“Digo-vos que assim
haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa
e nove justos que não necessitam de arrependimento” Lc 15.7
A quantidade de pessoas
que estão nos tráficos de drogas, nos roubos ou em ato de corrupção, e que um
dia teve acesso à igreja local, é grande. A verdade é que muitas delas que um
dia frequentaram nossos cultos, ouviram nossas pregações e participaram de
nossas ceias, hoje, não estão mais entre nós. A causa disso pode ser variada,
mas o Evangelho nos mostra que é o nosso dever buscar quem se desgarrou do
aprisco. Por isso a lição desta semana (1) tratará da interpretação de duas
parábolas, a da ovelha e a da dracma perdida; (2) mostrará que precisamos
buscar quem se desgarrou; (3) conscientizará o fator teológico do que acontece
no céu quando um pecador se arrepende: há alegria, festa.
Deixemos de
justificativas para não buscar quem se desgarrou
É muito fácil
justificar a decisão das pessoas que deixaram a igreja local. Os religiosos da
época de Jesus faziam a mesma coisa. Neste contexto, o nosso Senhor contou as
duas parábolas. O público que lhe ouvia estava acostumado rotular pessoas, ou a
receber esse rótulo, que não seguiam oficialmente a religião judaica:
pecadoras.
Hoje, em pleno século
XXI, corremos também o risco de rotular os que saíram do nosso meio,
apaziguando nossas consciências com afirmações tais: não eram do nosso meio;
eram rebeldes; só davam dor de cabeça.
Cuidemos para não
sermos insensíveis
Antes de nos
insensibilizar, devemos lembrar alguns princípios que norteiam a fé evangélica:
Deus quer que todos se salvem; foi ordem de Jesus que buscássemos quem se
desgarrou; Deus está interessado no arrependimento do pecador.
Independente do pecado
que alguém cometeu, se houver arrependimento, há remissão de todo o pecado.
Aqui, o papel do pastor local e da comunidade de santos é fundamental. Embora o
pastor não perdoe os pecados, nem a igreja também, todavia, o ministério
pastoral, bem como o Corpo de Cristo, pode atuar como um instrumento poderoso
de reconciliação do pecador.
Outrossim, não podemos
esquecer que também é possível que a liderança da igreja, ou pessoas, precise
confessar seus pecados contra o próximo e pedir o perdão. O afastamento de uma
pessoa pode esconder um equívoco oficial da comunidade de crentes. Nesse
sentido é preciso ter a humildade para reconhecer erros, pedir perdão e
restabelecer a comunhão. Isso é desejo do Pai que seja assim.
Não esqueçamos: o nosso
ministério é o da reconciliação!
Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas
ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.
Leitura Bíblica - Lucas
15.3-10
O que levou Jesus a
apresentar a parábola da ovelha perdida (Lc 15.3-7), a parábola da dracma
perdida (Lc 15.8-10) e a parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32), antes de
dirigir-se novamente aos discípulos no próximo capítulo (16.1-13), foi a
insensata murmuração dos fariseus e dos escribas, exposta nos dois primeiros
versículos de Lucas 15, mostrando o quanto eles eram ignorantes do verdadeiro
propósito da missão e ministério de Cristo (Lc 5.32). Portanto, essas parábolas
tratam do mesmo assunto: buscar quem se perdeu e a espera de Deus em receber o
pecador de volta!
I. INTERPRETANDO AS
PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
1. A parábola da ovelha
perdida.
Esta parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt 18.12), ilustra a busca pelo perdido. Uma ovelha perdida é um símbolo do descuidado e desatento pecador que anda sem rumo e afasta-se totalmente de Deus, inclinando-se para o pecado e prosseguindo nele sem atentar para o fim que tal vida leva (Pv 29.1; Rm 6.23). Nenhuma criatura se distrai mais facilmente que uma ovelha, nenhuma é mais incapaz de encontrar normalmente o seu caminho para casa. Nenhuma é mais indefesa à destruição por outros animais. A ovelha que não está com as noventa e nove está perdida (v.4), por isso, o pastor sai angustiado e pronto para dar a sua vida para resgatá-la. A parábola não constrange pelo valor da ovelha, mas pelo amor evidenciado na atitude do pastor. Ao encontrar a ovelha perdida, o pastor demonstra compaixão, pois não a repreende ou censura, não a arrasta, obriga ou ordena, mas a leva nos seus ombros!
2. A parábola da dracma perdida.
A parábola da dracma perdida (Lc 15.8-10) para ser mais bem compreendida precisa ser lida à luz das outras duas: a da ovelha perdida (Lc 15.3-7) e a do filho pródigo (Lc 15.11-32), uma vez que ela está entre essas duas e é relatada unicamente em Lucas. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu. Muito embora a mulher tivesse ainda nove moedas, ela se empenha em procurar a que se perdera. O termo “dracma” designa uma moeda grega que era compatível ao denário romano, valor que era equivalente a um dia de salário de um trabalhador agrícola. Assim, quando se considera que aquela mulher tinha somente dez moedas, tratava-se de uma perda significativa. Por isso, ela acende a lâmpada, varre a casa, e a procura diligentemente, fazendo uma verdadeira faxina, não deixando um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. Da mesma forma, disse Jesus, “há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (v.10). Quando alguém peca e se afasta de Deus, é como se quisesse se esconder do Senhor, por isso essa afirmação de Jesus. A respeito de se “esconder” de Deus, lembramos o que fizeram Adão e Eva quando desobedeceram ao Criador (Gn 3.8).
O relato das duas parábolas evidencia o interesse, o amor e a compaixão de Deus por aqueles que se perderam.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“Esta segunda parábola é paralela com a precedente. Aqui, é uma moeda de prata (drachme, cerca do salário de um dia para um trabalhador comum) que foi perdida, em vez de uma ovelha. Esta parábola focaliza uma mulher que mora numa casa do interior. Normalmente tais casas não têm janela; assim, tão logo perde a moeda, ela começa a procurá-la. Ela acende uma luminária e varre a casa, procurando cuidadosamente até encontrá-la. Ela fica grandemente aliviada, e, como o pastor (v.6), ela convida as amigas e vizinhas para um jantar de comemoração. A aplicação de Jesus desta parábola é semelhante à prévia [da ovelha perdida], embora desta vez ‘há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende’ em vez de ‘alegria no céu’ (v.7). Ambas as parábolas se referem à alegria de Deus quando um pecador volta a Ele” (ARRINGTON, F. L.; ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.420).
II. PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
1. A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos.
Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9). Contudo, apenas serão salvas as que aceitarem ao Senhor Jesus e reconhecerem suas condições (Jo 3.16-20; Rm 1.16; 10.9,10; Ef 2.8,9; 1Jo 1.9). O interesse de Deus em salvar está claro desde o Antigo Testamento quando o Senhor, através do profeta Ezequiel, disse que Ele mesmo procuraria as suas ovelhas (Ez 34.12).
2. Jesus é um Pastor que está sempre em ação.
Incansável em sua tarefa, Cristo, como Pastor, conduz suas ovelhas (Jo 10.4), e Ele assim o faz por conhecê-las (Jo 10.3-5). O Senhor não pastoreia apenas “praticamente”, mas também guia e conduz suas ovelhas mediante o seu exemplo (Jo 13.15; 1Pe 2.21; 1Jo 2.6). O pastoreio de Jesus é feito com amor, pois Ele trata suas ovelhas com ternura e mansidão (Is 40.11; 1Pe 5.2). Tal Pastor tem o reconhecimento de suas ovelhas (Jo 10.4; 1Pe 2.25), pois dá a sua vida por elas (Jo 10.11).
3. Resgatando a ovelha desgarrada.
A ovelha que acaba se desgarrando o faz pelo fato de que ainda não está firme e precisa encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das demais (v.4). Por isso, além da intercessão, há quatro passos mínimos para se resgatar uma ovelha desgarrada:
1°) Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e questionamentos sobre os motivos de seu afastamento;
2°) Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, colocando-se ao seu lado em todos os momentos possíveis;
3°) Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se envolver com as atividades da igreja.
4°) Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos em sinal de boas-vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das doutrinas e princípios da igreja, para que, aos poucos, compreenda por si próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para adquirir firmeza.
As parábolas deixam claro o interesse divino em todas as pessoas, por isso, devemos agir da mesma maneira que Ele, indo em busca dos que se desgarraram.
SUBSÍDIO EVANGELÍSTICO
Em seu livro A Prática do Evangelismo Pessoal, o pastor Antonio Gilberto fala acerca do fato de que há pessoas afastadas “por toda a parte. Há os que caíram de vez, por tentação direta e laço do Diabo, e há os que esfriaram aos poucos até perderem todo o primeiro amor. Há ainda os que se desviaram por verem escândalo no meio cristão, por sofrerem injustiça ou ficaram melindrados. Outros não resistiram às zombarias, aflições e perseguições por causa da fé. Há também os problemas domésticos que tanto desvio têm consumado” (GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 14ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.92).
III. HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
1. Deus não analisa os motivos pelos quais alguém se perde, mas o reencontro exige arrependimento.
Jesus não se preocupa em dizer o porquê de a ovelha ter se perdido. Ele não está preocupado se ela é uma ovelha “rebelde” que gostava de fugir. A primeira preocupação do pastor é encontrar a ovelha. Jesus age da mesma forma com quem se afastou do redil, da Igreja. Por isso, contou essa história, para mostrar que Ele está à procura da ovelha perdida (Lc 15.3,4,7). Na verdade, a mais simples resposta para ser encontrado por Jesus, e cuidado por Ele, se chama “arrependimento”. Temos de entender que, sem arrependimento, será impossível salvar-nos e ficar firmes com Cristo (Lc 15.17,18).
2. Deus está disposto a perdoar.
Não há pecado que Deus não possa perdoar se nós verdadeiramente estivermos dispostos a pedir perdão (Is 1.18). Conforme pode ser visto na parábola do filho pródigo, não há pecador arrependido que Deus não acolha em seus braços, console o coração e lhe dê paz (Lc 15.20-24). Na primeira das parábolas estudadas, lemos que Jesus diz que o pastor colocou a ovelha em seus ombros e a carregou (v.5). Provavelmente isso seja necessário porque a ovelha caminhou demais, está cansada e talvez tenha se machucado no caminho que percorreu para longe do seu pastor.
3. A alegria da salvação.
Se por um lado o pecador encontra paz na salvação outorgada pelo Senhor, é também um fato de que ele torna-se uma pessoa feliz (Sl 51.12). Ao terminar de contar cada uma das duas parábolas que estudamos, Jesus disse que, da mesma forma, “há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Portanto, para que a nossa alegria seja completa precisamos da alegria do Senhor, pois ela é a nossa força (Jo 15.11; Ne 8.10).
A alegria que a volta de alguém proporciona nas regiões celestiais, deve ser experimentada por todos aqueles que servem a Deus e que trabalham para que pessoas sejam resgatadas.
CONCLUSÃO
Deus está esperando a sua volta (Lc 15.20). Ele perdoará os seus pecados, não os lançará em seu rosto. Tirará de você as vestes imundas (Is 64.6), e lhe dará novas roupas que são os dons do Espírito Santo (At 2.39). Quer voltar aos braços do Pai celeste? Aceite Jesus e terá um lugar à mesa do banquete com Ele, no céu! Grande será a alegria ali com sua volta (Lc 15.7,32). Venha sem demora!
SUBSÍDIO DEVOCIONAL
“Foi a insensata murmuração dos fariseus, querendo calcar a graça de Deus aos pés, que levou Jesus a dar estas três incomparáveis parábolas. O Senhor dá o doce dos céus pelo amargo dos homens. Onde abunda o pecado, aí superabunda sua graça. Quem pode calcular o número de pessoas, através dos séculos, contentíssimos com a esperança desfrutada com este capítulo? Note-se, também, como o Senhor revela, em cada parábola, Seu ardente desejo pessoal de salvar o perdido” (BOYER, Orlando. Espada Cortante 2. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.131).
Esta parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt 18.12), ilustra a busca pelo perdido. Uma ovelha perdida é um símbolo do descuidado e desatento pecador que anda sem rumo e afasta-se totalmente de Deus, inclinando-se para o pecado e prosseguindo nele sem atentar para o fim que tal vida leva (Pv 29.1; Rm 6.23). Nenhuma criatura se distrai mais facilmente que uma ovelha, nenhuma é mais incapaz de encontrar normalmente o seu caminho para casa. Nenhuma é mais indefesa à destruição por outros animais. A ovelha que não está com as noventa e nove está perdida (v.4), por isso, o pastor sai angustiado e pronto para dar a sua vida para resgatá-la. A parábola não constrange pelo valor da ovelha, mas pelo amor evidenciado na atitude do pastor. Ao encontrar a ovelha perdida, o pastor demonstra compaixão, pois não a repreende ou censura, não a arrasta, obriga ou ordena, mas a leva nos seus ombros!
2. A parábola da dracma perdida.
A parábola da dracma perdida (Lc 15.8-10) para ser mais bem compreendida precisa ser lida à luz das outras duas: a da ovelha perdida (Lc 15.3-7) e a do filho pródigo (Lc 15.11-32), uma vez que ela está entre essas duas e é relatada unicamente em Lucas. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu. Muito embora a mulher tivesse ainda nove moedas, ela se empenha em procurar a que se perdera. O termo “dracma” designa uma moeda grega que era compatível ao denário romano, valor que era equivalente a um dia de salário de um trabalhador agrícola. Assim, quando se considera que aquela mulher tinha somente dez moedas, tratava-se de uma perda significativa. Por isso, ela acende a lâmpada, varre a casa, e a procura diligentemente, fazendo uma verdadeira faxina, não deixando um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. Da mesma forma, disse Jesus, “há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (v.10). Quando alguém peca e se afasta de Deus, é como se quisesse se esconder do Senhor, por isso essa afirmação de Jesus. A respeito de se “esconder” de Deus, lembramos o que fizeram Adão e Eva quando desobedeceram ao Criador (Gn 3.8).
O relato das duas parábolas evidencia o interesse, o amor e a compaixão de Deus por aqueles que se perderam.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“Esta segunda parábola é paralela com a precedente. Aqui, é uma moeda de prata (drachme, cerca do salário de um dia para um trabalhador comum) que foi perdida, em vez de uma ovelha. Esta parábola focaliza uma mulher que mora numa casa do interior. Normalmente tais casas não têm janela; assim, tão logo perde a moeda, ela começa a procurá-la. Ela acende uma luminária e varre a casa, procurando cuidadosamente até encontrá-la. Ela fica grandemente aliviada, e, como o pastor (v.6), ela convida as amigas e vizinhas para um jantar de comemoração. A aplicação de Jesus desta parábola é semelhante à prévia [da ovelha perdida], embora desta vez ‘há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende’ em vez de ‘alegria no céu’ (v.7). Ambas as parábolas se referem à alegria de Deus quando um pecador volta a Ele” (ARRINGTON, F. L.; ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.420).
II. PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
1. A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos.
Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9). Contudo, apenas serão salvas as que aceitarem ao Senhor Jesus e reconhecerem suas condições (Jo 3.16-20; Rm 1.16; 10.9,10; Ef 2.8,9; 1Jo 1.9). O interesse de Deus em salvar está claro desde o Antigo Testamento quando o Senhor, através do profeta Ezequiel, disse que Ele mesmo procuraria as suas ovelhas (Ez 34.12).
2. Jesus é um Pastor que está sempre em ação.
Incansável em sua tarefa, Cristo, como Pastor, conduz suas ovelhas (Jo 10.4), e Ele assim o faz por conhecê-las (Jo 10.3-5). O Senhor não pastoreia apenas “praticamente”, mas também guia e conduz suas ovelhas mediante o seu exemplo (Jo 13.15; 1Pe 2.21; 1Jo 2.6). O pastoreio de Jesus é feito com amor, pois Ele trata suas ovelhas com ternura e mansidão (Is 40.11; 1Pe 5.2). Tal Pastor tem o reconhecimento de suas ovelhas (Jo 10.4; 1Pe 2.25), pois dá a sua vida por elas (Jo 10.11).
3. Resgatando a ovelha desgarrada.
A ovelha que acaba se desgarrando o faz pelo fato de que ainda não está firme e precisa encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das demais (v.4). Por isso, além da intercessão, há quatro passos mínimos para se resgatar uma ovelha desgarrada:
1°) Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e questionamentos sobre os motivos de seu afastamento;
2°) Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, colocando-se ao seu lado em todos os momentos possíveis;
3°) Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se envolver com as atividades da igreja.
4°) Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos em sinal de boas-vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das doutrinas e princípios da igreja, para que, aos poucos, compreenda por si próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para adquirir firmeza.
As parábolas deixam claro o interesse divino em todas as pessoas, por isso, devemos agir da mesma maneira que Ele, indo em busca dos que se desgarraram.
SUBSÍDIO EVANGELÍSTICO
Em seu livro A Prática do Evangelismo Pessoal, o pastor Antonio Gilberto fala acerca do fato de que há pessoas afastadas “por toda a parte. Há os que caíram de vez, por tentação direta e laço do Diabo, e há os que esfriaram aos poucos até perderem todo o primeiro amor. Há ainda os que se desviaram por verem escândalo no meio cristão, por sofrerem injustiça ou ficaram melindrados. Outros não resistiram às zombarias, aflições e perseguições por causa da fé. Há também os problemas domésticos que tanto desvio têm consumado” (GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 14ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.92).
III. HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
1. Deus não analisa os motivos pelos quais alguém se perde, mas o reencontro exige arrependimento.
Jesus não se preocupa em dizer o porquê de a ovelha ter se perdido. Ele não está preocupado se ela é uma ovelha “rebelde” que gostava de fugir. A primeira preocupação do pastor é encontrar a ovelha. Jesus age da mesma forma com quem se afastou do redil, da Igreja. Por isso, contou essa história, para mostrar que Ele está à procura da ovelha perdida (Lc 15.3,4,7). Na verdade, a mais simples resposta para ser encontrado por Jesus, e cuidado por Ele, se chama “arrependimento”. Temos de entender que, sem arrependimento, será impossível salvar-nos e ficar firmes com Cristo (Lc 15.17,18).
2. Deus está disposto a perdoar.
Não há pecado que Deus não possa perdoar se nós verdadeiramente estivermos dispostos a pedir perdão (Is 1.18). Conforme pode ser visto na parábola do filho pródigo, não há pecador arrependido que Deus não acolha em seus braços, console o coração e lhe dê paz (Lc 15.20-24). Na primeira das parábolas estudadas, lemos que Jesus diz que o pastor colocou a ovelha em seus ombros e a carregou (v.5). Provavelmente isso seja necessário porque a ovelha caminhou demais, está cansada e talvez tenha se machucado no caminho que percorreu para longe do seu pastor.
3. A alegria da salvação.
Se por um lado o pecador encontra paz na salvação outorgada pelo Senhor, é também um fato de que ele torna-se uma pessoa feliz (Sl 51.12). Ao terminar de contar cada uma das duas parábolas que estudamos, Jesus disse que, da mesma forma, “há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Portanto, para que a nossa alegria seja completa precisamos da alegria do Senhor, pois ela é a nossa força (Jo 15.11; Ne 8.10).
A alegria que a volta de alguém proporciona nas regiões celestiais, deve ser experimentada por todos aqueles que servem a Deus e que trabalham para que pessoas sejam resgatadas.
CONCLUSÃO
Deus está esperando a sua volta (Lc 15.20). Ele perdoará os seus pecados, não os lançará em seu rosto. Tirará de você as vestes imundas (Is 64.6), e lhe dará novas roupas que são os dons do Espírito Santo (At 2.39). Quer voltar aos braços do Pai celeste? Aceite Jesus e terá um lugar à mesa do banquete com Ele, no céu! Grande será a alegria ali com sua volta (Lc 15.7,32). Venha sem demora!
SUBSÍDIO DEVOCIONAL
“Foi a insensata murmuração dos fariseus, querendo calcar a graça de Deus aos pés, que levou Jesus a dar estas três incomparáveis parábolas. O Senhor dá o doce dos céus pelo amargo dos homens. Onde abunda o pecado, aí superabunda sua graça. Quem pode calcular o número de pessoas, através dos séculos, contentíssimos com a esperança desfrutada com este capítulo? Note-se, também, como o Senhor revela, em cada parábola, Seu ardente desejo pessoal de salvar o perdido” (BOYER, Orlando. Espada Cortante 2. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.131).
Fonte:
Lições Bíblicas 4º Trim.2018 - As Parábolas de Jesus - As verdades e princípios divinos para uma vida abundante - Comentarista: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lições Bíblicas 4º Trim.2018 - As Parábolas de Jesus - As verdades e princípios divinos para uma vida abundante - Comentarista: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
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