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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Entre a Páscoa e o Pentecostes

“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar [...] E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” At 2.1,4


Entre a Páscoa e o Pentecostes

Esta última lição remonta as duas principais festas do judaísmo do Antigo Testamento, a Páscoa e o Pentecostes. Não por acaso, a partir de Jesus Cristo e do Espírito Santo, respectivamente, a Páscoa e o Pentecostes também se tornaram dois marcos para a igreja cristã.

Cristo, nossa Páscoa A Páscoa Cristã marca o maior acontecimento que já houve na face da Terra: a Ressurreição de Jesus. A Palavra de Deus mostra que quem teve um encontro com o Cristo ressuscitado nunca mais foi o mesmo. Saulo, ao encontrá-lo, de perseguidor, resignou-se a ser perseguido por amor a Cristo (At 9.19-31). Tal experiência é o que mais de extraordinário pode acontecer na vida do ser humano: encontrar-se com o Cristo Ressuscitado.

O Dia de Pentecostes

A Igreja de Cristo, do ponto de vista histórico, nasceu no dia de Pentecostes, a ocasião em que Deus derramou o Espírito Santo a fim de demarcar sobrenaturalmente a Igreja de Jesus no tempo e no espaço (At 2.1-13). O dia de Pentecostes para o cristão marca a ocasião em que o Espírito Santo se faz presente até a vinda do Senhor Jesus.

Sem a Páscoa, não há Pentecostes; e, sem o Pentecostes, o Páscoa perde a sua eficácia: somente a redenção em Jesus Cristo, que está junto ao Pai, traz o derramamento do Espírito Santo.

Leitura Bíblica: Êxodo 34.18-29

Prezado (a) professor (a), com a graça de Deus chegamos a conclusão das lições do trimestre, uma oportunidade ímpar que tivemos de estudar a teologia do livro de Levítico. O povo estava acampado no deserto, o Tabernáculo, lugar de adoração a Deus estava pronto, então era o momento ideal para o Senhor orientar a Moisés e a todos hebreus quanto às leis a respeito da adoração, do culto, do serviço e dos ministros. Contudo, o livro de Levítico não é somente uma série de normas e regras, mas uma demonstração clara da maneira como o homem pecador pode se aproximar e se relacionar com o Deus que é Santo. Esse livro nos revela a santidade e majestade do nosso Deus e o caminho, Jesus Cristo, que temos que trilhar para ter um relacionamento pessoal com Ele. Que possamos adorar a Deus todos os dias da nossa vida, com temor e santidade, pois somente Ele é digno de ser adorado.



Neste último capítulo, trataremos de um assunto bastante caro a nós, pentecostais. Refiro-me ao avivamento espiritual que, em nossa história, sempre teve início com um retorno incondicional à Bíblia Sagrada, à oração e a uma vida de santidade e pureza. A volta ao Calvário e ao Cenáculo resulta, invariavelmente, em batismos com o Espírito Santo, manifestação de dons espirituais, curas divinas, sinais e maravilhas. Não nos esqueçamos da operação do Espírito no interior de cada um que professa o nome de Cristo: convicção de pecado, arrependimento, volta ao primeiro amor e voluntariedade no serviço cristão.

Se almejamos, de fato, um poderoso reavivamento, seremos constrangidos a trilhar um caminho que, tendo início na Páscoa, vai até ao Pentecostes. Antes, porém, teremos de definir o avivamento de acordo com a ótica pentecostal. Logo após, alinharemos os fatores imprescindíveis para um reavivamento duradouro e bíblico. Que Deus nos ajude a viver a plenitude de seu Espírito; menos que isto é inaceitável.

I. PRINCÍPIOS DE UM AUTÊNTICO AVIVAMENTO

Se você me perguntar qual o maior avivamento da história da Igreja Cristã, responder-lhe-ei que é o pentecostal. Não quero, com a minha resposta, desmerecer a reforma de Lutero, na Alemanha, ou a iniciativa de John Wesley, na Inglaterra.

Todavia, quando comparo ambos os movimentos ao pentecostal, vejo-me obrigado a reconhecer que este é maior e mais abrangente do que aqueles. Mas reconheço, igualmente, que sem o labor de Lutero e Wesley, nossos pais fundadores, Daniel Berg e Gunnar Vingren, nada poderiam ter feito. No Reino de Deus, há uma santa e desejável interdependência. Todos dependemos de todos. Em meio a essas considerações, procuremos uma definição de avivamento.

1. O que é o avivamento.

Quando nos propomos a definir o avivamento de acordo com a história e a tradição da Igreja Cristã, deparamo-nos, logo de início, com um incômodo problema de nomenclatura e semântica. Afinal, a palavra certa é “avivamento” ou “reavivamento”? Costumamos usá-las invariavelmente; temo-las por sinônimos. Todavia, há uma diferença substancial entre ambas.

Avivamento diz respeito a um organismo que, embora não esteja morto, ainda precisa experimentar a vida em sua plenitude. Foi o caso dos discípulos de Cristo. Antes do Pentecostes, não estavam mortos; tinham já o Espírito Santo a dirigir-lhes, inclusive, a escolha do sucessor de Judas Iscariotes. O próprio Jesus já havia assoprado, neles, a promessa do Consolador: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).

Conquanto já vivessem eles como apóstolos e discípulos de Jesus, não haviam sido avivados, pelo Espírito Santo, como Igreja de Cristo. Isso só haveria de acontecer no Dia de Pentecostes, em Jerusalém, conforme o relato de Lucas, no capítulo dois de Atos.

O reavivamento, por seu turno, concerne à igreja que, em consequência de seus pecados e iniquidades, morreu organicamente e, agora, já começa a falecer como organização. Haja vista o ocorrido com a congregação de Sardes, a qual o Senhor Jesus endereça uma carta sobrecarregada de urgências: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (Ap 3.1,2, ARA).

Essa igreja, sim, necessitava urgentemente de um reavivamento espiritual, porque sobrevivia apenas no âmbito material. O que a tornava visível era a sua burocracia, membresia e clero.

Na morte de uma igreja, desaparece o ministério e surge o clero; os membros do corpo de Cristo fazem-se logo membresia e clientela; o que era obrigação espiritual desponta, agora, como burocracia pesada e custosa; o que era esperança cristã transforma-se numa mera agenda social e política. Uma igreja, nessas condições, precisa, sim, de um urgente reavivamento.

Portanto, o avivamento coube à Igreja Cristã que, no dia de Pentecostes, passou a viver na força e no poder do Espírito Santo. Ela foi avivada e não reavivada, pois não estava morta; apenas não havia nascido. Quanto ao reavivamento, cabe a igrejas e congregações como a de Sardes que, apesar de já terem experimentado a vida em Cristo, deixaram-se morrer espiritual e ministerialmente. Tais rebanhos carecem de um reavivamento poderoso, para que voltem à vida. Caso contrário, morrerão; logo estarão a cheirar mal.

Embora haja diferenças entre os termos “avivamento” e “reavivamento” podemos, teologicamente, usar um pelo outro, a fim de descrever o movimento do Espírito Santo numa igreja local, objetivando levá-la a experimentar novamente a vida que somente Jesus Cristo pode nos dar.

Portanto, o avivamento ou reavivamento, é a operação sobrenatural do Espírito Santo, na Igreja de Cristo, cujo principal objetivo é reconduzi-la à sua condição primordial de corpo espiritual do Filho de Deus. Essa ação do Espírito Santo só é possível por intermédio destes fatores: retorno à Palavra de Deus, à oração, à santidade, à comunhão e ao serviço cristão.

2. O retorno à Palavra de Deus.

Certa tarde, quando me encontrava internado num hospital do Rio de Janeiro, recebi a visita de um enfermeiro que, fugindo à rotina, me narrou suas dificuldades num seminário já bem tradicional e histórico. Em sua primeira aula, disse-me ele, foi seriamente advertido por um professor: “Aqui, neste seminário, não perderemos tempo com a leitura da Bíblia nem com oração; aqui só há lugar para uma coisa: o estudo da teologia”. Até agora não entendi como é possível estudar teologia evangélica sem as Sagradas Escrituras.

De um seminário como esse, não se deve esperar avivamento nem reavivamento. Infelizmente, o que antes era casa de profeta, agora é albergue de hereges, ativistas sociais e seguidores de Balaão. Aproveitando o ensejo, recomendo aos pastores que mantenham seus institutos bíblicos e faculdades teológicas sob a tutela do santo ministério. Isso porque, a teologia, para ser boa e inútil, tem de ser produzida no âmbito da Igreja Cristã, conforme lemos nos primeiros versículos de Atos capítulo 13. Se assim agirmos, o avivamento não será apenas desejável, como também possível e contínuo.

Se não voltarmos urgentemente à Palavra de Deus não haverá qualquer esperança para o Movimento Pentecostal no Brasil. Sem o percebermos, fomos substituindo a pregação e o ensino da Palavra de Deus por extravagâncias: coreografia, teatro, cinema, shows, misticismos e outras tralhas e modismos. Enquanto isso, aos sermões, às doutrinas, aos estudos bíblicos e às abençoadas escolas de obreiros reservamos um tempo sem tempo; os cantinhos das agendas.

É ora de alguém, como Hilquias, aparecer em nossos arraiais com esta notícia: “Achei o Livro da Lei na Casa do SENHOR” (2 Cr 34.15). O que me espanta, nessa história, é o fato de a Palavra do Senhor ter-se perdido justamente na Casa do Senhor. Se no palácio real, seria compreensível; os documentos eram muitos. E se na intendência, seria não somente compreensível, mas também desculpável; a burocracia faz perder qualquer coisa. Mas, na Casa do Senhor, onde a Palavra do Senhor deve ocupar sempre o primeiro lugar, não podemos nem compreender nem desculpar. Que a Bíblia Sagrada esteja sempre em primeiro lugar tanto no templo como no santuário de nossos corações. Nela, o avivamento é possível.

3. O retorno à oração.

Não posso esquecer-me dos abençoados cultos de oração na Assembleia de Deus em São Bernardo do Campo, SP. Ali, todas às quartas-feiras, reuníamo-nos a buscar ao Senhor. Das 19h30 às 21 horas, permanecíamos ajoelhados a clamar pelos mais difíceis e complicados motivos; a resposta era certa. O interessante é que, passados mais de 40 anos, aquela querida igreja continua avivada; não perdeu a flama do Cenáculo; sua identidade pentecostal acha-se inalterada.
Nada substitui a oração.
Hoje, porém, buscamos substituí-la por fórmulas mágicas e alienígenas. Supomos que o nosso déficit de oração pode ter como sucedâneo uma palestra motivacional, uma seção de psicanálise, uma semana no spa, uma mês na Europa ou uma vida toda a justificar nossos fracassos e quedas espirituais.
O que dizer daqueles que substituíram o Espírito Santo por um guru ou por uma pitonisa?
Busquemos ao Senhor enquanto é tempo. Se não voltarmos à oração e ao jejum não sobreviveremos aos dias ruins, trabalhosos e sobrecarregados que se escondem nas agendas e calendários eclesiásticos. Voltemo-nos sem tardança à resposta do Senhor a Salomão na inauguração do Santo Templo:

Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Cr 7.13, 14, ARA)

Que os céus, sob muitas igrejas, já foram cerrados, não há dúvida; ei-las secas e estéreis. Que os gafanhotos já consomem vinhas e oliveiras, dantes tão produtivas, ninguém pode esconder; é algo visível e de partir o coração. E que a peste do pecado e da iniquidade espalha-se entre os santos é um fato mais que testemunhal; nunca se viu tanto joio em meio ao trigo.

Se a situação é tão calamitosa, o que fazer? A resposta vem do próprio Senhor: humilhação, oração e conversão. É urgente buscar a face de Deus.

4. O retorno à santidade.

Às vezes, orgulhamo-nos de ser a maior igreja evangélica da América Latina. De acordo com alguns censos, já superamos a casa dos 10 milhões de membros. E, de conformidade com outros, temos em torno de vinte milhões de fiéis do Amapá ao Rio Grande do Sul. Uma nação dentro da nação. Uma cifra que supera a demografia de muitos países do mundo. Mas, aqui, não devo discutir números ou censos; isso não seria nada sensato. O que busco discutir, nessas linhas que me restam, é a qualidade de toda essa quantidade.

Será que temos sido realmente santos como requer a Palavra de Deus? O Deus da Palavra ainda está a exigir de cada um de seus filhos: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo.” (Lv 19.22). Perante essa reivindicação divina, não nos resta alternativa a não ser buscar a santidade e viver em santificação diante de Deus e dos homens. Sejamos santos na Igreja de Cristo e no mundo que tem por príncipe ao Diabo; no lar, entre o cônjuge e os filhos, e nas ruas e logradouros entre desconhecidos que anseiam por conhecer o Evangelho.

Querido pastor, não permita que seus jovens precipitem-se no inferno. Doutrine-os, na Palavra de Deus, a fugir da prostituição. Deixe-lhes bem claro que o sexo, antes e fora do casamento, é pecado. Quanto a você, dê-lhes um exemplo de gravidade e pureza; fuja aos encontros equívocos com outras mulheres. Ensine às esposas e aos maridos a beleza da fidelidade; desestimule separações e divórcios. Realce o valor do culto doméstico e da Escola Dominical.

Exorte o rebanho a vestir-se com decência, recato e ordem. Por que roupas sensuais? Por que vestes que espelham a ideologia de gênero? Que os homens vistam-se como homens, e que as mulheres trajem-se como mulheres. Por que tatuagens e marcas a desmerecer o nosso corpo? Somos o templo do Espírito Santo?

Devido a demandas financeiras, alguns pastores e dirigentes de congregações se quer ousam exortar um dizimista adúltero ou uma ofertante corrupta. Já imaginou apresentar o próximo relatório sem o dízimo daquele homem e sem a oferta desta mulher? Sob essa pressão, alguns aceitam até oferendas de sodomitas e meretrizes.

Querido obreiro, não se enverede por esse caminho. Quem nos faz prosperar é o Senhor; fujamos aos produtos de roubos e furtos. Nada de dinheiro lavado na casa do tesouro; perante Deus estará sempre sujo. Antes, recolha com amor e carinho a contribuição da viúva pobre. Se você agir dessa forma, tanto ela quanto você serão abençoados.

Na luta pela santidade, ressoa-nos a exortação do autor da Epístola aos Hebreus: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

5. O valor da comunhão cristã.

Ao encerrar a segunda carta aos irmãos de Corinto, uma igreja que tinha sérias dificuldades quanto à comunhão cristã, o apóstolo deixa-lhes esta doce e maravilhosa bênção: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Co 13.13, ARA).

A comunhão que, na Terra, nos mantém unidos ao Céu, é mantida pelo Espírito Santo. Horizontalmente, faz com que todos os santos sintam-se e comportem-se como irmãos; verticalmente, leva todos os santos, agora irmãos amados, a regozijarem-se e a conduzirem-se como filhos do Pai Celeste.

Se às ovelhas é recomendado viver a comunhão cristã em sua plenitude, o que esperar dos pastores? Deveríamos nós, obreiros de Cristo, ser modelares quanto à paz, à concórdia e à cooperação; menos do que isso é inaceitável.

Mas, às vezes, comportamo-nos como os pastores de Abraão e de Ló. Enquanto as ovelhas compartilhavam os pastos que já não tinham, os pastores não conseguiam enxergar a amplidão que os espreitava quer à direita, quer à esquerda. Por que brigar por um posto no ministério? Se é Jesus Cristo quem dá obreiros à Igreja, tenhamos paciência; no momento certo, seremos dados pelo Sumo Pastor ao rebanho certo. Por que altercar-se pela presidência de um ministério ou de uma convenção? Comporte-se como homem de Deus. O primeiro lugar nem sempre é conveniente. Às vezes, é a ruína de nossa alma. Portanto, não se agaste. Se entregue à Obra de Deus, mas não deixe de prostrar-se ao Deus da obra. Lembremo-nos de que seguir a paz com todos é um dos requisitos para se entrar no Céu. Eu quero ver o Senhor.

6. O serviço cristão.

O verdadeiro avivamento espiritual implica também na retomada do serviço cristão. Assim se deu com os pais-fundadores do Movimento Pentecostal. Tão logo foram batizados no Espírito Santo saíram a evangelizar e a fazer missões. Aliás, não há como desassociar o pentecostalismo da obra missionária; acham-se intimamente unidos.

Portanto, nós, que já passamos pelo Calvário, não deixemos de entrar no Cenáculo. Avivando-nos, o Senhor quer levar-nos aos confins da Terra. Confiemos no seu querer. Sim, Jesus, que rogou ao Pai que nos enviasse o Consolador, é a nossa Páscoa.

II. PENTECOSTES, A FESTA DAS PRIMÍCIAS

Se o Senhor Jesus Cristo não tivesse sido imolado como o nosso Cordeiro Pascal, aquele dia de Pentecostes, em Jerusalém, não teria qualquer sentido. Todavia, a Páscoa de Cristo tornou real o Pentecostes do Espírito.

1. Cristo, o Cordeiro Pascal.

O Senhor Jesus foi crucificado durante a Páscoa (Mt 26.2). Mas, ao terceiro dia, eis que Ele ressurgiu de entre os mortos, recebendo toda a autoridade nos céus e na terra (Mt 28.1-8). Jesus foi feito as primícias dos que dormem, por ser Ele mesmo a ressurreição e a vida (Jo 11.25; 1 Co 15.20-23). Em seguida, fez menção da grande colheita que haveria por intermédio da descida do Espírito Santo (Jo 1.8). Que os discípulos, pois, esperassem a chegada do Consolador (Lc 24.4).

O batismo com o Espírito Santo é o requisito inicial e básico para a consagração de um obreiro ao ministério da Palavra. Por que fazer atalhos para que este ou aquele seja guindado ao ofício sagrado? Vejamos se os candidatos foram ou não chamados por Deus. Foram agraciados com algum dom ministerial? O princípio de Atos 13 ainda continua a vigorar. Apenas Jesus Cristo, o Sumo Pastor, pode dar os homens certos à Igreja. Quanto a nós, sigamos os preceitos de Efésios 4.11-14. Não imponhamos as mãos precipitadamente sobre quem quer que seja, a fim de não separarmos um diabo que, mais adiante, nos destruirá o reganho do Senhor. A responsabilidade será nossa. Prove cada um de seus candidatos antes de sua aprovação final.

2. O Pentecostes do Espírito Santo.

Passados cinquenta dias, desde a morte de Cristo, ocorrida na Páscoa, eis que os discípulos recebem o Consolador em pleno dia de Pentecostes (At 2.1-4). Cheios do Espírito Santo, falaram noutras línguas, enunciando, aos peregrinos que visitavam Jerusalém, as grandezas de Deus (At 2.7-11).

3. As primícias da Igreja Cristã.

Nesse momento, levanta-se Pedro com os demais apóstolos, e proclama o Evangelho de Cristo. E, como resultado de sua mensagem, quase três mil pessoas converteram-se (At 2.41). As primícias da Igreja Primitiva são apresentadas a Deus Pai.

CONCLUSÃO

Afirmou o evangelista norte-americano Stanley Jones (1884-1973): “A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente no Pentecostes”.

Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. O que isso significa? Duas são as experiências indispensáveis ao discípulo de Jesus. Além da salvação, o batismo com o Espírito Santo. Então, revestidos de poder, apresentaremos ao Senhor as primícias de nosso amor e serviços: preciosas almas.

Por intermédio do Evangelho Completo, podemos reviver a experiência da Igreja Primitiva, que apregoava ousada e livremente que Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em breve, virá buscar-nos. Aviva, Senhor a tua obra.

Irmãos, orai por mim.

Fonte:
Livro de Apoio – Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Claudionor de Andrade
Lições Bíblicas 3º Trim.2018 - Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Comentarista: Claudionor de Andrade
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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Deus continua realizando milagres

“E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos [...]” (At 5.12a)

“[...] Sempre que o livro de Atos usa a expressão ‘sinais e maravilhas’ há referência a uma grande abundância de milagres feitos por aqueles que pregavam a Jesus. Quem se atarefa no ministério de sinais e maravilhas em Atos? Lucas diz-nos por duas vezes que os apóstolos faziam ‘muitos sinais e maravilhas’ (At 2.43 e 5.12). Quando ele nos ilustra os milagres apostólicos, limita-se a mostrar-nos os sinais operados através de Pedro e Paulo. A exceção são as maravilhas que aconteciam mediante Estevão e Filipe.

Por que Lucas escolheu dois apóstolos e dois não-apóstolos para ilustrar o ministério dos sinais e maravilhas? Sem dúvida havia muitas histórias de milagres efetuados pelos outros apóstolos. Lucas, porém, as deixou de lado por não se ajustarem aos seus propósitos. Se fosse realmente seu objetivo ensinar-nos que o ministério dos sinais fosse distintamente apostólico, não teria ele dado mais atenção aos milagres dos demais membros do colégio apostólico? E, além do mais, teria suprimido as histórias de Estevão e Filipe. Se, como afirmam [Benjamin Breckrenridge] Warfield e seus descendentes teológicos, o propósito primário dos sinais e das maravilhas era autenticar os apóstolos, então por que Estevão e Filipe também os operaram?” (DEERE, Jack. Surpreendido pelo Poder do Espírito. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1995, pp.222,223).

Conforme prometido pelo Senhor Jesus Cristo, os sinais realizados por Ele foram também efetuados pelos apóstolos e tal igualmente deve ser uma realidade entre a igreja nos dias de hoje.

Chegamos ao final de mais um trimestre. O que alcançamos, quais objetivos atingimos? É comum e até mesmo salutar que façamos tais perguntas. Este trimestre, devido à sua temática, teve várias reflexões práticas, pois atualmente vivemos dois extremos no cristianismo: numa ponta do espectro temos uma completa extinção do sobrenatural e na outra uma banalização do sobrenatural. Ambas as posições são equivocadas, pois a espiritualidade sadia não coaduna com nenhum desses exageros. O primeiro descamba para o formalismo e o segundo para o fanatismo. Você certamente se recorda do propósito firmado na primeira aula desse trimestre, quando foi estabelecido o período de cinco minutos de oração intercessória. Certamente, alguns alunos já podem ter algum testemunho para contar. Oportunize neste momento que tais alunos se expressem e contem o que o Senhor realizou como resposta das orações.

Texto Bíblico - Marcos 16.15-20

INTRODUÇÃO

Após ter estudado alguns dos 35 milagres que os Evangelhos relatam que foram realizados pelo Senhor Jesus, cabe agora analisar o papel da igreja, a comunidade de discípulos que foi chamada a dar continuidade à obra do Mestre (Mt 28.19,20). Se conforme o texto de Hebreus 13.8, “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”, algumas perguntas são inevitáveis:

Por que, em alguns locais, os milagres parecem ter desaparecido?

Existe alguma relação entre avanço científico, ascensão social e escassez de milagres, por exemplo?

Qual tipo de mensagem tem sido pregada nos locais onde os milagres estão cada vez mais raros?

Estas e muitas outras indagações são necessárias e pertinentes quando se trata de analisar a questão dos milagres e sua escassez, bem como também atualidade hodiernamente.

I. A CONTINUIDADE DA MISSÃO DE JESUS CRISTO PELA IGREJA

1. A Grande Comissão.

É tradicionalmente conhecida como “Grande Comissão” a tarefa dada pelo Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos e, por extensão, a toda a Igreja, a comunidade de fiéis que foi chamada para fora e que igualmente recebeu tal incumbência, qual seja, pregar, discipular e batizar (vv.15b,16 cf. Mt 28.19,20; Lc 24.47; Jo 20.21). Conquanto amplamente estudada, divulgada e conhecida, nunca é demais relembrar que a razão de ser da Igreja é justamente esta. Ao se anular ou suprimir tal missão, desfaz-se a imprescindibilidade da Igreja.

2. Um elenco ou exemplos de sinais?

Além da Grande Comissão, o Senhor falou acerca dos sinais, que acompanharão aos que crerem (vv.17b,18). Longe de ser um elenco de sinais o que restringiria a livre atuação divina, estes são, certamente, exemplos de milagres que aconteceriam, mas obviamente que não se circunscreve a estes, pois se assim fosse, os apóstolos não teriam, por exemplo, ordenado que pessoas falecidas voltassem a viver (At 9.36-42; 20.7-12). Lamentavelmente, ouve-se dizer de verdadeiras imprudências cometidas por conta de distorções interpretativas, mas o fato é que devidamente entendido e aplicado, não há nenhum problema com o que diz o texto a respeito de “pegar” em serpentes, pois ainda em Atos 28.1-6 vemos um episódio envolvendo a questão. A alusão ao falar em “novas línguas”, símbolo do Pentecostes de Atos 2, também pode ser visto ainda nos momentos iniciais da Igreja do primeiro século. Aliás, as línguas estranhas são tão atuais hoje como ontem.

3. A ascensão do Senhor e a cooperação divina.

Os últimos dois versículos resumem de forma brilhante os momentos finais dos seguidores do Senhor (v.19) e também os “atos dos apóstolos”, pois diz que “tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram” (v.20). É curiosa a maneira sumária e resumida como o texto limita-se a dizer o quão veraz foram as palavras do Mestre. Na realidade, ao obedecer a ordem de pregar “por todas as partes”, os discípulos receberam a contrapartida divina, ou seja, sua cooperação naquilo que, obviamente, não poderia ser realizado pelo ser humano. Tal exemplo sinaliza um padrão que deve ser observado, posto que a Grande Comissão preceitua justamente a obrigatoriedade de se pregar o Evangelho por todo o mundo e fazer discípulos. Uma vez observado tal método, certamente haverá cumprimento da parte do Senhor naquilo que lhe cabe.


II. FATORES IMPEDITIVOS DOS MILAGRES

1. A Escritura como padrão normativo.

Mesmo não sendo os destinatários originais do Evangelho de Marcos e de nenhum outro texto bíblico, é entendimento corrente que, como Palavra de Deus, a Bíblia é nossa regra de fé e prática (2Tm 3.16,17). Portanto, a ordem de Jesus Cristo, transmitida de forma original e pessoalmente, é extensiva a todos nós, discípulos atuais (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47; Jo 20.21). A partir desse entendimento, torna-se imprescindível verificar, na Escritura, o que é apresentado nas primeiras experiências dos discípulos do Senhor e na Igreja do primeiro século para delas extrair a práxis para a igreja atual. Neste tópico, a partir de tais exemplos, vamos examinar o que deve ser evitado.

2. Falta de fé, ausência de disciplina e dedicação espirituais.

Um único episódio envolvendo os discípulos do Senhor ilustra o ponto do problema com a falta de fé, além da ausência de disciplina e dedicação espirituais. A narrativa encontra-se no Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (17.14-21) e relata que o Senhor, juntamente com três de seus discípulos, Pedro, Tiago e João, desceram do monte em que ocorrera a transfiguração, e encontraram os demais junto à multidão. Um homem desesperado havia solicitado aos nove discípulos que expulsassem o demônio de seu filho; eles, porém, diz o texto paralelo, “disputavam” com alguns escribas (Mc 9.14). O Mestre, visivelmente desapontado, pede que tragam o menino até Ele, repreende o demônio “e, desde aquela hora, o menino sarou”. De forma particular, os discípulos quiseram saber o porquê de não terem conseguido expulsar o demônio, e Jesus então lhes disse que foi por “causa da pequena fé”.

O curioso é que o Senhor observou que se eles tivessem “fé como um grão de mostarda [...] nada vos será impossível”. Portanto, considerando a dimensão de uma semente de mostarda, a expressão eufemística do Senhor ao referir-se à “pequena fé” dos discípulos significava que eles não tinham fé alguma, pois se a tivessem como um pequeno grão de mostarda seria suficiente. Jesus ainda acrescentou que aquela “casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. Quem ora e jejua, via de regra, mortifica o seu eu e desenvolve um relacionamento mais íntimo com o Senhor. Note, entretanto, que quando o Mestre chega encontra os discípulos “disputando” com os escribas.

3. Falta de compromisso e de relacionamento com o Senhor.

Lucas relata um caso instrutivo acerca de fatores que impedem a ocorrência de milagres. Em Atos 19.13-17, o médico amado narra o episódio em que sete exorcistas judeus, “filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes” gente que, do ponto de vista religioso, tinha “sangue azul”, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega”. Em tom irônico, Lucas afirma que o “espírito maligno disse: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?”, e que, após dizer isso, o homem endemoninhado surrou-os “de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa”. Tal episódio se passou em Éfeso durante a terceira viagem missionária do apóstolo dos gentios e o caso foi tão notório, que impressionou a todos os que residiam naquela importante cidade grega: “tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido”. Tal exemplo denota que o nome de Jesus não pode ser utilizado de forma descompromissada, pois se não houver relacionamento com o Senhor, nenhuma garantia há de que funcionará invocar o seu nome. Por outro lado, o evangelista Marcos fala de um homem que expulsava demônios em nome do Senhor Jesus, mas foi repreendido pelos discípulos. O Mestre, porém, os chamou a atenção para que não proibissem, pois certamente esse homem, apesar de não ser um dos apóstolos, era alguém que cria em Jesus e por isso Deus era com ele (Mc 9.38-40).

CONCLUSÃO

A tendência ao comodismo institucional não é algo típico dos tempos modernos. Ainda nos dias da Igreja do primeiro século, o grupo tornou-se estacionário e não queria cumprir àquilo que fora chamado a realizar. Lucas informa que Deus permitira uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém, de forma que todos foram dispersos pelas terras da Judeia e Samaria e nesta dispersão eles “iam por toda parte anunciando a palavra” tal como dissera o Senhor que deveria ser feito (At 8.1-3 cf. 1.8). Quem sabe não é exatamente isto que está faltando à igreja hoje?

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 3º Trimestre de 2018 - Título: Milagres de Jesus — A fé realizando o impossível - César Moisés Carvalho
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

As orações dos santos no altar de ouro

“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos ajudados em tempo oportuno” Hb 4.16

As orações dos santos no altar de ouro

Na lição desta semana, analisaremos o incenso como uma atividade de adoração ao Senhor. Este ato remonta à ideia de oração, súplicas e ação de graças ao Senhor.

O lugar santíssimo

O altar do incenso ficava entre o lugar santo e o lugar santíssimo (Santo dos santos). Note que sua localização representa uma transição de um lugar para outro em que se daria de frente com a Arca da Aliança, o símbolo da presença de Deus. Logo, o incenso apresentado pelos sacerdotes tinha a ver com a presença de Deus e sua santidade.

As orações dos santos

O incenso traz à memória às orações dos santos de todos os tempos. Uma vida de oração é sobrevivência espiritual. Por isso, nosso Senhor deixou um modelo perfeito de súplica pelo qual devemos nos achegar a Deus (Mt 6.9-13). Assim, necessitamos falar com o Altíssimo no sentido do que Jesus nos ensinou.

Precisamos está ligado ao trono da graça de Deus por meio da oração, um incenso suave ao Senhor. Busque-o de todo o seu coração e com toda a sua força!

Leitura Bíblica -  Levítico 16.12,13;  Apocalipse 5.6-10

A oração, qual incenso precioso, é a maior oferenda que podemos apresentar ao Pai Celeste, através do Senhor Jesus, com a ajuda do Espírito Santo.


O LUGAR SANTÍSSIMO

Para se oferecer o incenso ao Senhor, três coisas eram necessárias: o lugar, o altar e a cerimônia. Apenas o sumo sacerdote estava autorizado a conduzir esse ato de adoração.

1. O Lugar Santo.
No Lugar Santo, ficavam três mobílias: o candelabro, à esquerda de quem entrava; a mesa dos pães da proposição, à direita; e, no limiar, entre o Lugar Santo e o Santíssimo, bem em frente ao véu que os separava, estava o altar do incenso (Êx 26.35).

Há algo muito importante que devemos considerar. Embora o altar de incenso estivesse no Lugar Santo, era considerado também parte da mobília do Santo dos Santos juntamente com a arca da aliança (Hb 9.1-10).

2. O altar do incenso.
Feito de madeira de acácia, o altar de incenso era revestido de ouro, sendo estas as suas medidas: um côvado de comprimento, um de largura e dois de altura (Êx 30.1-10; 37.25-28). Os seus ornatos compunham-se de quatro chifres, bordas, quatro argolas e dois varais; tudo revestido de fino ouro.

3. A composição do incenso.
O incenso destinado ao altar de ouro não podia ser usado indistintamente; era de uso exclusivo do Senhor (Êx 30.38). Esta era a sua composição: estoraque, ônica e gálbano (Êx 30.34-36). A receita do perfume não constituía nenhum segredo. Todavia, se alguém o reproduzisse para uso profano seria punido severamente.

4. A cerimônia.
O incenso só podia ser queimado com as brasas do altar de bronze (Lv 16.12). E, já de posse destas, o sacerdote aproximava-se do altar de ouro para queimar o incenso no altar de ouro. Dessa forma, a nuvem do incenso cobria o propiciatório, mostrando à Casa de Israel o favor divino (Lv 16.13).

Observemos que, antes de achegar-se ao altar de ouro, o sacerdote tinha de passar, necessariamente, pelo altar de bronze. Isso significa que, sem o sangue de Cristo, jamais teremos acesso ao trono da graça (Hb 9.12).


No Apocalipse, a oração dos santos aparece como o mais precioso dos incensos. Subindo aos Céus, recende o clamor dos santos; descendo à Terra, exala julgamentos e punições. Dessa imagem, concluímos que o poder da oração, quando feita de acordo com a vontade de Deus, é ilimitado; vai além da eternidade.

Sendo a Igreja de Cristo a comunidade de clamor e intercessão por excelência, não pode ela, sob hipótese alguma, esquecer-se de sua obrigação básica: clamar e interceder; preciosíssimo incenso. De nossos rogos, dependem a sociedade e a nação. Ainda que estas se achem indiferentes às coisas divinas, imploremos a Deus que intervenha nos assuntos e negócios humanos. Se o fizermos, Ele intervirá como tem intervindo seja na biografia do homem mais humilde, seja na história do reino mais exaltado e poderoso.

Sem um retorno imediato à Palavra de Deus e à oração, jamais experimentaremos o avivamento de que tanto precisamos. Se lermos a Bíblia piedosamente e se nos curvarmos em orações e súplicas, o Espírito Santo jamais deixará de mover-se poderosamente entre nós. Acheguemo-nos ao trono da graça; ofereçamos ao Pai, por meio do Consolador, o incenso de nossos rogos, petições e clamores.

Neste capítulo, mostraremos que, na História Sagrada, oração e incenso são inseparáveis. Oremos sem cessar. E o mundo sentirá, em nós, o bom cheiro de Cristo. Na presença do Senhor, assemelhamo-nos ao turíbulo de Arão; incensamos os Céus e a Terra.

A TEOLOGIA DA ORAÇÃO

Existe, sim, uma teologia da oração. Ela permeia toda a Bíblia; vai do Gênesis ao Apocalipse. Encontra-se na boca dos profetas, nos lábios dos apóstolos e na alma do próprio Cristo. Neste tópico, apesar da exiguidade do espaço de que dispomos, faremos um pequeno esboço dessa teologia, que, embora desconhecida, é preciosa; imprescindível.

1. A oração, a voz da alma.

A palavra “oração”, proveniente do vocábulo latino orationem, comporta ricos enunciados à nossa vida espiritual. Num primeiro momento, pode ser compreendida como a súplica que o peregrino, assediado por ânsias e almejos, endereça ao Pai Celeste. Nesse sentido, a oração é rogo, pedido e prece.

Num segundo momento, a oração pode ser vista como a petição que esse mesmo peregrino, agora já não preocupado consigo, faz em favor do companheiro que desmaia na jornada à Jerusalém Celestial; intercessão amorosa.

Recorramos ao idioma do Antigo Testamento, para vermos como a palavra “oração” foi usada pelo cantor-mor de Israel. No quarto salmo do saltério hebreu, Davi roga ao Senhor num momento de grande e inesperada angústia:

“Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4.1, ARA).

O termo utilizado pelo autor sagrado, em sua prece, é o que melhor descreve a atitude do homem que, exilado no mundo, busca a face de Deus. O vocábulo hebraico tephillah significa oração, súplica, intercessão e hino. Este último significado encerra muita beleza. Até este momento, humildemente confesso, eu ainda não tinha olhado a oração como um hino que, na angústia, entoamos a Deus. Bem cantou o poeta sacro:

“Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação, e do céu, as mais lindas melodias, se ouviram na escuridão”.

Sim, querido leitor, a oração é poesia e hino.

Já imaginou se nos fosse possível registrar todas as orações que chegam ao Pai Celeste num só dia? Quantas obras-primas, partidas do mais fundo da alma, não teríamos. Aqui, uma prece em português; cântico mais alto que o de Camões. Ali, uma oração em italiano; poesia mais sublime que a de Dante. Mais além, uma petição em língua alemã; verso mais belo que o de Goethe. Na Rússia, uma intercessão que supera a maravilhosa prosa de Tolstói. Já na China, apesar de todos os empecilhos do regime comunista, ouviríamos confissões que superam a sinceridade de Confúcio e a força de Lao-Tsé.

Entremos a examinar, agora, a língua na qual foi escrito o Novo Testamento. No capítulo cinco de Apocalipse, assistimos à instalação da corte celestial, reunida solenemente para a abertura do livro que, seguro na destra de Deus, encontrava-se sob o poder de sete selos. Quando Jesus, ali identificado como o Leão de Judá, tomou o livro das mãos do Todo Poderoso, algo ocorreu entre os moradores do Céu, conforme a narrativa de João, o Teólogo:

Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono; e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Ap 5.7,8, ARA)

Analisemos a palavra grega, usada nessa passagem, para o substantivo “oração”. Nesse caso, como em outros do Novo Testamento, o autor sagrado utiliza o termo proseuchê ; em sua essência, em nada difere do tephillah hebreu. Além de seu primordial significado, lembra o próprio lugar da oração. Em português, possuímos também um vocábulo para designar o local consagrado aos rogos e petições: o oratório. Entre nós, evangélicos, o termo é quase desconhecido. Mas, na igreja católica, é bastante comum; descreve as capelinhas e nichos destinados às rezas e veneração de imagens.

No deslinde do vocábulo proseuchê, deveríamos ver, além da preocupação linguística, o chamamento ao lugar das preces e das intercessões, conforme exorta-nos o Senhor Jesus:

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.8, ARA).

Que em cada domicílio evangélico, haja uma capela de oração; nosso quarto. Nesse aposento tão reservado e querido, no qual descansamos e reavemos as forças, depositemo-nos diariamente aos cuidados divinos. Antes de dormirmos e depois de acordamos, conversemos com o Pai; confessemos-lhe as faltas e as transgressões; narremos-lhe o nosso cotidiano; abramos-lhe a alma. Daí, sairemos renovados para mais uma jornada, não de lutas e entreveros, mas de vitórias e triunfos.

2. A teologia da oração.

Nos parágrafos anteriores, pusemos-nos a descrever a oração, e não propriamente a defini-la. Como a teologia não pode nem deve prescindir de conceitos e exposições, buscaremos, agora, definir a oração. A partir desta definição, ser-nos-á possível ver a oração não mais como um dever enfadonho, mas como o maior deleite da alma.

A oração é o diálogo que o crente, capacitado pelos méritos de Jesus Cristo e por meio da ação intercessora do Espírito Santo, mantém com o Único e Verdadeiro Deus. Conquanto pareça monólogo, a oração é de fato um diálogo; comprovado e doce diálogo. Num salmo, por exemplo, temos a impressão de que a fala é apenas de Davi; a voz, a dicção e o estilo são indiscutivelmente dele. Todavia, nas entrelinhas do cântico, vemos o Senhor a responder-lhe por intermédio dessa mesma voz, dessa mesma dicção e desse mesmo estilo.

Trata-se, pois, de um monólogo dialogável. Outro exemplo do diálogo orante temo-lo na oração sacerdotal de Nosso Senhor. Na agonia da hora que se aproximava, Jesus desfaz-se em rogos e intercessões; somente Ele fala. Mas, se é diálogo, onde esta a voz de Deus? O Senhor, sendo a própria sabedoria, nem sempre se apressa a responder-nos. Às vezes, sua resposta é imediata; o momento requer urgência. Outras vezes, só vem a responder-nos após algumas gerações. O que lhe pedimos, hoje, será respondido, amanhã, aos nossos filhos e tataranetos.

Que a oração tem de ser espontânea, ninguém o nega. No entanto, ela requer racionalidade, método, palavras adequadas, constância, fé e piedade. Não há de ser um discurso aleatório, palavroso e vazio. Se é dirigida a Deus, demanda zelo e temor em sua composição. Eis porque, nas Sagradas Escrituras, o orar é visto como o antítipo mais perfeito do incenso. No fabrico deste, não basta jogar num frasco, ao acaso, as mais caras essências e substâncias. É necessário selecioná-las e dosá-las para que, dessa mesclagem, saia um aroma agradável não um cheiro sufocante. Sendo assim, como deve ser a nossa oração? Atentemos a algumas de suas partes.

Antes de tudo, dirijamo-nos a Deus, exaltando-o como o Criador e Senhor de todas as coisas. Reconhecendo-o de forma mais teológica que litúrgica, descansemos; nossas petições serão respondidas de acordo com a sua vontade. Não oravam assim Davi e Paulo?

Em segundo lugar, agradeçamos-lhe já por todos os bens recebidos. Antes da petição, a gratidão piedosa. No simples ato de agradecer, já selamos os rogos. No Salmo 103, o cantor sagrado eleva-se, aos Céus, em ações de graças por todos os benefícios de Jeová.

Na estação seguinte, confessemos ao Pai Celeste os pecados, faltas e transgressões. Não os citemos por atacado; varejemo-los; que nenhum seja omitido. Até mesmo as iniquidades mais feias e vergonhosas devem mencionadas pelo nome; se não houver um nome, que o seja pelo apelido.

Se você pensa que já é chegado o momento das petições, engana-se. Contenha as ansiedades. Esqueça-se de suas necessidades e carências; elas, pela fé, já não existem. Concentre-se nas carências e necessidades dos outros; altruísmo santo e bíblico. Ore pelo que o ofendeu; abençoe-o. Rogue por seu inimigo; ofereça-lhe amizade; não se limite a um armistício. Interceda por aqueles que o ignoram; faça-os conhecidos diante de Deus. Não deixe de lembrar-se dos enfermos, atribulados e angustiados. E, para que ninguém seja excluído de suas intercessões, faça uma lista; escreva cada nome e leia-os diante de Deus.

Agora, sim, faça as suas petições. Liste-as. Seja específico; descreva-as. Mas, via de regra, quando intercedemos pelos outros, o Senhor Jesus supre, em glória, todas as nossas precisões. Não foi o que ocorreu a Jó quando orava por seus molestos amigos? Naquele momento, seu cativeiro foi prontamente removido.

No encerramento de sua oração, dê continuidade à sua vida orante. Seus joelhos já não se acham dobrados. Mesmo assim, mantenha-se prostrado diante do Pai. Saia de seu quarto, mas prossiga a entrar, a cada instante, na presença de Deus.

3. O orador e o orante.

Na parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano, que foram ao Santo Templo, em Jerusalém, para orar, distinguimos no primeiro, o orador; e, no segundo, o orante. Nessa singela, mas belíssima narrativa, somos constrangidos a reconhecer que, nalguns momentos, cruzamos os limites entre a oração e a oratória. Leiamos a parábola de Jesus:

Dois homens foram ao templo para orar: um era fariseu e o outro era publicano. O fariseu ficou em pé e orava de si para si mesmo, desta forma: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. (Lc 18.10-14, ARA)

Foquemos inicialmente a figura orgulhosa, altiva e arrogante do fariseu. Não obstante estar na Casa de Deus, não se humilha; exalta-se como objeto do próprio culto. É difícil ver, em suas palavras, um judeu religioso; em sua arenga, vê-se um orador grego, que, dispensando uma introdução, faz logo a conclusão; justifica-se a si mesmo enumerando aparentes boas obras. Na verdade, ele não ora; faz oratória. Supõe que, de sua tribunazinha, é capaz de convencer até Deus.

Já o publicano, não tendo argumentos e não possuindo introdução alguma, limita-se a pronunciar uma oração de apenas sete minguadas palavras: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”. Garante o Senhor que este, e não aquele, retirou-se da presença de Deus justificado.

Se o primeiro é orador, o segundo é orante. Aquele brilha na oratória; este rebrilha na confissão.

Tal não é a nossa postura nas orações públicas? Nos grandes encontros, nem sempre temos oportunidade de exibir a nossa oratória. Mas, às vezes, chamam-nos a orar. Então, que na oração nos ostentemos como oradores. E, assim, rebuscando palavras e joeirando termos, oramos não a Deus, mas aos que, ali, nos ouvem. Não raro, aproveitamos a oportunidade para deixar um recado político, para firmar um posicionamento convencional e para amedrontar algum desafeto. Mas se somos, de fato, orantes, não precisamos de oração, nem de oratória para chegar à presença de Deus. Bastam as nove palavras do publicado, para que alcancemos o favor divino. Nossa prece, então, qual incenso precioso, chegará sem demora ao trono divino; manifestação da graça.

II. A SIMBOLOGIA DO INCENSO

Explicaremos, aqui, por que o incenso é tomado, na Bíblia Sagrada, como o símbolo máximo da oração. Veremos que, nas oferendas a Deus prescritas no Levítico, há uma belíssima teologia ascendente. Do holocausto, o primeiro dos sacrifícios, ao incenso do altar de ouro, a oferta derradeira e mais bela do Tabernáculo Santo, tudo quanto é apresentado ao Senhor sobe, porque Ele se acha assentado no alto e sublime trono. Mas encontra-se, também, na humildade e contrição do adorador fiel e sincero.

1. Homem, o ser que olha para cima.

A palavra “homem”, em grego, possui uma etimologia rica e significativa: aquele que olha para cima. Pelo menos é o que ensinam alguns filólogos. O termo anthropos, em si, já é um compêndio teológico. Tendo em vista essa predisposição da alma humana, o crente hebreu, em seu culto ao Senhor, buscava sempre uma oferta, seja animal seja vegetal, que, no altar sagrado, evolasse ao céu.

Tal descrição quadra-se muito bem ao holocausto e ao incenso; quando queimados, sobem; chegam às narinas divinas como aroma suave. Acredito que, de ambos, o incenso, como adiante veremos, é o mais representativo. Em primeiro lugar, porque só pode ser apresentado pelo adorador que já adorou no altar do holocausto; já redimido, tem condições agora de aproximar-se do altar de ouro.

2. Incenso, oração e prece.

A palavra latina “incenso” provém do vocábulo latino incensum, que, por sua vez, origina-se do verbo incendere, queimar. Ela descreve as substâncias queimadas em sacrifício.

Quimicamente, o incenso é o resultado de um composto de materiais aromáticos. Ao fogo, esses bióticos liberam fumaça perfumada. Os elementos do incenso são assim designados, porquanto são extraídos de seres vivos: as plantas.

A composição do incenso levítico, embora siga um processo comum, era destinada a um uso incomum: adorar a Deus. Ninguém, a não ser os ministros do altar, podiam usá-la; era algo sacratíssimo.

3. O uso religioso do incenso.

Acredita-se que o incenso começou a ser usado, para fins religiosos, no Egito dos Faraós. Importando preciosas resinas da Arábia, os sacerdotes de Heliópolis preparavam variados e finos incensos, para venerar os deuses e deusas que, prepotentes e vaidosos, requeriam adorações cada vez mais sofisticadas; tolas pretensões. O incenso era utilizado também nos templos gregos e romanos. Até na imemorial China tal prática era observada.

As igrejas católica e ortodoxa, cada uma com o seu próprio ritual, utiliza largamente o incenso em suas liturgias. Elas justificam tal prática, citando, fora de seu devido contexto, algumas passagens isoladas do Antigo Testamento. Hoje, porém, já não precisamos do incenso em nossa liturgia; o cerimonialismo da aliança passada cumpriu-se cabalmente na nova. Por que judaizar a Igreja de Cristo?

4. A imagem do incenso.

A imagem do incenso, como evolando devoções e serviços a Deus, provém de algumas passagens do Antigo Testamento. Veja esta oração do salmista: “Apresente-se a minha oração como incenso diante de ti...” (Sl 141.2). Noutras palavras, almejava ele que as suas preces, qual precioso incenso, subissem à presença do Senhor. E, juntamente com suas orações, sua alma ascenderia ao trono da graça.

No Antigo Testamento, a oferenda mais excelente que se podia oferecer ao Senhor, depois do holocausto, era o incenso. Ali, no limiar do lugar Santíssimo, o sacerdote entrava para, com temor e tremor, adorar ao Senhor com um incenso preparado exclusivamente àquela ocasião. Hoje, o sacrifício mais sublime que podemos oferecer ao Senhor são as orações, súplicas e ações de graças.

Por esse motivo, o Senhor Jesus recomenda-nos a entrar em nosso quarto, fechar a porta, e, no segredo de nossos aposentos, oferecer-lhe orações, lágrimas e louvores.

III. A OFERTA DE INCENSO

Para se oferecer o incenso ao Senhor, três coisas eram necessárias: o lugar, o altar e a cerimônia. Apenas o sumo sacerdote estava autorizado a conduzir esse ato de adoração.

1. O Lugar Santo.

No Lugar Santo, ficavam três mobílias: o candelabro, à esquerda de quem entrava; a mesa dos pães da proposição, à direita; e, no limiar, entre o Lugar Santo e o Santíssimo, bem em frente ao véu que os separava, estava o altar do incenso (Êx 26.35). É bom considerarmos que, embora o altar de incenso estivesse no Lugar Santo, era considerado parte da mobília do Santo dos Santos juntamente com a arca da aliança (Hb 9.1-10).

2. O altar do incenso.

Feito de madeira de acácia, o altar de incenso era revestido de ouro, sendo estas as suas medidas: um côvado de comprimento, um de largura e dois de altura (Êx 30.1-10; 37.25-28). Os seus ornatos compunham-se de quatro chifres, bordas, quatro argolas e dois varais; tudo revestido de fino ouro.

3. A composição do incenso.

O incenso destinado ao altar de ouro não podia ser usado indistintamente; era de uso exclusivo do Senhor (Êx 30.38). Esta era a sua composição: estoraque, ônica e gálbano (Êx 30.34-36). A receita do perfume não constituía nenhum segredo. Todavia, se alguém o reproduzisse para uso profano, seria punido severamente.

4. A cerimônia.

O incenso só podia ser queimado com as brasas do altar de bronze (Lv 16.12). Isso significa que a base da adoração cristã é a redenção no sangue de Jesus Cristo. E, já de posse do fogo sagrado, o sacerdote aproximava-se do altar de ouro para queimar o incenso no altar de ouro. E, dessa forma, a nuvem do incenso cobria o propiciatório, mostrando à Casa de Israel o favor divino (Lv 16.13).

IV. A ORAÇÃO DOS SANTOS, SUAVE E PRECIOSO INCENSO

A oração dos santos, qual incenso precioso, é inimitável em seus efeitos. Ninguém, a não ser que conte com a ajuda do Espírito Santo, pode elevá-la ao trono divino.

1. A receita para uma oração perfeita.

O Senhor Jesus, no Sermão da Montanha, entregou a seus discípulos os ingredientes de uma oração perfeita (Mt 6.9-13). Ele exorta-nos também a não imitarmos os gentios e hipócritas que, presumidos e soberbos, imaginam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos (Mt 6.7).

Fechemo-nos em nosso quarto e, ali, qual santo dos santos, falemos com o Pai Celeste (Mt 6.5,6). Dessa maneira, poderemos entrar com ousadia e confiança no trono da graça (Hb 4.16). Pode haver incenso mais excelente do que a oração dos santos? Todas as nossas súplicas chegarão aos céus por intermédio do Espírito Santo, que intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).

2. A oração como sacrifício ao Senhor.

O salmista, conhecendo perfeitamente a simbologia do incenso sagrado, assim orou ao Senhor: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde” (Sl 141.2). Quando nos dedicamos integralmente ao Senhor, toda a nossa vida torna-se uma oferenda a Deus (Ef 5.2; Fp 2.17; 2 Tm 4.6).

3. A oração dos santos na Grande Tribulação.

No período da Grande Tribulação, logo após o arrebatamento da Igreja, haverá um número incontável de mártires provindos de todos os povos e nações (Ap 9.9-17). Apesar da perseguição que lhes moverá o Anticristo, eles atuarão como fiéis testemunhas de Jesus Cristo. As orações desses santos serão recebidas, em cima nos céus, como incenso de grande valor (Ap 5.8; 8.3). Ninguém pode deter o poder de um santo que, no oculto de seu quarto, roga a intervenção do Santo dos santos (Tg 5.16). Irmãos, orai sem cessar (1 Ts 5.17).

CONCLUSÃO

Como está a nossa vida de oração? Se já não arrumamos tempo para orar antes de iniciarmos a jornada diária, é hora de repensar nossas prioridades. Antes de tudo, reconsidere sua agenda. Nada pode estar acima das prioridades do Reino de Deus.

Oração, leitura da Palavra e reflexão piedosa.

Pode haver melhor composição para o incenso que, do altar de nossa alma, evole ao trono da graça?

Senhor, ajuda-nos.

Fonte:
Livro de Apoio – Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Claudionor de Andrade
Lições Bíblicas 3º Trim.2018 - Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Comentarista: Claudionor de Andrade
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