Em Levítico, somos desafiados por uma doutrina imprescindível à nossa segurança espiritual: a santificação. Do primeiro ao último capítulo do livro, a preocupação do autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, é guindar os israelitas (e a nós também) a uma posição alta e privilegiada diante de Deus.
Antes de tudo, observamos que foi necessário separar Israel dos outros povos, para que este se erguesse como testemunha da verdadeira fé. Vencida essa etapa, era urgente separar Israel para o serviço de Jeová, que continua a requerer de seus servos (entre os quais, nós) uma perfeição que, ainda hoje, parece inatingível: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1, ARA).
Por que Deus nos demanda tal perfeição, se até mesmo, em seus anjos, acha Ele imperfeições e falhas? (Jó 4.18). Todavia, o padrão divino não pode ser rebaixado à condição humana; seu propósito é promover-nos às regiões celestiais.
Apesar de vivermos numa dispensação agraciada e plena, não devemos supor que a santificação foi uma reivindicação apresentada somente a Israel. O apóstolo Pedro repete-a à sua congregação (1 Pe 1.16). O que nos resta a fazer? Aprendamos com os sacerdotes do Senhor o valor, a beleza e a força da doutrina bíblica da santificação.
I. A MARAVILHOSA DOUTRINA DA SANTIDADE
Já me perguntaram diversas vezes, por que a doutrina da santificação não é mais pregada em nossos púlpitos como outrora. Enquanto ponderamos uma resposta, recorramos a esse tão precioso ensino como no-lo apresentam as Escrituras Sagradas.
1. A doutrina da santificação.
Inserida no departamento soteriológico da Teologia Sistema, a doutrina da santificação pode ser definida como o ensino, cujo principal objetivo é levar o crente a separar-se do mundo, para consagrar-se inteiramente a Deus.
O substantivo feminino “santificação” provém do verbo latino eclesiástico sanctificare que, numa primeira instância, significa “fazer santo”. Já na instância seguinte, pode significar também separar algo ou alguém para o uso sagrado.
Se formos ao grego do Novo Testamento, constaremos que a palavra “santificação” provém do substantivo hagiasmos, que, por sua vez, procede do verbo hagiazo. De acordo com o Léxico de Thayer, o verbo hagiazo significa “reconhecer como venerável; honrar; separar algo das coisas profanas para dedicá-lo a Deus; consagrar; purificar tanto externa quanto cerimonialmente”. Tanto no grego, como no latim, o significado e a demanda da santificação não mudam. Se nesta língua somos chamados a separar-nos do mundo, naquela somos intimados a consagrar-nos inteiramente a Deus e ao seu serviço.
Na língua hebraica, há também uma palavra específica para santificação. O vocábulo kadosh remete-nos ao mesmo sentido de santidade, separação e pureza, que encontramos no latim e no grego.
2. O que é a santificação.
Já que definimos a doutrina da santificação, resta-nos, agora, descrever esse processo que, em nós, começa a ser operado desde o dia em que recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador.
Em primeiro lugar, entendamos que a nossa santificação é da inteira vontade de Deus. Ouçamos atentamente o que Paulo recomenda aos irmãos de Tessalônica: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” (1 Ts 4.3, ARA). Se é da vontade de Deus que nos santifiquemos, não podemos contrariá-la. Doutra forma, jamais poderemos adentrar a Jerusalém Celeste; ali estão vedados os que se dão à prática do pecado. Eis a advertência que nos faz o autor sagrado:
Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (Ap 21.8 , ARA)
Em segundo lugar, há uma verdade ainda ignorada por muitos crentes: a doutrina da santificação deve ser pregada exclusivamente aos santos. Quanto aos que ainda não conhecem a Deus, que lhes seja proclamada a mensagem de arrependimento. O apóstolo Paulo, ainda escrevendo aos tessalonicenses, é bastante categórico ao exortá-los a uma vida de maior santidade perante Deus:
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23, ARA).
Em terceiro lugar, não podemos confundir santidade com santificação. No exato instante em que aceitamos Jesus, somos imediatamente elevados à posição de santos; sendo já santos, estamos entre os demais santos. Isso não significa, porém, que o processo de nossa santificação haja se completado ali. Posto que a santificação é um processo, e não um ato, tem início ali, ao pé da cruz, uma ação longa e continuada que, levada a efeito pela Palavra de Deus, conduzir-nos-á à estatura de varões perfeitos, segundo o modelo que há Jesus Cristo.
Com dito, a santidade deve ser vista como um posicionamento e não como um processo devidamente encerrado. Que agora somos santos, não há dúvida. Todavia, isso não significa que já estejamos plenamente santificados. Seremos constrangidos, durante a nossa peregrinação à Cidade Celeste, a buscar os meios da graça, a fim de alcançarmos a perfeição: oração, leitura da Bíblia, jejuns, frequência aos cultos e disciplina espiritual. Enquanto estivermos neste mundo, soar-nos-á aos ouvidos a exortação apostólica: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR” (Hb 12.14).
Em quarto lugar, a santificação é, de fato, uma obra específica do Espírito Santo. Atentemos a esta recomendação de Paulo ainda aos irmãos de Tessalônica:
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo SENHOR, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2.13, ARA).
Ora, a função do Espírito é santificar a Igreja de Cristo. Daí a razão de seu nome; seu ministério compreende a nossa inteira santificação.
Cabe-nos, entretanto, dar-lhe total guarida, para que Ele opere com toda a liberdade em nosso ser. Doutra forma, jamais seremos admitidos entre os santos de Deus. Atentemos, também, a esta palavra de Pedro aos irmãos que se achavam dispersos:
“Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1.2).
Que nos abramos à santificação que, em nós, quer operar o Espírito de Deus. Ele não pode ser entristecido por nossas atitudes mundanas, cruéis, incrédulas e apostatas.
II. O TEXTO ÁUREO DE LEVÍTICO
Neste tópico, focalizaremos o texto áureo do livro de Levítico. Após o havermos considerado, concluiremos que ele continua tão atual hoje quanto no dia em que Moisés, há 3500 anos, o entregou aos filhos de Israel no deserto do Sinai. Leiamos o texto sagrado:
“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2).
1. “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes.”
Por intermédio de seu fiel mensageiro, o Senhor dirige-se a toda a congregação dos filhos de Israel. Já não pode haver distinção entre dirigentes e dirigidos, nem se admite a divisão do povo de Deus entre clero e laicato. Agora, todo o povo de Israel faz-se congregação diante do Senhor, o corpo místico de Jeová no Antigo Testamento.
Deus ordena a Moisés a falar a toda a congregação de Israel. Nesse caso, o verbo hebraico dabar não pode ser interpretado como uma elocução qualquer. Essa palavra deve ser ouvida, por todos nós, como se fora uma ordem expressa de Deus: declarar, comunicar, afirmar solenemente.
Por intermédio de Moisés, o Senhor dirige-se não ao povo: o Israel visível. Mas à congregação: o Israel invisível e espiritual. A palavra “congregação”, em hebraico, é bastante específica: `edah é um termo que evoca, entre outras coisas, ajuntamento solene ou assembleia. Sendo assim, conforme já dissemos, os filhos de Israel devem ser vistos não como mera entidade política, mas como a Igreja do Senhor no Antigo Testamento. É claro que a soberania divina não se restringe à congregação; abrange a todos em qualquer tempo e lugar. Mas, com intimidade, Ele trata apenas com os seus queridos filhos.
2. “Santos sereis.”
Moisés, agora, transmite a ordem divina à congregação israelita: “Santos sereis”. Detenhamo-nos no substantivo “santo” segundo o original hebraico. O vocábulo qadowsh traz estes sentidos: sagrado, separado, apartado e santo. Isso não significa que a nossa santidade levar-nos-á a sair do mundo ou do mundo isolar-se. Lembremo-nos da oração sacerdotal de Jesus: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (Jo 17.15, ARA).
Na ótica bíblica, santificar-se não significa isolar-se da sociedade, mas nesta atuar como testemunha fiel de Deus. É o que o Senhor requisitava de sua congregação no deserto. Mesmo ali, ainda sem contatar povo algum, deveriam os israelitas consagrar-se inteiramente como servos do Senhor. Sim, embora estamos no lugar mais improvável e árido, proclamemos as virtudes do Reino de Deus, por meio de uma vida santa, pura e marcada pela distinção.
3. “Porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.”
Neste ponto, o Senhor apresenta a razão de sua demanda à congregação de Israel: “Porque eu, o Senhor”. Sim, Deus é o Senhor. Logo, nesse relacionamento, não passamos de servos. Ele tem autoridade para exigir que cada um de seus filhos seja santo, porque Ele é santo. Como ignorar as prerrogativas daquEle que nos chamou à perfeição?
O texto áureo de Levítico é tão claro e abrangente que nem mesmo os dirigentes máximos da nação sentiam-se eximidos dessa obrigação. Todos deveriam porfiar por uma vida santa que, tendo início, em seu coração, refletisse em seu semblante. Que o Senhor nos ajude a andar de valor em valor até que venhamos a completar a nossa carreira espiritual.
III. A SANTIFICAÇÃO DA CLASSE SACERDOTAL
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal de contas, eram os responsáveis pela santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de Deus.
1. Santidade exterior.
Aos ministros do altar, o Senhor impusera uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o ministério sagrado. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher qualquer a não ser uma virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo em relação ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que pesava sobre a classe sacerdotal, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
Embora não pertençamos à Casa de Levi, deveríamos nós, os obreiros de Cristo, ter uma postura mais santa e reverente. Às vezes, no púlpito, comportamo-nos como meros comediantes. Contamos piadas; lembramos pilhérias; evocamos imagens fortes e até sensuais. Imaginamos que, com uma desenvoltura mais leve e solta, levaremos o povo de Deus ao Céu.
Como se não bastasse, vemos alguns homens, tidos como de Deus, envolvidos em desinteligências, resmungos, escândalos e corrupção. Acham-se eles tão acostumados à impenitência, que já não temem ofender o Espírito Santo. Seguindo a doutrina de Balaão e errando pelos caminhos dos nicolaítas, usam a Bíblia para corromper o povo de Deus. Por intermédio da teologia, desviam os jovens e transviam os companheiros de ministério. A Igreja de Cristo? Têm-na como um negócio vantajoso.
O que falar dos divórcios já tão comuns entre os membros do ministério sagrado? Não nos enganemos! O mesmo Deus que não deixou impune Nadabe e Abiú continua a reivindicar, de cada um de seus trabalhadores, uma vida íntegra, imaculada e irrepreensível. Certa vez, um querido amigo disse-me que Deus começaria a punir os maus obreiros com a morte. Na hora, achei a expressão um pouco carregada. Todavia, se acreditamos que o Deus de Levítico continua o mesmo, então que busquemos a misericórdia daquEle que, apesar de nossas maldades, quer restabelecer-nos prontamente.
2. Santidade interior.
O sumo sacerdote tinha de portar uma lâmina de ouro que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao SENHOR” (Êx 28.36). A santidade do sacerdote, portanto, longe de ser formal, era um reflexo do que lhe ia na alma (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal, com o tempo, deixou-se levar por um culto formalista e apóstata, o que ocasionou a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
Como está a nossa santidade interior? Por vezes, exteriormente, parecemo-nos o mais santo e correto dos homens. Mas, em nosso coração, quanto pecado. Em nossa alma, quanta iniquidade. E, em nossa mente, quanta sujeira, cobiça, adultério e até homicídios. Se não fizermos uma pausa, a fim de buscar a Deus, corremos o risco de perder a alma. Já imaginou ser lançado no lago de fogo em consequência de uma vida interior pecaminosa e reprovada diante do santíssimo Deus?
Que nós, obreiros de Cristo, guardemo-nos da pornografia e do contato com mulheres pecadoras e carregadas de concupiscência. Sejamos precavidos. Façamo-nos acompanhar pela esposa onde quer que estejamos. Não importa se você é um obreiro jovem, de meia idade ou até mesmo um velho. O inimigo de nossas almas (às vezes, somos nós mesmos) está pouco se importando com a nossa faixa etária. Meu querido pastor, Roberto Montanheiro, costumava dizer que, no jogo da tentação, o Diabo enfraquece o mancebo e fortalece o ancião.
4. Santidade e Glória.
A santidade e a pureza da classe sacerdotal demonstravam a glória de Deus sobre todo o povo de Israel. Por esse motivo, os ministros do altar deveriam oferecer sacrifícios em primeiro lugar, por si mesmos, e depois por todo o povo (Lv 9.1-8). Se, pelo altar, deveria começar a santificação do povo, pelo mesmo altar deveria também ter início a punição dos ministros de Deus (Jl 1.3; 2.17; 1 Pe 4.17). Neste momento, o Senhor Jesus, por intermédio de seu Espírito Santo, está a requerer mais santidade e pureza de seus obreiros. Doutra forma, não subsistiremos às tormentas que, brevemente, se abaterão sobre a Igreja de Cristo.
Fomos chamados a refletir a glória de Jesus Cristo onde quer que estejamos. Que todos vejam, em nossa face, o rosto de Cristo; em nossas mãos, a providência divina; e, em nossos pés, o Evangelho que alcança os confins da terra.
É chegado o momento de voltarmos ao primeiro amor. Se nos curvarmos diante do Cordeiro, seremos renovados em línguas estranhas, receberemos dons espirituais e daremos uma sequência gloriosa ao nosso ministério. Evangelizemos. Lancemo-nos às missões. Trabalhemos enquanto é dia; a noite não demora a chegar.
IV. UMA TAREFA QUASE IMPOSSÍVEL, A SANTIFICAÇÃO DE TODO DE TODO UM POVO
A santidade da classe sacerdotal deveria refletir-se, necessária e eficazmente, na vida diária de Israel como povo, como congregação e em cada família (Os 4.9-11).
1. Povo santo.
Por que o Senhor exigia santidade e pureza de seu povo? (Lv 11.44,45). Antes de tudo, para que Israel cumprisse, cabalmente, a missão para a qual havia sido chamado: ser uma bênção a todos os povos (Gn 12.13). Se atentarmos à História Sagrada, verificaremos que a santificação dos hebreus teve início no exato instante em que Deus chamou Abraão (Gn 17.17). A partir de sua vocação, os hebreus já tinham como obrigação, espiritual e moral, levar a Palavra de Deus a toda a terra, para que esta se enchesse do conhecimento do Senhor (Hb 2.14). Portanto, a menos que o povo de Deus seja puro e santo, a evangelização jamais alcançará todos os povos da terra. Requer-se, ainda, que este mesmo povo seja revestido do poder do Espírito Santo (At 1.8). Somente assim a proclamação do Evangelho será eficaz.
Com muita tristeza, observamos que o título “evangélico”, que tanto nos dignificava até a década de 1980, não passava hoje de um rótulo velho e já lançado no monturo. Se, no passado, era ignominioso ser crente, atualmente é chique; constitui-se até num passaporte à ascensão social, política e econômica. Tenho encontrado alguns membros de minha querida denominação que, em nada, diferem de um mundano. Basta uma conversa de três ou quatro minutos, para concluir que, aquela pessoa, embora batizada nas águas, jamais teve uma experiência real com o Senhor Jesus.
Se o povo de Deus não voltar a ser distinguido pela santidade, como haveremos de resgatar o Brasil da miséria em que se encontra?
Antes de tudo, voltemos à doutrina da santificação. Santifiquemo-nos. Caso contrário, seremos envergonhados quando estivermos a conclamar a Igreja de Cristo a uma vida santa e piedosa. Obreiros do Senhor, choremos diante do Cordeiro de Deus.
2. Congregação santa.
O povo somente virá a ser santo se a congregação for pura, santa e separada do mundo. Eis porque, no Pentateuco, o povo todo de Israel era tido como a congregação do Senhor (Êx 12.3-6; Lv 4.15). Naquele tempo, não havia (e nem poderia haver) o que chamamos de laicismo, porque tanto os dirigentes do povo quanto este deveriam ser crentes; fiéis testemunhas do Senhor (1 Rs 8.5).
A tenda, na qual Moisés entrava para falar com o Senhor, não pertencia a esta ou àquela tribo, mas a toda congregação de Israel (Êx 27.1). Portanto, todo o ajuntamento de Jeová deveria ser reconhecido por sua dedicação incondicional ao Senhor. Até os rebeldes e apóstatas reconheciam a distinção da assembleia de Jeová (Nm 16.3). Foi com esse status que Israel apossou-se da Terra Prometida.
3. Famílias santas.
A congregação de Israel só viria a ser santa se cada família, em particular, fosse igualmente santa e dedicada ao Senhor. Por isso, Deus requeria que toda família comemorasse a Páscoa (Êx 12.3). Na prática, os sacrifícios pela congregação e pelo povo só teriam efeito, se cada unidade doméstica observasse a adoração ao Deus de Jacó, como o fazia o próprio patriarca (Gn 35.1-5).
A família hebreia ideal é descrita no Salmo 128. Apesar de o divórcio ser tolerado na sociedade israelita, havia dispositivos severos para proteger a unidade familiar hebreia (Lv 18). Portanto, só com famílias realmente santas é que poderemos levar Cristo a todos os lares do Brasil e do mundo.
CONCLUSÃO
A santidade não é um mero ornamento na vida dos filhos de Deus. É um requisito obrigatório; mantém-nos firmes e inabaláveis no Senhor; dá-nos condições de propagar o Evangelho. Tendo como exemplo o compromisso do sacerdócio levítico com a santidade divina, devemos primar por uma vida irrepreensível diante de Deus e dos homens. Se somos, de fato, o sal da terra, por que não salgar a sociedade com um testemunho irrepreensível? E se somos a luz do mundo, por que as trevas já encobrem o povo de Deus?
No desempenho de meu pastorado, tenho encontrado muitos crentes que, embora frequentem assiduamente os cultos, ainda não tiveram uma experiência pessoal com o Senhor; são perigosamente nominais. Estão na igreja, mas não são Igreja. O que lhes falta? Uma vida de santidade e pureza, que os diferencie o mundo. Que Deus nos ajude a reconduzi-los ao Senhor Jesus Cristo enquanto é dia.
Santidade ao Senhor!
Livro de Apoio – Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Claudionor de Andrade
Lições Bíblicas 3º Trim.2018 - Adoração, Santidade e Serviço - Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico - Comentarista: Claudionor de Andrade
Que benção de texto,fala muito ao coração. Um ótimo final de semana..
ResponderExcluirObrigado pela participação Regina de Aguiar. Que o Espírito Santo continue a falar em nossos corações.
Excluirabraço fraterno