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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Coragem em meio à perseguição

“Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação e cumpra todo desejo da sua bondade e a obra da fé com poder” 2Ts 1.11

Por vivermos em um país pacífico e receptivo aos princípios do Evangelho temos, muitas vezes, dificuldade de compreender com clareza o que de fato é ser perseguido por amor a Cristo. Uma estratégia para utilizar-se nesta lição é pesquisar em sites especializados informações sobre como é a vida de cristãos em países fechados para a pregação do Evangelho. Existe inclusive uma mobilização nacional por igrejas que vivem em contextos de perseguição que é o DIP (Domingo da Igreja Perseguida). Este sempre ocorre no domingo após a comemoração do Pentecostes — em alusão ao contexto de Atos 4.

Promova entre seus alunos um momento de conscientização missionária, com o foco voltado para nações onde declarar-se cristão é assumir para si uma sentença de morte. Ore em sala por nossos irmãos perseguidos, e demonstre que os desafios enfrentados pelos tessalonicenses são compartilhados por muitos ainda hoje.

Não existem contrariedades que sejam capazes de destruir o projeto de Deus para nós.

Texto Bíblico - 2 Tessalonicenses 1.3-12

INTRODUÇÃO

Provavelmente, alguns meses depois da escrita de 1 Tessalonicenses, a persistência de três problemas leva Paulo a escrever uma nova carta à Igreja em Tessalônica com o objetivo de novamente denunciar tais situações. As dificuldades enfrentadas pelos tessalonicenses englobam três grandes áreas: política-cultural, teológica e social; são estes: uma ferrenha perseguição promovida por judeus e pelo império, uma interpretação completamente errônea com relação a parousia (a vinda do Senhor), e o desagradável testemunho pessoal de alguns irmãos que simplesmente não queriam mais trabalhar.

Neste primeiro capítulo o apóstolo dedica-se a uma palavra de ânimo e fortalecimento àqueles irmãos que, desde a saída de Paulo daquela cidade, passavam por severas situações de intolerância, mas mesmo assim continuavam firmes no propósito de servir a Deus. Sobre esta situação, Paulo os conforta afirmando que o Senhor fará justiça.

I. COMO SE PORTAR DIANTE DAS TRIBULAÇÕES?

1. Com uma fé amadurecida.
A fé dos tessalonicenses não estagnou (2Ts 1.3). Apesar das severas tribulações, das heresias que se infiltravam naquela comunidade, eles cresceram em confiança diante do Senhor. A máxima de Paulo direcionada à Igreja em Corinto em 1 Coríntios 11.19 parece fazer todo sentido em Tessalônica: é na crise que os verdadeiros e fiéis se manifestam, assim como os fraudulentos e hipócritas também (1Tm 5.24,25). Um contexto de adversidades não deve nos intimidar, antes, devemos encará-lo como uma possibilidade de aprofundarmo-nos na fé em Jesus Cristo. A vivência de oposições deve colaborar para nosso amadurecimento, isto é, quando vivemos em tempos difíceis passamos a valorizar as coisas certas, assim como a desconsiderar como relevante aquilo que não edifica. As muitas dificuldades que os tessalonicenses enfrentavam serviram de combustível para o desenvolvimento da fé daqueles irmãos.

2. Com um amor que se multiplica.
Um dos erros mais comuns, mas ao mesmo tempo mais perigosos que cometemos em tempos difíceis, é permitir que o ódio ganhe espaço em nosso ser. Os sentimentos de injustiça, desrespeito e medo que se levantam contra nós, não podem ser alimentados, senão, enraízam em nossos corações impedindo-nos de compreender com clareza a vontade de Deus (Hb 12.15). Lembremo-nos: nossos inimigos não são terrenos ou humanos, mas espirituais e diabólicos (Ef 6.12). Ao contrário disso, diante da crise, o amor entre os tessalonicenses se multiplicou, e não apenas, como alguém poderia pensar, de maneira egoísta, internamente, mas também para com a comunidade que estava à volta deles. Por meio do amor aquela comunidade se fortalecia e conseguia superar suas limitações e oposições. Não se vence o mal com mal, mas por meio do bem, do amor, da justiça e da misericórdia.

3. Com uma paciência inspiradora.
A reação daquela jovem igreja perante tantas tribulações era exemplar; o próprio apóstolo testemunha que durante sua estadia em outras igrejas daquela região, a postura dos irmãos em Tessalônica servia de inspiração. De modo especial, Paulo fala sobre a paciência daquela comunidade, que mesmo em meio a “perseguições e aflições” (2Ts 1.4) persiste pacientemente confiando em Cristo. Este é o segredo de uma vida vitoriosa: nunca agir precipitadamente em momentos de tensão, mas ao contrário, orientar-se por uma postura paciente. Nossa paz não se deriva de posses, poderes ou palavras. Temos a capacidade de parcimoniosamente enfrentar os percalços da vida porque temos um supremo alívio vindo do Senhor (Jo 16.33). A paciência dos tessalonicenses, que se fundamentava numa fé inabalável no amor de Deus, deve inspirar-nos a crer que nenhum problema é capaz de mudar o que o Senhor sente por nós.

Pense!
Não somos chamados para sermos cristãos infantis.

Ponto Importante
Em tempos de ódios culturais aflorados, precisamos, mais do que nunca, ser multiplicadores do amor.

II. O QUE ESPERAR EM TEMPOS DE TRIBULAÇÃO?

1. Que a tribulação converta-se em instrumento de testemunho de nossa fé.
Levando em consideração tudo o que aquela igreja enfrentava, mui especialmente a intolerância por parte da população local, o que poderia garantir que eles estavam no caminho certo? Esse é um sério questionamento com o qual comumente nos deparamos em tempos de adversidade: será que estou fazendo as escolhas corretas? Que garantias tenho que Cristo está comigo se estou enfrentando tudo isso? A resposta para estas questões, segundo o próprio Paulo afirma (2Ts 1.5; Sl 11.5), são as tribulações. Isto é, as lutas que enfrentamos, e superamos com paciência e fé (v.4), é o testemunho que fala mais alto acerca de nossa espiritualidade e dignidade em Cristo. Não devemos procurar problemas. Todavia, não devemos temê-los quando esses chegam, pois Cristo está conosco.

2. Que a devida justiça seja exercida sobre os perseguidores.
Em um contexto ostensivo e de ferrenha oposição, devemos ter a certeza de que o Senhor está ao lado do justo, e que por isso o ímpio jamais prosperará (2Ts 1.6,8,9). O aparente bem-estar do injusto não deve angustiar nossos corações, pois a estabilidade de tal felicidade é frágil e de rápida desestruturação. A alegria e descanso que o Pai tem programado para nós, todavia, são eternos, estáveis e abençoadores. Não nos cabe a execução de nenhum juízo, e sim a prática cotidiana da justiça. A ação de julgar é exclusiva do Pai (Hb 10.30), quanto a nós, basta-nos acreditar que nenhum culpado será tomado como inocente, e nenhum puro será condenado pelo Senhor como perverso (Na 1.3). No dia do juízo, justos e ímpios, serão separados pelo Senhor, os primeiros para descanso eterno, já esses últimos, infelizmente para desprezo e castigo eternos (Mt 25.33-45).

3. Que o dia do descanso virá.
As tribulações um dia terão um fim! (2Ts 1.7,10)
Nossa jornada, por mais cheia de percalços que possa ser, terá um ponto final, pois o plano eterno de Deus desenrola-se desta forma. Não é para o caos e o descontrole que tendem todas as coisas, o Senhor ainda coordena o universo, Ele está assentado no trono (Sl 11.4; 96.10). Para os seus santos, o Altíssimo tem preparado lugar de descanso e paz (Hb 4.1-11). É para essa esperança que devemos direcionar nossos corações, isto é, não é aqui que acaba nossa história. As muitas lutas e tribulações que enfrentamos não serão capazes de impedir o estabelecimento da eterna vontade do Pai. Nossa trajetória tem um rumo, nossos passos possuem uma direção certa; não demorará muito, e nós ouviremos do Senhor o chamado eterno para morarmos para sempre ao lado daquele que infinitamente nos ama.

Pense!
Não é necessário desejar o mal de ninguém. Cada um colherá aquilo que pessoalmente plantou.

Ponto Importante
Não devemos fazer uma apologia ao sofrimento, como se devêssemos desejá-lo, contudo, é preciso ter consciência de que enfrentaremos problemas.

III. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS TESSALONICENSES

1. Tenham sua vocação confirmada.
Não vem dos tessalonicenses o direito à salvação; esta é uma obra exclusivamente realizada por Deus (Ef 2.8). Contudo, o Eterno exige de seus filhos um padrão ético elevado; a vida digna para qual somos chamados também é uma realização de Deus em nosso ser. Sendo o Altíssimo o protagonista de todos os atos referentes à salvação, a oração de Paulo é para que os tessalonicenses aguardassem, de modo ativo (com testemunho, obediência e fervor), a ação salvadora do Senhor (2Ts 1.11). Grandes coisas o Salvador tem a realizar na vida de todos os seus filhos. Nosso esforço, desta maneira, deve estar em crer naquilo que o Senhor é poderoso para fazer. Sabendo que é Ele quem continuamente restaurará nosso ser à imagem do Pai enquanto aguardarmos a salvação.

2. Vivam a vontade de Deus.
Paulo esclarece aos tessalonicenses que a vocação daqueles irmãos tem como finalidade cumprir a vontade do Pai. Esta é uma importante intercessão que o apóstolo faz por aquela jovem igreja, pois cotidianamente somos confrontados com essa situação a ser resolvida: obedecemos a voz do Mestre ou fazemos tudo do nosso jeito? É claro que qualquer pessoa responderá que é melhor fazer a vontade do Senhor. Contudo, muitas vezes o plano de Deus nem sempre é o mais fácil ou conveniente a nós. Que nos inspiremos no clamor de Paulo pelos tessalonicenses para crer que a mais excelente escolha é cumprir cada plano do Senhor (Sl 143.10). Sempre viveremos tribulações e adversidades, mas isso não quer dizer que estamos sozinhos. Na maioria das vezes, continuar de pé em tempos de calamidade é a prova mais contundente de que Deus está conosco (Sl 118.6,7).

3. Glorifiquem ao Senhor com suas vidas.
Aquela era uma Igreja que enfrentava fortes dificuldades. A possibilidade de haver algum tipo de repercussão negativa na espiritualidade daqueles novos irmãos era algo real. Todavia, a intercessão de Paulo pelos tessalonicenses direcionava-se no sentido de que estes reconhecessem que suas vidas tinham como finalidade a glória de Deus, e por isso, não deveriam permitir que nada lhes separassem do amor do Pai (Rm 8.35-39). Tal como os irmãos de Tessalônica, devemos viver de maneira que tudo que façamos seja para o louvor do Senhor. Muito mais importante que glorificar a Deus apenas com palavras ou discursos é viver inteiramente para a honra do Senhor.

Pense!
A salvação não vem de nós, é uma dádiva de Deus.

Ponto Importante
Somos comissionados para uma vida de doação ao Reino e ao seu Rei.

CONCLUSÃO

Os desafios que aquela jovem igreja enfrentava eram enormes. Se fizéssemos uma avaliação meramente humana da situação, o prognóstico seria dos piores. Todavia, aquela comunidade não andava por critérios humanos, mas por obra de Deus. Inspiremo-nos no exemplo de Tessalônica para enfrentar nossas lutas particulares, sempre crendo que o Senhor é nosso bondoso Pai, que jamais nos abandona.

SUBSÍDIO
A Completa Recompensa Virá (1.6-10)
Saber que qualquer tipo de injustiça cometida um dia terá seu julgamento é um grande incentivo que gera um sentimento de bem-estar. Deus deseja que a justiça corra como um ribeiro impetuoso (Am 5.24). Seus filhos podem ter certeza de que a impiedade não escapará do julgamento, nem a justiça deixará de ser recompensada. Paulo reafirma os dois lados da justiça de Deus. Primeiramente fala do lado negativo — aqueles que perturbarem os tessalonicenses não escaparão impunes (v.6). Esse ato de Deus não deveria ser visto como um ‘embrulho de brutalidade cruel’ que proporcionará alegria, embora a simplicidade da expressão no versículo 6 possa levar a tal pensamento (também os vv.8,9; 2Pe 2.12-17; Jd vv.10-13). Talvez estas expressões bíblicas sejam como os salmos imprecatórios, que exigem dolorosos julgamentos sobre os opressores (por exemplo, Sl 3; 58; 59), não porque alguém esteja sedento de sangue, mas por se esperar tão ansiosamente que a justiça de Deus resgate o seu povo do mal. O salário do pecado será pago pelos perseguidores — a não ser, é claro, que lhes aconteça o mesmo que aconteceu a Saulo, ou seja, que se arrependam durante a sua jornada” (ARRINGTON, French L. e STRONSTAD, Roger (Ed). Comentário Bíblico Pentecostal. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2006. p.1414).

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2018 - Título: A Igreja do Arrebatamento — O padrão dos Tessalonicenses para estes últimos dias - Comentarista: Thiago Brazil

Aqui eu Aprendi!

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