“Porque a promessa vos
diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos
quantos Deus nosso Senhor chamar” At 2.39
“A distinção e as evidências do batismo no Espírito Santo são estudadas em primeiro lugar porque delas depende a maioria das posições teológicas no tocante às demais questões, isto é, as posições adotadas quanto a esses dois primeiros tópicos definem as questões nas demais áreas. A questão da disponibilidade hoje do batismo no Espírito Santo é muito discutida. Por um lado, muitos estudiosos da Bíblia responderão que o batismo no Espírito Santo está à disposição dos crentes atuais, mas apenas parte da conversão. Por outro lado, quando os pentecostais afirmam que o Espírito está disponível, argumentam em favor de uma experiência distinta da regeneração, em certo sentido, e acompanhada pela evidência física inicial do falar em línguas. Além disso, embora a distinção e as línguas como evidência estejam estreitamente relacionadas entre si, não deixam de ser questões separadas. Pela lógica, existem quatro possíveis posições quanto à distinção e as línguas como evidência. [...] Há os que pensam ser o batismo no Espírito Santo parte da experiência da conversão, sem qualquer evidência inicial, como o falar em outras línguas [...] Há os que defendem o batismo no Espírito Santo como uma experiência geralmente ocorrida após a regeneração e sempre acompanhada pela evidência especial do falar em outras línguas. Esta é a posição de igrejas pentecostais como as Assembleias de Deus” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 8ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.432).
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência dada por Deus para o revestimento de poder.
Professor(a), na Lição de hoje estudaremos a respeito de uma das maiores dádivas divinas depois da salvação — o batismo com o Espírito Santo. Esse revestimento de poder não foi somente para os crentes do primeiro século e ele não cessou, pois enquanto a Igreja permanecer neste mundo. Então, não deixe de aproveitar essa oportunidade para orar por seus alunos que ainda não foram batizados com o Espírito Santo. É importante, antes de orar, que você ressalte que esse revestimento de poder não é concedido por nossos méritos (1Co 12.7), mas é fruto da graça e da misericórdia divina. Diga também que para os pentecostais o falar em Línguas estranhas é uma evidência do batismo com o Espírito Santo.
Leitura Bíblica - Atos 10.34-47
INTRODUÇÃO
Como está registrado na Palavra de Deus, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos de Jesus no Dia de Pentecostes. A esse derramamento denominamos “batismo com o Espírito Santo”, expressão corrente entre os pentecostais. A Palavra de Deus também utiliza a expressão “ser cheio do Espírito” em alguns textos como um sinônimo da experiência do batismo com o Espírito Santo. A certeza que precisamos ter é de que essa experiência está disponível a todos os crentes hoje, como sempre esteve desde o Dia de Pentecostes em Atos 2.
I. DEFININDO O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O batismo com o Espírito Santo.
É um revestimento de poder cuja finalidade é levar os crentes a testemunharem da pessoa de Jesus Cristo. Na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, é definido como “[...] uma experiência espiritual que ocorre após ou junto à regeneração, sendo acompanhada da evidência física inicial do falar em línguas (At 2.4)”.
Essa experiência foi notória na Igreja em Atos, tanto na Igreja de origem judaica quanto na de origem grega, e pelo relato de Lucas em Atos 19, chegou a ser acompanhada de profecias.
2. É uma realidade para os nossos dias.
Quando se trata deste assunto, há pessoas que acreditam que o revestimento de poder, conforme relatado em Atos, está fora do alcance da experiência cristã de nossos dias. Tal entendimento se dá por força de uma visão mais voltada a um intelectualismo de cunho pós-moderno, que vê a experiência pessoal com pouco valor. Na prática, um pensamento teológico que rejeita a experiência do batismo com o Espírito Santo como um evento real para os nossos dias o faz puramente por um prisma racionalista, que rejeita a experiência por entender que ela é subjetiva, ou seja, cada pessoa tem a sua, e por isso não tem valor. Mas com o respaldo da Palavra de Deus, tendo em vista que o próprio Jesus disse que “estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas” (Mc 16.17), cremos que o batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas é, sim, uma experiência de Deus para os nossos dias.
3. O batismo com o Espírito Santo não é designativo de espiritualidade.
Em hipótese alguma um pentecostal genuíno, que manifesta o fruto do Espírito, pode se achar superior a qualquer outro cristão não pentecostal. O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, não um designativo de superioridade ou de santidade. Ser revestido de poder por meio do batismo com o Espírito Santo exige de nós humildade, pois não fomos nós mesmos que nos revestimos. O revestimento de poder não é coisa de homens, mas de Deus, e cremos que este revestimento é dado por Ele não para que venhamos ser testemunhas da obra de Cristo e do motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo (1Jo 3.8). Portanto, ser cheio do Espírito é uma promessa de Jesus a todos os crentes, mas para que sejam testemunhas dEle.
II. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. A conversão.
É uma experiência que ocorre no momento em que a pessoa, arrependida de seus pecados, e tendo sido convencida pelo Espírito Santo, decide renunciar a vida de pecados, aceitando a Jesus como seu único Senhor e Salvador. Uma vez que ocorre a conversão, o pecador é transformado em uma nova criatura e feito filho de Deus. Essa transformação, de pecador e inimigo de Deus para filho, é uma mudança poderosa operada pelo próprio Senhor. O homem pode ouvir a mensagem do evangelho, ser convencido de seus pecados e aceitar a Jesus, mas ser transformado é somente pelo poder de Deus (Jo 1.11-13). Ser feito um filho de Deus é um poder concedido para fazer de nós novas criaturas, mas a conversão não é o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é para pessoas que já experimentaram a salvação. Uma pessoa pode receber o batismo com o Espírito segundos após ter se arrependido de seus pecados e aceitado a Jesus, mas são experiências diferentes.
2. O selo do Espírito.
Paulo descreve que quando recebemos Jesus como nosso Salvador, fomos selados, marcados pela glória dEle para a eternidade. É o chamado “selo do Espírito Santo” para os que creem nEle (Ef 1.13,14). Paulo, escrevendo aos efésios, não menciona ser o chamado “selo do Espírito Santo” o revestimento de poder para testemunhar. O selo nos tempos antigos servia para garantir a fidelidade de um documento ou a inviolabilidade de um estabelecimento. Neste caso, Paulo diz que os que estão em Cristo, que creram nEle depois da exposição da Palavra, foram selados, separados pelo Espírito Santo para que Deus seja glorificado. É uma experiência da salvação, genuína e para todos os crentes, mas não pode ser confundida com o revestimento de poder do Espírito Santo.
3. O fruto do Espírito.
O fruto do Espírito não é o batismo com o Espírito Santo, pois enquanto este é o derramamento do Espírito para revestimento de poder, aquele é a manifestação do Espírito nas atitudes daqueles que foram alcançados pelo evangelho. Enquanto o batismo com o Espírito vem da parte de Deus, o fruto do Espírito é a forma como os cristãos demonstram seu caráter transformado pelo evangelho, e isso é necessário a todo cristão, independente de sua linha doutrinária ser pentecostal ou não. O fruto do Espírito é o resultado de uma maturação na vida do crente, de passar por experiências em que Deus o vai moldando de acordo com a sua Palavra.
III. O FALAR EM LÍNGUAS COMO EVIDÊNCIA
1. Falam todos em línguas?
Um dos equívocos mais comuns na interpretação de 1 Coríntios 12.30 é acerca da pergunta de Paulo sobre os dons espirituais: “Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?”. Alegar que esse texto indica que nem todas as pessoas batizadas com o Espírito Santo falam em línguas é forçar uma interpretação, pois esse texto trata especificamente a respeito dos dons espirituais, e não sobre o falar em línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo. É próprio de uma vertente teológica pós-moderna dizer que o livro de Atos é meramente histórico quando se trata do falar em línguas. Os Evangelhos também são históricos, e nem por isso são desprezados.
2. No Cenáculo.
Lucas menciona em três ocasiões que o falar em línguas é observado como evidência inicial do batismo com o Espírito Santo. A primeira é em Atos 2, no cenáculo, em que os discípulos estavam orando (At 2.4). Nesse primeiro registro, as línguas são diretamente associadas à visitação do Espírito Santo aos crentes em oração. Além do som como de um vento impetuoso que encheu o lugar de oração, e línguas de fogo, vistas sobre aqueles crentes, o que chamou a atenção dos visitantes de Jerusalém foi que ouviram os crentes falando em outras línguas. E antes de falar de Jesus à multidão, Pedro falou em línguas no local de oração.
3. Na casa de Cornélio.
A segunda ocorrência é mostrada por Lucas em Atos 10.44-46. Este relato nos remete à primeira visitação do Espírito Santo aos gentios, na casa de Cornélio, o centurião romano. Pedro fora informado de que deveria se dirigir à casa de Cornélio e falar com ele, e Lucas relata que antes que Pedro terminasse a pregação, o Espírito de Deus veio sobre aqueles que ouviam suas palavras. Até aquele momento, não havia registros de que os apóstolos em Jerusalém tivessem testemunhado o batismo com o Espírito Santo em gentios. Na verdade, como vemos por Atos 7 a 10, os discípulos de Jesus permaneceram em Jerusalém, e somente com uma perseguição é que se espalharam e foram pregar o evangelho por onde passavam. O evangelho chegou a Samaria com Filipe, Saulo encontrou Jesus no caminho de Damasco e então surge o relato de Cornélio. O impacto foi tão grande na vida de Pedro, após os gentios terem sido cheios do Espírito Santo, que ele não negou o batismo àqueles que tinham recebido o Espírito Santo. Mesmo depois de retornar a Jerusalém o apóstolo teve de se explicar aos “da circuncisão”, e deixou claro: “[...] quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17). Se Deus trouxe seu Espírito aos gentios, nada mais restou aos de Jerusalém, senão glorificarem a Deus (At 11.18).
4. Em Éfeso.
A terceira menção de Lucas aparece em Atos 19. Paulo chega a Éfeso e se depara com um grupo de homens que já conheciam o evangelho, mas não haviam recebido o batismo com o Espírito Santo. “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam” (At 19.5,6). Eles já eram salvos, foram convencidos de seus pecados pelo Espírito, já tinham se arrependido e eram batizados. Entretanto, eles nem mesmo sabiam da existência da Pessoa do Espírito Santo. Após receberem a imposição de mãos do apóstolo Paulo, foram cheios e falaram em outras línguas. Esse é o segundo relato de gentios sendo cheios do Espírito no livro de Atos.
CONCLUSÃO
O batismo com o Espírito Santo é mais do que uma promessa. É o cumprimento do projeto de Deus de revestir seus filhos com um poder para testemunhar das suas grandezas, da salvação e da vida porvir. Essa promessa jamais foi revogada por Deus, e até que o Senhor Jesus, que é perfeito, seja manifesto, podemos contar com o cumprimento dessa promessa. Como os discípulos em oração, podemos receber esse mesmo revestimento de poder em nossos dias.
“A distinção e as evidências do batismo no Espírito Santo são estudadas em primeiro lugar porque delas depende a maioria das posições teológicas no tocante às demais questões, isto é, as posições adotadas quanto a esses dois primeiros tópicos definem as questões nas demais áreas. A questão da disponibilidade hoje do batismo no Espírito Santo é muito discutida. Por um lado, muitos estudiosos da Bíblia responderão que o batismo no Espírito Santo está à disposição dos crentes atuais, mas apenas parte da conversão. Por outro lado, quando os pentecostais afirmam que o Espírito está disponível, argumentam em favor de uma experiência distinta da regeneração, em certo sentido, e acompanhada pela evidência física inicial do falar em línguas. Além disso, embora a distinção e as línguas como evidência estejam estreitamente relacionadas entre si, não deixam de ser questões separadas. Pela lógica, existem quatro possíveis posições quanto à distinção e as línguas como evidência. [...] Há os que pensam ser o batismo no Espírito Santo parte da experiência da conversão, sem qualquer evidência inicial, como o falar em outras línguas [...] Há os que defendem o batismo no Espírito Santo como uma experiência geralmente ocorrida após a regeneração e sempre acompanhada pela evidência especial do falar em outras línguas. Esta é a posição de igrejas pentecostais como as Assembleias de Deus” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 8ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.432).
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência dada por Deus para o revestimento de poder.
Professor(a), na Lição de hoje estudaremos a respeito de uma das maiores dádivas divinas depois da salvação — o batismo com o Espírito Santo. Esse revestimento de poder não foi somente para os crentes do primeiro século e ele não cessou, pois enquanto a Igreja permanecer neste mundo. Então, não deixe de aproveitar essa oportunidade para orar por seus alunos que ainda não foram batizados com o Espírito Santo. É importante, antes de orar, que você ressalte que esse revestimento de poder não é concedido por nossos méritos (1Co 12.7), mas é fruto da graça e da misericórdia divina. Diga também que para os pentecostais o falar em Línguas estranhas é uma evidência do batismo com o Espírito Santo.
Leitura Bíblica - Atos 10.34-47
INTRODUÇÃO
Como está registrado na Palavra de Deus, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos de Jesus no Dia de Pentecostes. A esse derramamento denominamos “batismo com o Espírito Santo”, expressão corrente entre os pentecostais. A Palavra de Deus também utiliza a expressão “ser cheio do Espírito” em alguns textos como um sinônimo da experiência do batismo com o Espírito Santo. A certeza que precisamos ter é de que essa experiência está disponível a todos os crentes hoje, como sempre esteve desde o Dia de Pentecostes em Atos 2.
I. DEFININDO O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O batismo com o Espírito Santo.
É um revestimento de poder cuja finalidade é levar os crentes a testemunharem da pessoa de Jesus Cristo. Na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, é definido como “[...] uma experiência espiritual que ocorre após ou junto à regeneração, sendo acompanhada da evidência física inicial do falar em línguas (At 2.4)”.
Essa experiência foi notória na Igreja em Atos, tanto na Igreja de origem judaica quanto na de origem grega, e pelo relato de Lucas em Atos 19, chegou a ser acompanhada de profecias.
2. É uma realidade para os nossos dias.
Quando se trata deste assunto, há pessoas que acreditam que o revestimento de poder, conforme relatado em Atos, está fora do alcance da experiência cristã de nossos dias. Tal entendimento se dá por força de uma visão mais voltada a um intelectualismo de cunho pós-moderno, que vê a experiência pessoal com pouco valor. Na prática, um pensamento teológico que rejeita a experiência do batismo com o Espírito Santo como um evento real para os nossos dias o faz puramente por um prisma racionalista, que rejeita a experiência por entender que ela é subjetiva, ou seja, cada pessoa tem a sua, e por isso não tem valor. Mas com o respaldo da Palavra de Deus, tendo em vista que o próprio Jesus disse que “estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas” (Mc 16.17), cremos que o batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas é, sim, uma experiência de Deus para os nossos dias.
3. O batismo com o Espírito Santo não é designativo de espiritualidade.
Em hipótese alguma um pentecostal genuíno, que manifesta o fruto do Espírito, pode se achar superior a qualquer outro cristão não pentecostal. O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, não um designativo de superioridade ou de santidade. Ser revestido de poder por meio do batismo com o Espírito Santo exige de nós humildade, pois não fomos nós mesmos que nos revestimos. O revestimento de poder não é coisa de homens, mas de Deus, e cremos que este revestimento é dado por Ele não para que venhamos ser testemunhas da obra de Cristo e do motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo (1Jo 3.8). Portanto, ser cheio do Espírito é uma promessa de Jesus a todos os crentes, mas para que sejam testemunhas dEle.
II. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. A conversão.
É uma experiência que ocorre no momento em que a pessoa, arrependida de seus pecados, e tendo sido convencida pelo Espírito Santo, decide renunciar a vida de pecados, aceitando a Jesus como seu único Senhor e Salvador. Uma vez que ocorre a conversão, o pecador é transformado em uma nova criatura e feito filho de Deus. Essa transformação, de pecador e inimigo de Deus para filho, é uma mudança poderosa operada pelo próprio Senhor. O homem pode ouvir a mensagem do evangelho, ser convencido de seus pecados e aceitar a Jesus, mas ser transformado é somente pelo poder de Deus (Jo 1.11-13). Ser feito um filho de Deus é um poder concedido para fazer de nós novas criaturas, mas a conversão não é o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é para pessoas que já experimentaram a salvação. Uma pessoa pode receber o batismo com o Espírito segundos após ter se arrependido de seus pecados e aceitado a Jesus, mas são experiências diferentes.
2. O selo do Espírito.
Paulo descreve que quando recebemos Jesus como nosso Salvador, fomos selados, marcados pela glória dEle para a eternidade. É o chamado “selo do Espírito Santo” para os que creem nEle (Ef 1.13,14). Paulo, escrevendo aos efésios, não menciona ser o chamado “selo do Espírito Santo” o revestimento de poder para testemunhar. O selo nos tempos antigos servia para garantir a fidelidade de um documento ou a inviolabilidade de um estabelecimento. Neste caso, Paulo diz que os que estão em Cristo, que creram nEle depois da exposição da Palavra, foram selados, separados pelo Espírito Santo para que Deus seja glorificado. É uma experiência da salvação, genuína e para todos os crentes, mas não pode ser confundida com o revestimento de poder do Espírito Santo.
3. O fruto do Espírito.
O fruto do Espírito não é o batismo com o Espírito Santo, pois enquanto este é o derramamento do Espírito para revestimento de poder, aquele é a manifestação do Espírito nas atitudes daqueles que foram alcançados pelo evangelho. Enquanto o batismo com o Espírito vem da parte de Deus, o fruto do Espírito é a forma como os cristãos demonstram seu caráter transformado pelo evangelho, e isso é necessário a todo cristão, independente de sua linha doutrinária ser pentecostal ou não. O fruto do Espírito é o resultado de uma maturação na vida do crente, de passar por experiências em que Deus o vai moldando de acordo com a sua Palavra.
III. O FALAR EM LÍNGUAS COMO EVIDÊNCIA
1. Falam todos em línguas?
Um dos equívocos mais comuns na interpretação de 1 Coríntios 12.30 é acerca da pergunta de Paulo sobre os dons espirituais: “Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?”. Alegar que esse texto indica que nem todas as pessoas batizadas com o Espírito Santo falam em línguas é forçar uma interpretação, pois esse texto trata especificamente a respeito dos dons espirituais, e não sobre o falar em línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo. É próprio de uma vertente teológica pós-moderna dizer que o livro de Atos é meramente histórico quando se trata do falar em línguas. Os Evangelhos também são históricos, e nem por isso são desprezados.
2. No Cenáculo.
Lucas menciona em três ocasiões que o falar em línguas é observado como evidência inicial do batismo com o Espírito Santo. A primeira é em Atos 2, no cenáculo, em que os discípulos estavam orando (At 2.4). Nesse primeiro registro, as línguas são diretamente associadas à visitação do Espírito Santo aos crentes em oração. Além do som como de um vento impetuoso que encheu o lugar de oração, e línguas de fogo, vistas sobre aqueles crentes, o que chamou a atenção dos visitantes de Jerusalém foi que ouviram os crentes falando em outras línguas. E antes de falar de Jesus à multidão, Pedro falou em línguas no local de oração.
3. Na casa de Cornélio.
A segunda ocorrência é mostrada por Lucas em Atos 10.44-46. Este relato nos remete à primeira visitação do Espírito Santo aos gentios, na casa de Cornélio, o centurião romano. Pedro fora informado de que deveria se dirigir à casa de Cornélio e falar com ele, e Lucas relata que antes que Pedro terminasse a pregação, o Espírito de Deus veio sobre aqueles que ouviam suas palavras. Até aquele momento, não havia registros de que os apóstolos em Jerusalém tivessem testemunhado o batismo com o Espírito Santo em gentios. Na verdade, como vemos por Atos 7 a 10, os discípulos de Jesus permaneceram em Jerusalém, e somente com uma perseguição é que se espalharam e foram pregar o evangelho por onde passavam. O evangelho chegou a Samaria com Filipe, Saulo encontrou Jesus no caminho de Damasco e então surge o relato de Cornélio. O impacto foi tão grande na vida de Pedro, após os gentios terem sido cheios do Espírito Santo, que ele não negou o batismo àqueles que tinham recebido o Espírito Santo. Mesmo depois de retornar a Jerusalém o apóstolo teve de se explicar aos “da circuncisão”, e deixou claro: “[...] quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17). Se Deus trouxe seu Espírito aos gentios, nada mais restou aos de Jerusalém, senão glorificarem a Deus (At 11.18).
4. Em Éfeso.
A terceira menção de Lucas aparece em Atos 19. Paulo chega a Éfeso e se depara com um grupo de homens que já conheciam o evangelho, mas não haviam recebido o batismo com o Espírito Santo. “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam” (At 19.5,6). Eles já eram salvos, foram convencidos de seus pecados pelo Espírito, já tinham se arrependido e eram batizados. Entretanto, eles nem mesmo sabiam da existência da Pessoa do Espírito Santo. Após receberem a imposição de mãos do apóstolo Paulo, foram cheios e falaram em outras línguas. Esse é o segundo relato de gentios sendo cheios do Espírito no livro de Atos.
CONCLUSÃO
O batismo com o Espírito Santo é mais do que uma promessa. É o cumprimento do projeto de Deus de revestir seus filhos com um poder para testemunhar das suas grandezas, da salvação e da vida porvir. Essa promessa jamais foi revogada por Deus, e até que o Senhor Jesus, que é perfeito, seja manifesto, podemos contar com o cumprimento dessa promessa. Como os discípulos em oração, podemos receber esse mesmo revestimento de poder em nossos dias.
SUBSÍDIO
A glossolalia. É a manifestação das línguas estranhas no batismo no Espírito Santo bem como das línguas como um dos dons espirituais. Trata-se um termo técnico de origem grega glossa, “língua, idioma”, e de lalía, “modo de falar” (Mt 26.73), conjugado à “linguagem” (Jo 8.43), substantivo derivado do verbo grego lalein, “falar”. A expressão lalein glossais, “falar línguas” (1Co 14.5), é usada no Novo Testamento para indicar “outras línguas”. É importante saber que as línguas manifestas no dia de Pentecostes são as mesmas que aparecem na lista dos dons espirituais (1Co 12.10,28; 14.2). Ambas são de origem divina e sobrenatural, mas são diferentes apenas quanto à função.
A glossolalia. É a manifestação das línguas estranhas no batismo no Espírito Santo bem como das línguas como um dos dons espirituais. Trata-se um termo técnico de origem grega glossa, “língua, idioma”, e de lalía, “modo de falar” (Mt 26.73), conjugado à “linguagem” (Jo 8.43), substantivo derivado do verbo grego lalein, “falar”. A expressão lalein glossais, “falar línguas” (1Co 14.5), é usada no Novo Testamento para indicar “outras línguas”. É importante saber que as línguas manifestas no dia de Pentecostes são as mesmas que aparecem na lista dos dons espirituais (1Co 12.10,28; 14.2). Ambas são de origem divina e sobrenatural, mas são diferentes apenas quanto à função.
Leia também: As manifestações do Espírito Santo
Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 4º Trimestre de 2018 - Título: O vento sopra onde quer – O ensino bíblico do Espírito Santo e sua operação na vida da Igreja – Comentarista: Alexandre Coelho
Aqui eu Aprendi!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O comentário será postado assim que o autor der a aprovação.
Respeitando a liberdade de expressão e a valorização de quem expressa o seu pensamento, todas as participações no espaço reservado aos comentários deverão conter a identificação do autor do comentário.
Não serão liberados comentários, mesmo identificados, que contenham palavrões, calunias, digitações ofensivas e pejorativas, com falsidade ideológica e os que agridam a privacidade familiar.
Comentários anônimos:
Embora haja a aceitação de digitação do comentário anônimo, isso não significa que será publicado.
O administrador do blog prioriza os comentários identificados.
Os comentários anônimos passarão por criteriosa analise e, poderão ou não serem publicados.
Comentários suspeitos e/ou "spam" serão excluídos automaticamente.
Obrigado!
" Aqui eu Aprendi! "