como também “ao Espírito”, ou ainda “pelo Espírito” e também “com o Espírito”. A ausência de uma preposição em pneumati deixa o assunto em aberto naquilo que a gramática grega chama de caso dativo, caso locativo ou caso instrumental. Se é dativo, a frase significa “nós que adoramos/servimos/prestamos culto ao Espírito de Deus”. A. T. Robertson reconhece essa possibilidade: “Caso instrumental, ainda o caso dativo como o objeto de latreuō também tem bom sentido (adorando ao Espírito de Deus)” (ROBERTSON, tomo 4, 1989, p. 600).

Há absoluta igualdade dentro da Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à outra, como se houvesse uma hierarquia divina. Existe, sim, uma distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na terra (Jo 16.13, 14). O Espírito Santo dá prosseguimento ao plano de salvação idealizado pelo Deus Pai e executado pelo Deus Filho. As três Pessoas estão presentes, atuando cada uma na sua esfera de atuação, em perfeita harmonia e perfeita unidade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Espírito Santo é Deus
O Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus e Jesus o são.

O Espírito Santo é chamado Deus e Senhor — (At 5.3,4; 2Co 3.18).
Quando Isaías viu a glória de Deus escreveu: ‘Ouvi a voz do Senhor, ... vai e diz a este povo’ (Is 6.8,9). O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo’ (cf. At 28.25,26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus” (BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.97).

“É difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo que se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o Espírito Santo é o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo: ‘Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o senhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.401).


CONCLUSÃO

A frase que se refere ao Espírito Santo como “terceira Pessoa da Trindade” se deve ao fato de seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas distintas.


Fonte: Lições Bíblicas CPAD Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Livro de Apoio - Comentarista: Esequias Soares
Revista Adultos 3º Trim.2017 - A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Ansiedade, a antecipação do tempo

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” 1Pe 5.7

“[...] depressão e [...] ansiedade — dois distúrbios responsáveis pela metade (740 milhões de pessoas) das doenças mentais estimadas no mundo. Esses males causam um sofrimento terrível. Geram angústia e desespero, suas origens não são muito claras [...].

Segundo Thiago Lotufo, [...] a dor causada pela depressão e pela ansiedade é diferente de uma dor de cabeça ou de uma dor decorrente, por exemplo, de um tombo: Ela dói, metaforicamente, lá no fundo da alma. E o pior é que essa dor só tende a aumentar.

No próximo milênio a mente vai estar mais doente do que nunca. ‘As doenças mentais tendem a proliferar como resultado de múltiplos complexos fatores sociais, biológicos e psicológicos. Elas são respostas já esperadas de doenças físicas graves e da guerra e do trauma. Mas também de condições sociais adversas, como as altas taxas de desemprego, a educação precária e a pobreza’, afirmou a OMS. E mais: ‘Nas próximas décadas tudo indica que as doenças decorrentes de distúrbios mentais e de problemas neurológicos serão ainda maiores’.

Conforme afirma o Dr. Cláudio Guimarães, isso é um paradoxo, pois ‘vivemos numa época que teoricamente teria tudo para ser agradável’. Os avanços tecnológicos, os procedimentos médicos sem dor, e ao mesmo tempo sentimos uma sensação enorme de vazio interior” (GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As Doenças do Século. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.18)

A nossa fé em Deus nos faz entender que é possível ser feliz hoje, e que o amanhã pertence ao Senhor.

TEXTO BÍBLICO - Mateus 6.25-34

INTRODUÇÃO

Deus criou o homem e lhe concedeu o instinto de sobrevivência. Essa tendência natural faz com que venhamos sentir medo diante de uma situação de perigo. Esse tipo de receio é benéfico e ajuda na nossa sobrevivência. Sem esse instinto, nos tornaríamos inconsequentes e colocaríamos nossa saúde e vida em risco. Entretanto, o medo também pode ser um sentimento maléfico que impede nosso crescimento. Certa vez, Jesus contou uma parábola na qual um servo não desenvolveu todo o seu potencial porque teve receio do seu senhor. O seu receio fez com que ele escondesse o talento que havia recebido na terra (Mt 25.24-28). Aprendemos com esta história que o medo pode arruinar nossos sonhos, destronar nossos ideais e apequenar a nossa alma. Precisamos ter cuidado com o medo e a ansiedade, pois estes sentimentos podem fazer adoecer a nossa alma, corpo e espírito.

I. A ANSIEDADE

1. Um discurso sobre a ansiedade.
A vida é um dom de Deus. Por isso, precisamos aproveitar cada oportunidade que Ele nos concede, pois cada momento é único. Não podemos fazer com que o nosso relógio biológico e nem mesmo o tempo voltem atrás. Também não podemos adiantar o tempo. Precisamos viver o hoje. A ansiedade faz com que as pessoas queiram antecipar os acontecimentos futuros (bons ou ruins). Por isso, é o mais irracional dos sentimentos. A ansiedade gera inquietação, enfraquece o coração e rouba a paz. Jesus ensinou que os súditos do seu Reino não deviam se ocupar com o dia de amanhã. O Mestre afirmou: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.34).

2. Causas.
As causas da ansiedade são diversas, pois vivemos dias maus, tempos trabalhosos. Temos visto e vivido, com pesar, vários conflitos e tensões em nossa nação: é crise na política, na economia, na educação, na saúde, etc. Esses colapsos têm feito aumentar o número de pessoas ansiosas e doentes.
Em nosso dia a dia, inúmeros são os medos que solapam nossas mentes, como foi mencionado pelo apóstolo Paulo em 2 Coríntios 7.5: “[...] antes, em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro”. Entretanto, os temores não puderam obstruir a visão de Paulo e nem o impediram de realizar a obra que lhe foi confiada pelo Senhor, pois sua confiança estava firmada em Deus.

3. Consequências.
A ansiedade provoca diferentes males a nossa saúde física e mental. Charles Stanley afirma que “a ansiedade é um caminho que normalmente leva a pessoa a um estado de medo e negatividade, sem um minuto de paz sequer”. Podemos concluir que viver ansioso é viver de modo contrário ao propósito de Deus para nossas vidas. Quem vive dominado pela ansiedade está vivendo segundo o padrão de pensamento deste mundo. A Palavra de Deus nos exorta a não vivermos segundo a maneira de pensar deste mundo (Rm 12.2).

Viva um dia de cada vez. Mas, não deixe de sonhar com o seu futuro. Sonhe, planeje, mas não sofra hoje com as incertezas do amanhã.

II. UM JEITO DE VER A VIDA

1. A filosofia deste mundo.
Andar ansioso é andar segundo a filosofia deste mundo que jaz no maligno. Certa vez, o povo de Deus foi tomado pela ansiedade, pois começaram a acreditar que Moisés estava demorando muito em descer do monte. Primeiro eles ficaram ansiosos e depois construíram um bezerro de ouro para adorar (Êx 32.1-4). A ansiedade também levou Saul ao erro (1Sm 13.8-15) e fez com que Marta reclamasse com Jesus a respeito de sua irmã (Lc 10.40). Jesus orientou seus discípulos contra esse mal em Mateus 6.25-34. Paulo também orientou a Igreja do Senhor para que ninguém estivesse ansioso por coisa alguma (Fp 4.6), e Pedro ensinou que a ansiedade, como um manto velho, fosse lançada aos cuidados de Deus (1Pe 5.7).

2. O modo de vida das aves.
É bom observar os passarinhos, pois embora não trabalhem, têm o sustento garantido pelo Criador. Jesus sugeriu que os discípulos observassem as aves, pois elas: não plantam; não colhem; não estocam e, ainda assim nada lhes falta. As aves dependem do Criador. Os pássaros cumprem o propósito para o qual Deus os fez e eles sabem que, com isso, terão provisões diárias. E qual é o papel deles? Equilibrar o ecossistema evitando a proliferação de parasitas e ampliando a disseminação de espécies da flora. Mas a função primordial, sem dúvida, é louvar a Deus! Jesus mostrou que valemos muito mais que os pássaros, por isso não devemos ser ansiosos.

3. Os lírios do campo.
Jesus também sugeriu que os discípulos observassem e meditassem a respeito dos lírios do campo, pois a maneira como vivem tem muito a nos ensinar. Os lírios, diferentemente dos pássaros, vivem poucas horas. Entretanto, Deus lhes concede crescimento e exuberante beleza para enfeitar os campos e exalar uma fragrância agradável. Uma vida curta, porém com propósito. Nessa rápida existência, Deus os veste com uma roupa tão especial, que nem mesmo o rei Salomão os igualava em riqueza e formosura (Mt 6.28,29).

Por que Jesus pediu às pessoas que olhassem os pássaros e os lírios do campo? O que eles têm a nos ensinar?
Deus desejava mostrar, utilizando o exemplo das flores e pássaros, que não precisamos viver ansiosos quanto ao nosso sustento, pois Ele tem cuidado de nós.

III. A TERAPIA DE DEUS

1. Aprendendo a depender do Senhor.
Deus, como um pastor amoroso, cuida de nós suprindo nossas necessidades (Sl 23.1). Ele é a nossa suficiência. Davi, o autor do Salmo 23, um dos mais conhecidos, aprendeu a confiar e a lançar fora toda a sua ansiedade. Durante os anos de sua vida ele pôde experimentar o cuidado e a proteção do Pai Celeste. Aprender a depender de Deus integralmente e nEle confiar é um excelente antídoto contra a ansiedade. O Senhor nunca perde o controle das circunstâncias. Por isso, como Davi, podemos declarar: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente às águas tranquilas” (Sl 23.2). Confie no Senhor, dependa dEle e desfrute de paz e tranquilidade.

2. Enfrentando os temores.
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo [...]” (Sl 23.4). A confiança em Deus faz com que os nossos temores sejam enfrentados e extirpados. Aquele que confia não permite que o medo o paralise. A Bíblia não diz, mas talvez Davi, ao lutar contra Golias pode ter sentido algum tipo de temor, mas a sua fé em Deus era maior que o seu medo. A fé nos faz enfrentar os “Golias” da vida com ousadia e sem ansiedade.

3. Surpresas de Deus.
Temos um Pai amoroso que sempre nos surpreende nos momentos de crise e dificuldade. Quando pensamos que vamos sucumbir e que não existe uma saída, Ele nos concede forças e nos surpreende com a sua provisão e vitória. Os israelitas pensaram que iam cair no deserto devido à escassez de alimento e água, mas o Senhor os surpreendeu ao enviar todos os dias, com exceção do sábado, o maná e cordonizes para o sustento deles (Êx 16). Não precisamos viver ansiosos quanto a nossa provisão, pois o Senhor tem cuidado de nós.

Diante da presença de Deus, todo o medo é lançado fora. Assim, para o cristão, enfrentar o medo é vencê-lo.

CONCLUSÃO

A ansiedade é um mal que devemos combater arduamente, pois ela é prejudicial à nossa saúde física, mental e espiritual. O único antídoto capaz de vencer esse terrível mal é a nossa fé. Confie no Pai e deixe de lado toda ansiedade.


SUBSÍDIO
“A fé encoraja nossas crenças e expectativas com confiança. A fé pode nos tornar destemidos. ‘Ter esperança é ouvir a melodia do futuro’, declarou Rubem Alves. ‘Ter fé é dançar ao som dessa melodia’.
Como a fé realiza esta obra sobrenatural? Concedendo-nos uma perspectiva eterna. Pessoas de fé enxergam a vida de modo diferente. O otimismo cheio de esperança acerca do futuro, quando reforçado pela fé, modera nossa ansiedade acerca do presente. Olhamos para a vida com lentes maiores. Ver os problemas da vida com as grandes lentes do futuro ajuda a colocar em perspectiva os aborrecimentos de hoje — problemas no carro, discussões na família, voos atrasados. Muitas coisas que antes nos aborreciam agora podem ser vistas como o que de fato são: irritações triviais, temporárias.
Mas a fé vai além de nos ajudar a lidar com meros aborrecimentos. Vemos o verdadeiro poder da fé com mais clareza nos momentos de dor. A fé transforma a esperança em uma certeza de que o sofrimento fará sentido mesmo quando nossa perspectiva terrena não vê sentido algum. Em outras palavras, quando a dor nos atinge até a alma e as provações nos dão um soco no estômago, a fé é responsável por manter viva a nossa esperança” (PARROTT, Les. Você é Mais Forte do que Pensa. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014, p.52).

Fonte: Lições Bíblicas 3º Trimestre de 2017 Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá - Comentarista: Reynaldo Odilo 

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terça-feira, 25 de julho de 2017

'Cem Ovelhas' - morre compositor Juan Romero

Morre Juan Romero, compositor de Cem Ovelhas aos 88 anos

Juan Romero - Compositor de 'Cem Ovelhas' -
(Foto reprodução)

De acordo com o Efrata Music, a informação foi divulgada pela CVC La Voz, grupo de comunicação em que Juan trabalhou

O autor da canção “Visión Pastoral”, Juan Romero, morreu nesta sexta-feira (21/07/2017) aos 88 anos de idade. A causa da morte ainda não foi confirmada.


“Hoje, se adiantou à glória o nosso amado Juan Romero. Poeta, compositor, escritor e comunicador por excelência do mundo cristão”, disse Marcos Witt.

Pregador, evangelista, missionário, cantor, poeta, autor, hinólogo e, acima de tudo, um servo de Jesus Cristo, Juan Romero morreu nesta sexta-feira (21) conforme nota publicada pelo site CVC Lavoz:

“Como cristãos, sabemos que a morte é apenas uma porta para avançar além do que se segue. O destino final é o verdadeiro lar onde devemos ir. Esperamos passar a eternidade com Deus, e que certamente nos dá paz e tranquilidade. No entanto, com pesar informamos a lamentável morte de Don Juan Romero. Sua morte nos dá uma profunda tristeza. A dor que sentimos por sua perda não pode ser expresso em palavras”.

O cantor Marcos Witt comentou a partida de Juan Romero: “Hoje partiu para a glória nosso amado Juan Romero. Poeta, compositor, escritor e comunicador por excelência do mundo cristão. Seu hino ‘Visão Pastoral’ (mais conhecido como ‘Cem Ovelhas’) tornou-se um clássico da música cristã. Gerações de ministros foram inspiradas e motivadas por seu sorriso e senso de humor. Aquele que compôs e cantou ‘O Bom Pastor’, tem agora a alegria de ser abraçado por Ele. Eu o homenageio hoje e sempre. Sentirei sua falta, meu querido amigo”, lamentou Witt.

Danilo Montero, ministro de música, também lamentou a morte de Juan Romero: “Hoje, o cantor mexicano Juan Romero foi para o Senhor. Entre as músicas que ele escreveu, a ‘Visão Pastoral’ (ou ‘Cem ovelhas’) era uma das muitas que conhecemos. Eu o conheci aos quatorze anos, quando ele veio para nos dar uma palestra de treinamento para futuros professores de escola dominical. Ele gostava de cantar, então eu ia várias vezes durante a semana. Mas o que tocou minha vida era a sua mais profunda paixão por Deus e seu humor singular. Eu sabia que estava na frente de um exemplo do que eu queria ser, alguém que servia a Deus com sinceridade e paixão”, comentou Montero.

BIOGRAFIA

Juan Romero nasceu em 11 de janeiro de 1929, em Monterrey, Nuevo Leon, México, e quando tinha sete anos um jovem missionário chegou à sua cidade natal. Entre as almas que encontrou foi a de Juan Romero. Desde 1948 Juan Romero passou a pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Em 12 de junho 1949, ele se casou com Aurora Orozco, e teve quatro filhos: Betty, Aurora, Yvonne e Juan Carlos.

De 1967 a 1976 ele serviu como um representante da Escola Dominical na América Latina e nas Antilhas, acompanhando o missionário Jorge Davis em seu avião “LA GLORIA”. Naquela época organizaram o Congresso de Educação oferecendo cursos de formação e introduziu o programa “OS EXPLORADORES DO REY” semelhante ao “Boy Scouts” para ajudar tanto o crescimento físico e espiritual dos jovens de sua denominação.
Por mais de dez anos, Juan Romero e sua esposa Aurora realizaram um programa de televisão que alcançou uma audiência de mais de 70 milhões. Juan escreveu mais de 430 canções e é o autor de vários livros, incluindo uma coleção de poemas e um hinário. Em além de uma autobiografia quando completaram 50 anos de ministério – a biografia de Juan Romero.

Assista ao vídeo
Essa melodia que tem abençoado tantos ao longo dos anos, foi interpretada por Marcos Witt e Manuel Bonilla de uma maneira magistral, durante o ‘Congresso Recordando’ em 1995. Assista!

para ouvir o áudio vá ao topo da pagina e dê pausa na rádio Gospel




ouça também a Canção na voz de Ozeias de Paula


Fontes:


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