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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Nossa Esperança na Vinda do Senhor

“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” 1Ts 5.6

“A Trombeta de Deus ressoará
Que instante abençoado! Nos dias do Antigo Testamento, Deus determinara que se fizessem duas trombetas de prata, que seriam usadas tanto para reunir o povo como para alertá-lo para a partida (Nm 10.1-7). Naquele dia tocará do céu a trombeta de Deus, como sinal de que devemos partir daqui, deste mundo, e reunir-nos em glória celestial! Essa trombeta de Deus não faz parte de nenhuma das sete trombetas do juízo, que serão tocadas no tempo dos três ‘ais’ (Ap 8.13; 11.15). Ela é uma trombeta de bênção, cujo som convocará a Noiva de Jesus para a festa eterna no céu.

Os mortos ressuscitarão primeiro
Aqui chegamos a um dos maiores milagres do universo — a ressurreição. Para os materialistas e ateus, a ressurreição é uma fantasia. Não creem por não encontrarem explicação para tal maravilha. Porém, a salvação não se baseia, efetivamente, na compreensão do homem natural, mas na fé. E por meio da fé compreendemos essas verdades gloriosas. A ressurreição significa que o homem morto tornará a existir e a viver fisicamente por meio de uma nova união entre o espírito e o corpo que foram separados no momento da morte. Para os que morreram em Cristo esse milagre se realizará no dia da vinda de Jesus (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 13ª Edições. RJ: CPAD, 2013. pp.320,321).

Deus é responsável pela criação e consumação de todas as coisas em Cristo Jesus.

A escatologia discutida por Paulo em 1 Tessalonicenses tem suas peculiaridades, mesmo se comparada com a abordagem que o apóstolo promove em 2 Tessalonicenses. O pragmatismo atual que envolve a fé cristã de muitas pessoas é o único objeto de busca para alguns indivíduos A aridez da questão (com suas imagens apocalípticas, figuras fantásticas e eventos extraordinários) tende, em alguns casos, a tornar o debate escatológico distante do interesse dos jovens. Apesar destes desafios lembre-se: Você é a pessoa que Deus usará para abençoar esse grupo de jovens. O Senhor é contigo!

Texto Bíblico - 1 Tessalonicenses 4.13-18; 5.1-6

INTRODUÇÃO

Para a maior parte dos intérpretes, o debate a respeito das últimas coisas é uma temática tão importante na relação de Paulo com os tessalonicenses que pode, inclusive, servir de chave de leitura para uma compreensão integrada das duas epístolas. Mais importante do que determo-nos em intermináveis discussões sobre nuances ou detalhes escatológicos que resvalam deste texto de 1 Tessalonicenses, será refletir a respeito do contexto geral que fomenta tal discussão.

O amoroso cuidado pastoral de Paulo leva-o a explicar aos crentes em Tessalônica algumas verdades espirituais primárias, mas que estes, por imaturidade ou por falta de um ensino mais sistemático, ainda não haviam assimilado.

De forma análoga, é de extrema importância questionarmo-nos sobre a imperativa exigência de discussão deste tema na sociedade contemporânea. Em tempos de conhecimento instantâneo, transformações sociais diárias e economia extremamente volátil, ainda faz sentido falar de eternidade?

I. OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS

1. Evitar os perigos da falta de profundidade bíblica.
O receio de Paulo para com os tessalonicenses era o de que a falta de uma compreensão mais profunda dos pilares da fé — dentre os quais estava, por exemplo, a crença na ressurreição de Jesus — levasse este grupo de novos irmãos a uma fé ignorante, e por isso mesmo, adoecida. Não somos chamados para permanecer em níveis elementares da fé (Hb 5.13,14); a metáfora bíblica diz-nos que a história de nossa fé é semelhante à corrida de um maratonista (1Co 9.24; 2Tm 4.7), por isso, é necessário sabedoria para não “morrer no meio do caminho”, mas antes, completarmos a carreira. Como um atencioso mestre, o apóstolo refletirá com seus amigos a respeito das questões básicas, mas imprescindíveis para o estabelecimento de uma vida cristã saudável, livre das fábulas e mitos das tradições religiosas.

2. Impedir qualquer entristecimento desnecessário.
A imaturidade da fé dos tessalonicenses poderia desembocar num problema maior: abandono da fé (Gl 1.6-9). A compreensão errônea de princípios bíblicos sempre tem repercussões negativas, comunitárias e pessoais. Percebemos pelo texto que o apóstolo apressou-se em responder as indagações dos irmãos para que assim se evitasse um esfriamento da fé daqueles irmãos. E isto é bastante perigoso, especialmente quando ocorre entre novos convertidos que, muitas vezes, não têm ainda suas convicções bem firmadas. Deixar de enfrentar tristezas de modo absoluto parece impossível, no entanto, existem determinados problemas e angústias que podemos fugir, e este era o caso entre aqueles novos irmãos.

3. Encher os tessalonicenses de esperança e consolo.
Algo inquietava os crentes de Tessalônica, tirava-lhes o sono e a harmonia interna da comunidade. Ao falar a respeito de questões pertinentes àquele contexto social, Paulo demonstra seu cuidado pastoral, que se manifesta no zelo pelo crescimento espiritual daquela Igreja. Do que adianta um sermão bem estruturado se o seu conteúdo não é compreendido pelo público? Qual a relevância de uma profunda discussão sobre elementos secundários da doutrina cristã se o essencial ainda não foi assimilado pela comunidade? Mais uma vez aprendemos com Paulo um importante princípio cristão: o importante em um sermão não é demonstrar o quanto se tem de conhecimento, e sim, falar com clareza e pertinência aquilo que produz crescimento às pessoas. Produzir esperança e consolo (1Ts 4.13,18), ou como o apóstolo fala em contexto semelhante — consolar, exortar e edificar (1Co 14.3) — este deve ser o cerne de toda pregação.

Pense!
Não podemos desprezar o estudo sistemático da Palavra de Deus.

Ponto Importante
Para o cristão, compreender os fundamentos básicos da fé significa sobrevivência espiritual.

II. VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHOR

1. A certeza da ressurreição gloriosa dos santos.
Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão triunfalmente ressuscitados para satisfação e alegria eterna, pois assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1Ts 4.14). Por isso, não há espaço para nenhuma crença aniquilacionista. Não só haverá vida após a morte, como a ressurreição dos santos será para felicidade e paz. O poder da maldade é parcial e transitório, a glória de Cristo é eterna e absoluta.

2. A certeza da vinda do Senhor exige vigilância.
Não é porque temos a certeza do retorno de Jesus para nos buscar, e com isso a convicção de nosso estado de eterna alegria com o Pai, que devemos viver de modo negligente (1Ts 5.4-6). Pelo contrário, tal revelação exige de nós comprometimento absoluto com o Reino de Deus. Não é possível vivermos com o coração dividido entre dois tipos de desejos contrários, ou com a alma cindida tentando servir ao Senhor e às trevas; é necessária a tomada de decisão. Aqueles que não conhecem a Cristo temem o fim de todas as coisas, apavoram-se ao pensar sobre o dia glorioso do Senhor. Estes, porém são os que desperdiçam suas vidas no pecado e por isso temem apresentarem-se diante do Criador. Nosso sentimento deve ser exatamente o inverso, ansiar o retorno de Jesus (Ap 22.20), com a convicção de que nos encontraremos com Deus; este será o melhor momento de nossas vidas. Por isso, vigiai! (Lc 21.36)

3. Este será um ato reivindicatório de Deus.
A palavra usada no versículo 17 para descrever a ação promovida por Cristo com relação aos que estiverem vivos quando de sua vinda literalmente significa “tomar com força”, “arrebatar com rapidez”, “reivindicar para si”. Deste modo, nosso encontro com o Senhor será resultado de uma decisão exclusiva de Deus, que, por ter autoridade e poder para isso, arrancará — sem qualquer preocupação com explicações a terceiros — aqueles que lhe pertencem. Somos possessão do Senhor, estamos neste mundo como peregrinos e forasteiros, aguardando apenas o exato momento de nosso regresso à morada eterna. Mais uma vez ratifica-se que nossa salvação não é um ato cuja origem deriva de nós, é na verdade um ato gracioso do Pai.

Pense!
A ressurreição é uma crença tão central para o Cristianismo que, como afirmou Paulo, se este fato não for verdadeiro nada mais terá sentido para nós.

Ponto Importante
A discussão de questões sobre o fim de todas as coisas produz medo e temor em muitos. Os justos não devem temer nada, aqueles que estão ainda no pecado há tempo para arrependimento.

III. OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?

1. A urgência de um despertamento.
Assim como Paulo exorta à jovem igreja de Tessalônica a vigiar e estar atenta quanto aos acontecimentos que precedem a vinda do Senhor (1Ts 5.6); a juventude de nossos dias também precisa ser sacudida com esta verdade que para alguns é inconveniente: tudo vai passar! Sim, é necessário demonstrar aos jovens desta geração que a força deles passa, assim como sua beleza, e que a própria juventude é “vaidade”, ou seja, efêmera, passageira (Ec 11.10). A ilusão da juventude eterna — que se propaga em nossa sociedade por meio da cultura das cirurgias estéticas e de um estilo de vida completamente irresponsável — precisa ser desfeita. As pessoas precisam reconhecer a presença de Deus em cada fase da vida, e assim, experimentar o melhor do Senhor sempre. Não há mais tempo a perder.

2. Superando o imediatismo.
O anúncio da vinda iminente do Senhor como um processo lento, aos nossos olhos, mas irreversível na história, a declaração do fim de todas as coisas e a comunicação do estabelecimento do Reino Eterno do Pai, são formas de estabelecer padrões temporais bem diferentes daqueles que a sociedade vive hoje. Em tempos de comunicações on line, de comidas fast-food e de relacionamentos líquidos (que de tão provisórios poderiam ser até mesmo chamados de gaseificos), falar de valores eternos parece uma piada, mas é sobre isso que nossos contemporâneos precisam ouvir. O imediatismo do cotidiano precisa se render ao plano de Deus que, a seu tempo, estabelece seus propósitos e desígnios (Lc 21.19; 2Pe 3.8). A pregação sobre as últimas coisas tem o poder de despertar o ouvinte para um modelo de temporalidade que se concentra no estabelecimento correto de um processo, e não, apenas, em um resultado prematuramente obtido.

3. Anunciando que há um Senhor na história da humanidade.
A urgência da pregação escatológica está intimamente associada à constante necessidade de declararmos a este mundo que não vivemos num turbilhão de caos, e sim, que há um Deus que de maneira amorosa traçou as linhas mestras da história humana. Anunciar o fim implica dizer que há um Senhor no universo o qual, sendo responsável pela criação de todas as coisas, também estabeleceu um fim para elas. Por meio de seu cuidado, o Pai tem gestado na história o resultado de seu plano eterno, mesmo diante das oposições das trevas e da fragilidade humana, de tal modo que o fim, que já deve ser anunciado, aponta para o estabelecimento integral do Reino de Deus. Desta maneira, apregoar o fim é, também, apontar para a causa última do universo: Deus (Sl 74.12-17).


CONCLUSÃO

A vinda de Jesus deve ser um fato presente no horizonte existencial de cada cristão. Não somos chamados para permanecer aqui eternamente, antes, nossa pátria é do alto, nossa saudade é por aquilo que ainda não vimos. Somente por meio de uma fé genuína conseguimos permanecer íntegros quanto à disposição de nosso coração de acreditar que o arrebatamento é uma realidade.


“A precedência dos ressuscitados. ‘Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro’ (1Ts 4.15,16). É a precedência honrosa que Deus concederá aos ‘que morreram em Cristo’. Serão arrebatados primeiro, ainda que num ‘abrir e fechar de olhos’. Na ressurreição, o corpo dos salvos, ainda que transformados em pó, carbonizados ou comidos por peixes ou feras, serão trazidos à existência pelo poder de Deus, pela energia criadora de sua palavra: ‘[.] a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem’ (Rm 4.17). A ressurreição dos salvos para serem arrebatados é a vitória sobre a morte, ‘o último inimigo’ a ser aniquilado (1Co 15.26). A segunda ressurreição será para os ímpios, após o Milênio (Ap 20.5)” (LIMA, Elinaldo Renovato. O Final de Todas as Coisas. Esperança e glória para os salvos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015. p.55).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

Aqui eu Aprendi!

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