“E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto, e a locusta, e o pulgão, e a oruga, o meu grande exército que enviei contra vós” Jl 2.25
Estimado docente, o assunto de hoje é de
extrema relevância para a vida de seus alunos, portanto cuide para que todos
possam estar compenetrados. Para começar, lance as seguintes perguntas: “Você
acha que os resultados de sua vida, até o presente momento, são bons, ou você
está numa ‘viagem de um dia curto do nada para o nada’ (como dizia o ateu
Ernest Hemingway)? E por qual motivo você chegou a essa conclusão?”. Espere que
seus alunos respondam e registre todas as colocações. Após, comece a analisar
as respostas, junto com eles, com o cuidado de não causar constrangimentos.
Essa atividade vai diagnosticar o estado de espírito de seus alunos quanto às
suas realizações pessoais. Lembre-se: o “filho pródigo” possivelmente errou
nessa análise e, depois, pediu a herança e partiu para uma terra longínqua.
TEXTO BÍBLICO:
Jó 1.1,3,12,18-21; 42.10,12,17
Ao tratar a respeito do desperdício do tempo
(preguiça), bem como o desejo de realizar tudo ao mesmo tempo (ativismo), ou
mesmo da antecipação do tempo (ansiedade), estamos mostrando o quanto
desperdiçamos o tempo e as oportunidades que Deus nos concede. Muito poderíamos
fazer em favor do Reino de Deus, de nossa família e do próximo se fizéssemos
uso do tempo com sabedoria, de forma correta. Em nossa caminhada, cometemos
alguns erros, desperdiçamos boas oportunidades e o tempo que o Criador nos
concede, mas como filhos seus não devemos desistir e ficar parados no tempo.
Precisamos nos arrepender dos nossos pecados, confessá-los a Deus, abandoná-los
e seguir adiante, pois o Pai Celeste sempre nos oferece uma segunda chance. O
que não podemos é persistir em nossos erros.
1. Perdendo tempo.
Perdemos tempo quando passamos a viver fora dos
propósitos divinos. O Senhor deseja que todos os homens vivam com um propósito:
glorificar o seu nome. Mas, quando não queremos viver de acordo com os
desígnios de Deus, pecamos e perdemos o que o Pai tem de melhor para nossas
vidas. O apóstolo Paulo tinha consciência de que os seus atos e realizações no
judaísmo foram uma grande perda de tempo e propósito. Segundo a Bíblia de
Aplicação Pessoal, “depois que Paulo avaliou o que havia conquistado em sua
vida, disse que tudo aquilo era ‘perda’ quando comparado à grandeza de conhecer
a Cristo”.
2. Reconhecendo o tempo.
Certa vez, Paulo, servo de Jesus Cristo
afirmou: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do
sono [...]” (Rm 13.11). Ele tem o cuidado de alertar aos crentes romanos quanto
à urgência do tempo em que viviam. Ele aponta vários acontecimentos quanto ao
tempo do fim. Paulo também afirma que Deus não leva em conta os tempos da
ignorância. Entretanto, Ele conclama a todos, em todos os lugares, que se
arrependam (At 17.30). Hoje ainda há tempo para nos arrependermos e nos
voltarmos para Deus. Mas, sabemos que em breve o Dia do Senhor virá e o tempo
da oportunidade se findará.
Muitos servos de Deus estão sendo atingidos
pelo sono da indolência, mas é tempo de despertar e recomeçar. Lembre-se de
onde você caiu e levante-se. O Senhor Jesus exortou a igreja de Éfeso para que
se lembrasse de onde havia caído, e voltasse a fazer o que era correto (Ap
2.5). Sempre é tempo de recomeçar!
3. Desistir jamais.
A perseverança diante das dificuldades é uma
das características daqueles que já experimentaram do amor de Cristo mediante a
fé. Sabemos que aqueles que amam a Cristo, tudo suportam, tudo creem e tudo
esperam (1Co 13). Quem não tem o amor, fruto do Espírito, desiste das pessoas e
da obra de Deus com mais facilidade. E estes sempre acabam seguindo o seu
próprio caminho, ou seja, fazendo sua vontade e não a de Deus. Jó amava a Deus,
por isso, diante das muitas adversidades ele declarou: “Ainda que ele me mate,
nele esperarei [...]” (Jó 13.15). Jó não desistiu de amar e buscar a Deus,
mesmo sofrendo. Você é daqueles que na primeira adversidade pensa logo em
desistir? Não desista jamais de amar, buscar a Deus e a sua vontade diretiva,
pois vale a pena.
Não há nada de bom em uma vida longe de Jesus
Cristo. Sem Ele a vida se torna apenas uma sucessão de dias e horas.
1. Deus, agente da restituição.
Davi, ao contrário do que a maioria dos reis
fazia, restituiu a Mefibosete, filho de Jônatas, todas as terras de Saul (2Sm
9.7). Os reis procuravam eliminar a família de seus rivais, pois tinham medo
que alguém lhes usurpasse o trono. Davi não somente restitui os bens materiais,
mas de contínuo convidava o filho de seu amigo para comer com ele à sua mesa
(2Sm 9.7). Todos podiam ver que Mefibosete desfrutava do favor do rei. Deus
pode restituir o que perdemos. Ele também tem poder para restabelecer o tempo perdido,
pois como dizia Agostinho, “o passado, o presente e o futuro são para Ele a
mesma coisa”. Assim, Deus é o único protagonista em relação ao tempo e só Ele
tem poder para restituí-lo. Às vezes perdemos boas oportunidades na vida por
rebeldia, desobediência, medo ou preguiça. Mas, quando nos arrependemos e
buscamos o perdão do Pai, Ele nos dá novas oportunidades.
2. O homem, o beneficiário do milagre.
A restituição divina aconteceu não somente na
vida de Mefibosete, mas também com outros servos de Deus, como por exemplo,
Abraão. Imagina o tempo que ele teve que esperar até que o herdeiro nascesse.
Mas, no tempo certo, o Senhor cumpriu com sua promessa e ele foi o pai, não de
um filho somente, mas de uma nação inteira. José passou sua juventude como escravo
no Egito. Ele perdeu, aparentemente, os melhores anos da sua vida vivendo como
escravo em um país estrangeiro. Sofreu humilhações e dores, quando poderia
estar vivendo no conforto da sua casa. Parecia que os seus sonhos e projetos
haviam falido. Mas, Deus em segundos mudou a história de vida de José. De
prisioneiro ele foi elevado a governador do Egito. Os anos como escravo e
prisioneiro foram um tempo de treinamento para algo maior da parte de Deus.
Nada foi perdido.
3. Aprendendo com a espera.
O Senhor também tem um propósito na dor e no
sofrimento. Na vida existe tempo de alegria e também de tristeza. Mas todas as
coisas cooperam para o nosso bem. Abraão teve de esperar por Isaque, seu
herdeiro, durante anos. Mas a espera fez dele um herói da fé (Hb 11). Isaque,
teve que “perder” um pouco de tempo e recursos cavando poços, mas ele aprendeu
a arte da persistência e da boa vizinhança. Moisés teve que passar um período
de quarenta anos no deserto, mas esse tempo aperfeiçoou seu caráter e o
preparou para assumir a liderança do povo de Deus. Na vida de Rute, seu
casamento e sua viuvez não foram em vão; ela conheceu o Deus de Israel e entrou
para a árvore genealógica do Salvador.
Para Deus não há distinção entre mil anos e a
noite que passou (Sl 90.4). Ele é o Senhor do tempo e somente Ele pode
restituir as oportunidades que perdemos.
1. Um terrível engano.
A sensação de estar “parado” no tempo deve ser
terrível. A pessoa se sente perdida e inútil. Talvez esses sentimentos tenham
afligido o filho pródigo depois de ter abandonado seu pai e desperdiçado toda a
sua fortuna (Lc 15.11-32). O filho pródigo parou no tempo quando decidiu viver
a sua vida longe da casa do seu pai. Quantos jovens também não estão “parados”
no tempo, pois decidiram deixar a Deus, Jesus e a Igreja e foram viver segundo
esse mundo? O mundo é enganador e efêmero e muitos erroneamente estão seguindo
os passos do filho pródigo.
2. Aprendendo com o erro.
O melhor caminho para quem descobre que está na
direção errada é retornar de onde partiu. O caminho mais curto é dizer: “[...]
Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu
filho” (Lc 15.21). Reconhecer o erro, arrepender-se e buscar o perdão divino é
a primeira providência para quem quer recuperar o tempo perdido.
3. Seguindo em frente.
O caminho de volta até a casa do pai deve ter
sido difícil. O filho pródigo sabia que poderia sofrer rejeição devido as suas
atitudes erradas, mas ele estava disposto a seguir em frente e recomeçar. O pai
ao ver o filho que estava perdido de volta, não lhe fez critica alguma, mas
disse: “[...] Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel
na mão e sandália nos pés” (Lc 15.22). Deus jamais abandona aqueles que se
arrependem e desejam voltar para perto dEle.
Estar “parado no tempo” é estar vivendo fora do
propósito de Deus. É estar longe da casa do Pai, como aconteceu com o filho
pródigo.
CONCLUSÃO
O tempo pertence ao Senhor e não existe tempo
perdido quando estamos juntos a Ele, fazendo a sua vontade. Perdemos tempo
quando abandonamos o Pai e decidimos viver a vida do nosso modo.
SUBSÍDIO
“Os seus bens (de Jó) estranhamente aumentaram
pela bênção de Deus sobre o pouco que seus amigos lhe deram. Ele recebeu a
cortesia deles com gratidão, e não passou por sua cabeça ter os seus bens
restituídos pelas contribuições. Deus lhe deu aquilo que era muito melhor do
que o dinheiro e os pendentes de ouro deles: a sua bênção (Jó 42.12). O Senhor
o consolou agora de acordo com os dias em que o havia afligido, e abençoou o
seu último estado mais do que o seu início. Os últimos dias de um homem bom às
vezes se mostram os seus melhores dias; as suas últimas obras as suas melhores
obras; as suas últimas consolações as suas melhores consolações, pois o seu
caminho, como o da luz da manhã, brilha cada vez mais até ser dia perfeito. Do
homem ímpio é dito, o seu último estado é pior do que o primeiro (Lc 11.26).
Deus às vezes se agrada em fazer o último estado da vida de um bom homem mais
confortável do que foi a sua primeira parte, e estranhamente para superar as
expectativas do seu povo afligido, que pensava que jamais viveria para ver dias
melhores, para que não percamos a esperança mesmo estando nas profundezas da
adversidade. Não sabemos que tempos bons podem estar reservados para nós no
final dos nossos dias” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo
Testamento. 1ª Edição. Volume 3, RJ: CPAD, 2010, pp.209,210).
Fonte: Lições Bíblicas 3º Trimestre de 2017 Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá - Comentarista: Reynaldo Odilo
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